Interesse dos investidores no imobiliário português poderá aumentar em 2013
Os preços de venda dos imóveis portugueses estão cada vez mais ajustados à realidade do mercado, um factor que tem despertado interesse dos investidores
Ana Rita Sevilha
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A Jones Lang LaSalle revelou as principais conclusões do seu relatório “Mercado Imobiliário 2012 – Perspectivas 2013”, que,analisa a performance do mercado imobiliário português em 2012 e traça perspectivas para a sua evolução em 2013, e concluiu que o interesse dos investidores no imobiliário nacional poderá aumentar este ano, e que na ocupação, o Comércio de Rua é o único sector em contra-ciclo.
Apesar de estimar que 2013 seja um ano muito semelhante ao ano passado, com uma tendência de contração transversal a todos os segmentos com exceção do comércio de rua, a Jones Lang LaSalle prevê que possa existir uma retoma da actividade no mercado de investimento imobiliário, como consequência do ajuste progressivo que se tem verificado no valor de venda dos activos.
Segundo uma nota de imprensa enviada ao Construir pela consultora, de acordo com este relatório, os preços de venda dos imóveis portugueses estão cada vez mais ajustados à realidade do mercado, um factor que tem despertado interesse dos investidores. De acordo com a mesma fonte, a maior flexibilidade dos proprietários, que muitas vezes necessitam de obter maior liquidez, e algumas alterações legais e fiscais de relevo são também factores que podem aumentar a procura pelo imobiliário português já em 2013.
Em termos de ocupação, o ano de 2013 também não deverá trazer grandes novidades em relação a 2012, continua a Jones Lang LaSalle. Para a consultora é de esperar que se mantenham os baixos níveis de actividade quer nos escritórios quer nos centros comerciais (e outros conjuntos comerciais), com os promotores, ocupantes e retalhistas a manterem-se muito cautelosos nas suas decisões.
O Comércio de Rua será a excepção à regra, apresentando uma performance em contra-ciclo face ao resto do mercado. A consultora lembra que este segmento tem registado maior procura por parte de lojistas, atraindo cada vez mais insígnias internacionais, e foi o único em 2012 a registar uma valorização das rendas praticadas.
Pedro Lancastre, Director Geral da Jones Lang LaSalle Portugal, sublinha: “O ano de 2012 ficará positivamente marcado por algumas reformas e medidas importantes há muito esperadas no sector imobiliário, nomeadamente a nova lei do arrendamento urbano, que se espera traga novo dinamismo ao comércio de rua e ao mercado habitacional, e também os Golden Visas, em relação aos quais existe uma grande expectativa e que poderão ter um impacto muito positivo no mercado”.
O mesmo responsável acrescenta que, “em 2013, deverá continuar a registar-se a tendência que se iniciou em 2012, acentuando-se cada vez mais a diferença de valor entre o que é prime e o que não é, com os investidores, promotores e ocupantes a desvalorizarem, deforma por vezes arrasadora, aquilo que é secundário. Desta tendência, resultam, contudo, excelentes oportunidades de negócio para quem pode investir, já que, por um lado, podem negociar-se com pouca concorrência os melhores activos a preços ajustados e, por outro, alguns activos que ‘surgem logo a seguir ao prime’ estão a preços de oportunidade.”
“Com os investidores institucionais internacionais atentos a esse fator, mas ainda à espera do melhor momento para voltar a entrar em Portugal, os privados e os family offices com liquidez das mais diferentes origens do globo, deverão continuar a ser os únicos a concretizar operaçõespontuais, mas apenas nos activos prime com pouco risco associado”, conclui Pedro Lancastre.