Crescimento de redes de distribuição de retalho impulsiona procura de espaços logísticos
Segundo a consultora, este volume pressupõe uma procura de cinco milhões de metros quadrados por ano nos próximos 5 anos
Ana Rita Sevilha
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Os retalhistas europeus deverão necessitar de cerca de 25 milhões de metros quadrados de novos espaços de logística ao longo dos próximos cinco anos, revela um novo relatório da Jones Lang LaSalle.
Segundo a consultora, este volume pressupõe uma procura de cinco milhões de metros quadrados por ano nos próximos 5 anos – uma área suficiente para mais que cobrir o Central Park de Nova Iorque.
Em comunicado de imprensa enviado ao Construir, a Jones Lang LaSalle revela que a “procura está a ser impulsionada quer pela necessidade de servir as lojas existentes quer pelo crescimento das compras online, que tem vindo a configurar uma verdadeira revolução no retalho e que poderá vir a transformar a forma como os bens são distribuídos junto dos clientes.”
Consequentemente, a previsão é a de que as vendas online quase dupliquem na primeira metade desta década, e nesse sentido, o comércio electrónico está a criar uma nova procura para espaços logísticos e armazéns, incluindo pólos de grande dimensão – com mais de 100.000 m² – , centros de distribuição especializados e entrepostos locais de menor dimensão, assegura a consultora.
No seu relatório “A New Logistics Real Estate Landscape”, a Jones Lang LaSalle afirma que serão necessários cerca de 3 milhões de metros quadrados de espaços especializados para centros dedicados a vendas online, que gerem apenas a procura online, e outros 22 milhões de metros quadrados deverão ser necessários para dar resposta ao reabastecimento das lojas, apesar dos retalhistas estarem cada vez mais a optar por uma oferta integrada multicanal aos seus clientes, na qual estes podem comprar em loja, online ou via telemóvel, com a possibilidade de receber as suas compras em casa, levantar nas lojas ou em centros de entregas.
No mesmo documento, a Jones Lang LaSalle, sublinha que o retalho online deverá representar mais de 10% de todas as compras na Europa em 2016, pelo que a forma como os bens são distribuídos e entregues pelos retalhistas está inevitavelmente a mudar.
Paul Betts, Head de EMEA Logistics & Industrial na Jones Lang LaSalle, afirma: ”Enquanto o retalho tradicional continua a motivar a procura para infra-estruturas de retalho, o crescimento do online está fundamentalmente a mudar a dimensão e forma dos centros de distribuição e a sua localização. Muitos retalhistas cresceram acima das suas infra-estruturas de distribuição e têm de encontrar agora o melhor modelo de logística para dar resposta ao crescimento do retalho multicanal. A sua estratégia dependerá do tipo de produtos, do volume das vendas de Internet e da velocidade a que estas estão a crescer”.
Pedro Lancastre, director geral da Jones Lang LaSalle Portugal, comenta: “Apesar de não estarmos no centro da Europa podemos ser um player importante para a Península Ibérica, pelo facto da nossa situação geográfica se apresentar como a porta de entrada para muitos produtos que são transportados pelas frotas de cargueiros. À semelhança do que está a acontecer no sector de escritórios, em que Lisboa se está a tornar num destino de eleição para a instalação de call centres, seria muito interessante e positivo para o imobiliário industrial se conseguíssemos captar algumas destas novas áreas logísticas”.