Projectistas portugueses aumentam exportações em 150%
A sua estratégia de internacionalização será apresentada pelo Presidente da APPC, Victor Carneiro, num encontro das empresas projectistas da Europa, a ter lugar no Hotel Altis em Lisboa, no próximo dia 25 de Maio

Ana Rita Sevilha
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“As empresas portuguesas de arquitectura e engenharia aumentaram nos últimos três anos a sua actividade internacional em 150 %, exportando em 2011 cerca de 600 milhões de euros de serviços”, revela a Associação Portuguesa de Projectistas e Consultores (APPC), sublinhando que a sua estratégia de internacionalização será apresentada pelo Presidente da APPC, Victor Carneiro, num encontro das empresas projectistas da Europa, a ter lugar no Hotel Altis em Lisboa, no próximo dia 25 de Maio.
O evento organizado pela Federação Europeia das Associações de Consultores de Engenharia (EFCA), em parceria com a APPC, será subordinado ao tema “ Desenvolvendo o Mundo da Engenharia – Estratégias Vencedoras”, e a iniciativa conta com a participação de 130 projectistas de 25 países europeus e visa “a reflexão dos maiores especialistas europeus do sector da engenharia, sobre a redefinição do seu modelo de negócio, no contexto actual de profunda crise económica e financeira na União Europeia”, anuncia a APPC em comunicado de imprensa.
Segundo a mesma fonte, “a expansão internacional dos projectistas nacionais contrasta com a extrema retracção do mercado nacional destes serviços, em cerca de 50 % nos últimos quatro anos”. Por conseguinte, as maiores empresas do sector “estimam que os projectos internacionais representem mais de 50 % da sua actividade em 2012”.
Nesse sentido, e de acordo com dados avançados pela APPC, dois terços das exportações de serviços da arquitectura e engenharia portuguesas são dirigidas para mercados exteriores à União Europeia, como por exemplo o Brasil, Angola e Argélia.
Globalmente, continua a mesma fonte, “o mercado dos serviços de engenharia e arquitectura representa em Portugal cerca de 2.500 milhões de euros em termos de volume de negócios, incorporando 2.235 milhões de euros de prestação de serviços (de acordo com dados do INE relativos a 2010). Este sector inclui cerca de 8.600 empresas em Portugal, com um volume de emprego de 31.132 profissionais”.
Relativamente ao mercado nacional a APPC sublinha que “é necessária uma maior dinâmica e clarificação por parte do Governo, em dossiers fundamentais para o desenvolvimento do País. Mais precisamente nos transportes ferroviários, abastecimento de água, acessibilidades, recuperação do mercado de arrendamento e reabilitação urbana”.
Perante o quadro descrito, lembra Victor Carneiro, presidente da APPC que “o positivo comportamento das exportações dos projectistas portugueses pode ser de difícil sustentabilidade, em função da fragilidade observada na base de produção no mercado interno, além das dificuldades de acesso ao crédito, de que o sector exportador é fortemente tributário”.
Neste contexto, o mesmo responsável sublinha que os portugueses precisam que a “Diplomacia Económica” traga mais informação qualificada às empresas e que a cooperação económica do Estado português possa ser entendida numa perspectiva empresarial.