Indústria imobiliária nacional antecipa retornos positivos em 2011
Investidores e operadores imobiliários a actuar em Portugal, continuam a exibir uma confiança resistente face à actual conjuntura
Ana Rita Sevilha
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Os players imobiliários portugueses continuam a antecipar, na sua maioria, um retorno positivo para o investimento imobiliário em Portugal para 2011, indica a 2ª Edição Barómetro IPD Portugal/Imométrica
Não obstante, “a revelarem expectativas mais cautelosas face ao início do ano, investidores e operadores imobiliários a actuar em Portugal, continuam a exibir uma confiança resistente face à actual conjuntura, provando que o imobiliário se assume como um activo de refúgio que ainda permite alcançar retornos positivos”.
Estas são algumas conclusões da 2º edição do Barómetro IPD Portugal/Imométrica, realizado junto dos principais investidores e operadores de mercado e que compara com a 1ª edição deste inquérito, realizada em início do ano.
De acordo com o documento, a maioria dos inquiridos (57,1%) “continua a acreditar que o retorno do mercado de investimento imobiliário nacional será positivo em 2011, embora apresentando uma expectativa moderada. Cerca de 47,6% dos inquiridos crê que a performance do imobiliário em 2011 se situe entre os 0% e 5%. Já para 2012, as expectativas de retorno parecem estar mais favoráveis, com 81% dos inquiridos a acreditar num comportamento de retorno positivo, sendo que 71,4% colocam esse retorno entre os 0 e 5%. Em 2010, o Índice Imobiliário Anual IPD Portugal/Imométrica revelava um retorno do investimento em imobiliário de 4,2%, voltando a um percurso de crescimento após dois anos consecutivos de retração que, culminaram num retorno nulo em 2009”.
A nível dos volumes de investimento, a nota é de contração. “O sentimento dominante (81% e 79%) é de que o mercado não supere os 500 milhões de euros de actividade quer em 2011 quer em 2012 . A actual limitação no acesso ao financiamento bancário e a incerteza em torno da envolvente económica são apontadas pelos investidores como os principais entraves para a dinamização do mercado de investimento, levando a que a maioria destes players (93%) tenha reavaliado os seus projectos de investimento”.
Perante o actual cenário de mercado, sublinha a mesma fonte, “64,3% dos investidores revelam sentir pressão para vender activos imobiliários, e gerar liquidez. Por outro lado, ainda que com menor expressão, 21,4% dos investidores revelam sentir pressão no sentido da compra de activos”.
No que diz respeito às perspetivas de realização de novos investimentos são relativamente reduzidas, “com os investidores inquiridos a revelarem a intenção de investir, em termos agregados, um volume global na ordem dos 210 milhões de euros até final do ano, privilegiando activos de rendimento seguro e com potencial de valorização, com o segmento de escritórios localizados no CBD de Lisboa a surgir no topo das preferências (45%), seguido do imobiliário residencial (36%) e dos centros comerciais (27%). Nota para o comércio de rua, saúde e logística, os quais foram identificados por 18% dos investidores como três dos sectores a apostar em 2011”.
Ainda assim, “os mercados internacionais não são uma opção para a maioria dos investidores portugueses (67%), com apenas 33% a revelarem intenção de alargar a sua actuação a outros países, surgindo o Brasil (com 75%) como o destino preferencial”, sustenta o documento.
No que se refere aos fundamentais do mercado imobiliário, as expectativas dos inquiridos revelaram-se, na generalidade, menos optimistas face ao início do ano, quer a 12 quer a 24 meses.
“Para 2011, mais de 80% dos inquiridos (81,8% e 87%, respectivamente) prevê uma contração superior a 5% nos níveis de absorção quer nos escritórios CBD de Lisboa quer nos centros comerciais, mantendo-se este sentimento para 2012, embora menos generalizadamente, quando no início do ano, se esperava que o mercado mantivesse os níveis do ano anterior”.
Também em relação às rendas de mercado, “os inquiridos, que no 1º barómetro antecipavam uma estabilização de valores a 12 e a 24 meses, consideram agora que deverão registar-se quedas superiores a 5% nos três segmentos em análise. No caso dos centros comerciais, esse é o sentimento dominante em 91,3% dos inquiridos, enquanto que nos escritórios CBD de Lisboa é opinião de 63,6%, e no industrial de 54,5%”.
A nota dominante é que “os inquilinos continuarão a exercer pressão sobre os proprietários no âmbito da renegociação das rendas”, sendo que, o documento aponta para que a grande diferença em relação ao 1º barómetro é que “antes se acreditava que este seria um fenómeno menos generalizado e mais circunscrito a um pequeno grupo de inquilinos”.
Ainda em relação ao mercado, em 2011, “para 54,2% dos inquiridos, as yields prime deverão registar uma tendência de subida nos escritórios CBD de Lisboa, com cerca de metade destes inquiridos a antecipar uma subida nunca inferior a 25 pontos base e outra metade num patamar superior a 50 pontos base. No caso dos centros comerciais, são cerca de 69,6% dos inquiridos a antecipar uma subida das yields prime, dos quais mais de 43,5% acredita que esta subida seja igual ou superior a 50 pontos base”.