Procura de escritórios em Lisboa caiu 45% no primeiro semestre de 2011
Por sua vez, o mercado de escritórios do Porto registou a absorção semestral “mais elevada dos últimos cinco anos”

Pedro Cristino
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O relatório de mercado de escritórios da CB Richard Ellis (CBRE), lançado em Outubro, conclui que a procura de áreas de escritórios em Lisboa registou um decréscimo de 45% no primeiro semestre do ano, face ao período homólogo do ano transacto.
Segundo os dados do relatório, o mercado de escritórios do Porto registou a absorção semestral “mais elevada dos últimos cinco anos”. No seu comunicado de imprensa, a CBRE refere que este resultado deve-se à ocupação de dois edifícios, por parte da EDP, “que representam 70% da absorção do mercado”.
O stock do mercado de escritórios de Lisboa atingiu quase 4,5 milhoes de metros quadrados no primeiro semestre de 2011. “No entanto, nos últimos cinco anos, tem-se verificado um maior crescimento de stock no Parque das Nações e no Corredor Oeste, enquanto no CBD1 e CBD2 o acréscimo foi quase inexistente”, refere o comunicado, onde se explica que, do total dos projectos concluídos no primeiro semestre do ano, “cerca de 95% da área de escritórios construída foi de cariz especulativo”.
O relatório da consultora imobiliária revela também que Lisboa teve “a pior performance dos últimos anos em termos de ocupação de escritórios”, ficando “muito abaixo dos 82 mil metros quadrados de média semestral verificados nos últimos cinco anos”. A CBRE refere também que não antevê, para o segundo semestre deste ano, “nenhuma transacção de relevo que impulsione fortemente os níveis de ocupação”.
“O fraco desempenho do mercado de escritórios está directamente relacionado com a difícil conjuntura económica que o país atravessa. A acrescer a esta realidade, e com o firme objectivo de reduzir os custos operacionais, no último ano assistimos a um elevado número de empresas a renegociar as suas condições contratuais com os senhorios. Estes factores poderão ser considerados os mais relevantes para a tão fraca performance do mercado de arrendamento de escritórios”, explicou André Almada, director do departamento de Agência da CBRE.