Rendas e yields das zonas prime de Lisboa e Porto estáveis no final de 2011
Para 2012 “as previsões continuarão em linha com o ano de 2011, sendo esperado que se mantenha o fraco dinamismo a nível de transações, quer de investimento quer de arrendamento”
Ana Rita Sevilha
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De acordo com os dados do último trimestre de 2011 divulgados pela CBRE, as taxas de capitalização prime (yields prime) mantiveram-se estáveis face ao registado no 3º trimestre, com exceção dos Centros Comerciais que, em consonância com o trimestre anterior, subiu 25 p.b. e fixou-se nos 7,5%.
De acordo com a consultora, para 2012 “as previsões continuarão em linha com o ano de 2011, sendo esperado que se mantenha o fraco dinamismo a nível de transações, quer de investimento quer de arrendamento. É ainda espectável que a tendência de agravamento das rendas e yields prime estabilize, pelo que no primeiro trimestre deste ano os dois indicadores deverão manter os valores na maioria dos sectores e zonas e deverá permanecer o desfasamento crescente entre o produto prime e o produto secundário”.
Numa análise geral aos países europeus, a CBRE, revela que se verifica “a tendência para a estabilidade das yields prime ao longo de vários trimestres de 2011, registando acréscimos máximos de apenas 10 p.b. em qualquer dos sectores imobiliários, embora as rendas nos sectores industrial e de escritórios tenham subido menos de 1% durante este período”.
Dando continuidade à tendência dos últimos trimestres, as rendas prime na Europa não registaram praticamente alterações em nenhum sector imobiliário, durante o último trimestre de 2011, continua a mesma fonte.
“Os Índices UE-15 de Rendas Prime da CBRE para os mercados de industrial e de escritórios mantiveram-se inalterados durante o quarto trimestre e o índice de retalho subiu 0,6%. Praticamente não se estabeleceu qualquer padrão geográfico quanto aos aumentos das rendas durante o último trimestre, à exceção de partes das regiões dos Países Nórdicos e da Europa Central e de Leste terem registado alguma subida”.
Richard Holberton, Director do Departamento de Research da região EMEA da CBRE, afirmou: “O panorama geral é de estabilidade, com alterações de valor reduzidas e esporádicas. Em certa medida, tal demonstra a resistência do segmento prime do mercado à crescente fragilidade económica, mas também reflete um certo nível de nervosismo de ocupantes e investidores que restringe eventuais valorizações do mercado. Contudo, dado que a ligeira subida das yields ocorreu no contexto de aumento da actividade de investimento verificado no quarto trimestre, e de yields abaixo da média dos últimos 10 anos em diversos mercados, os resultados deste período não são necessariamente indicativos de um aumento das yields a curto prazo.”
No mesmo relatório a CBRE indica que “as yields de Escritórios na Europa registaram uma subida marginal durante o quarto trimestre de 2011. O Índice de Yields do Mercado de Escritórios Prime da CBRE para a zona UE-15 subiu dois p.b. durante o trimestre, mas mantém-se ainda dez p.b. abaixo do nível registado no período homólogo do ano anterior. Cinco dos 53 mercados analisados registaram movimentos descendentes das yields durante o trimestre, 41 mantiveram-se inalterados e sete registaram subidas. Os decréscimos mais significativos ocorreram em Marselha (decréscimo de 25 p.b., para 5,75%) e Bucareste (decréscimo de 25 p.b., para 8,25%). Zurique registou uma descida de dez p.b., enquanto os restantes decréscimos foram de cinco p.b. ou menos. A maior subida foi de 50 p.b. e verificou-se em Bruxelas”.
Já no que diz respeito às yields de Retalho, as mesmas diminuíram no quarto trimestre de 2011, “com uma queda de três p.b. no Índice de Yields do Mercado de Retalho Prime da CBRE para a zona UE-15, fixando-se nos 4,94%. Três dos 49 mercados em análise registaram movimentos descendentes das yields, 45 mantiveram-se inalterados e um subiu. O decréscimo mais considerável verificou-se no West End de Londres (decréscimo de 25 p.b., para 3,25%) e a subida mais significativa ocorreu no Dubai (subida de 25 p.b., para 8,5%)”.
Quanto às yields Industriais, “subiram ligeiramente durante o quarto trimestre de 2011, com uma subida de quatro p.b. no Índice de Yields do Mercado Industrial Prime da CBRE para a zona UE-15, para 7,6%, mantendo-se porém sete p.b. abaixo do ano anterior. Durante o último trimestre do ano passado, três dos 44 mercados em análise registaram movimentos descendentes das yields, 32 mantiveram-se inalterados e nove registaram subidas. O maior decréscimo registou-se em São Petersburgo, onde as yields caíram 50 p.b., fixando-se nos 14%. Londres registou uma queda de 25 p.b. e verificaram-se subidas de 25 p.b. em Bruxelas, Copenhaga, Milão, Roma e outras cidades do Reino Unido”.
Quanto às rendas de escritórios prime na Europa, “mantiveram-se estáveis ao longo do quarto trimestre de 2011. O Índice de Rendas do Mercado de Escritórios Prime da CBRE para a zona UE-15 evidenciou apenas uma ligeira subida de 0,7% em termos anuais. Sete dos 53 mercados em análise registaram subidas nos níveis de rendas prime, 40 mantiveram-se inalterados e seis caíram de valor. A subida mais significativa na Europa verificou-se em Moscovo, onde as rendas prime subiram mais de 4%. Todos os decréscimos de rendas foram inferiores a 2%, à exceção da queda de 3,7% em Sofia, onde a renda prime se fixa agora em 156 euros por metro quadrado por ano”.
No sector de Retalho as rendas prime aumentaram ligeiramente no quarto trimestre de 2011 “com uma subida no Índice de Rendas do Mercado de Retail Prime da CBRE para a zona UE-15 na ordem dos 0,6% no trimestre e 3,4% em termos anuais. Cinco dos 49 mercados em análise registaram subidas, 43 permaneceram inalterados e apenas um caiu. As maiores subidas ocorreram em Manchester (subida de 4,35%, para 2.667 libras por metro quadrado por ano) e Berlim (subida de 4%, para 3.120 euros por metro quadrado por ano)”.
As rendas industriais europeias estiveram niveladas no quarto trimestre de 2011,avança a consultora. “O Índice de Rendas do Mercado Industrial da CBRE para a zona UE-15 manteve-se estável face ao trimestre anterior e teve uma subida ligeira, de 0,1%, em termos anuais. Quatro dos 44 mercados analisados subiram, 37 mantiveram-se estáveis e três registaram decréscimos. A maior queda na Europa ocorreu em Copenhaga (decréscimo de 5,26%, para 450 coroas dinamarquesas por metro quadrado por ano) e a maior subida verificou-se em Estocolmo (subida de 4,35%, para 600 coroas suecas por metro quadrado por ano)”.