Berlin Neues Museum vence Prémio Mies van der Rohe 2011
Foi ainda atribuída uma menção especial “Revelação” a Ramon Bosch e Bet Capdeferro, com o trabalho Collage House em Girona, Espanha
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Ana Rita Sevilha
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O Neues Museum em Berlin, desenhado por David Chipperfield, é o vencedor do Prémio de Arquitectura Contemporânea da UE 2011/Prémio Mies van der Rohe, anunciou a Comissão Europeia.
Foi ainda atribuída uma menção especial “Revelação” a Ramon Bosch e Bet Capdeferro, com o trabalho Collage House em Girona, Espanha. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar a 20 de Junho, no pavilhão Mies van der Rohe Pavilion, em Barcelona.
Androulla Vassiliou, Comissária responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude, declarou: “Parabéns aos vencedores, que criaram dois edifícios excepcionais. O Neues Museum reúne o passado e o presente, num encontro extraordinário entre a arquitectura contemporânea, o restauro e a arte. A Collage House em Girona é outro exercício maravilhoso de renovação que funde materiais antigos e modernos num todo harmonioso”.
O Neues Museum original, desenhado por Friedrich August Stüler, foi construído nos meados do século XIX. O edifício foi fortemente danificado durante a Segunda Guerra Mundial e, em 2003, teve início a sua reconstrução, com o objectivo de devolver ao local a sua antiga glória. David Chipperfield, que trabalhou no projecto com o colega britânico Julian Harrap, adoptou uma abordagem dinâmica para a sua restauração. Em vez de esconder a diferença entre os velhos e os novos elementos, combinou o passado e o presente, criando um edifício com vários estratos.
Segundo David Chipperfield Architects, “a reconstrução do Neues Museum é testemunho do processo de colaboração que se desenrolou num clima de exigência por parte da opinião pública. O resultado evidencia não só os esforços da equipa de profissionais mas também o empenho do cliente e da administração municipal que participaram neste processo com uma grande preocupação de rigor e colaboração”.
Mohsen Mostafavi, presidente do júri, declarou: “A reconstrução do Neues Museum é um feito extraordinário. Raros são os casos em que arquitecto e cliente colaboraram de modo tão importante para um resultado de tanto relevo histórico e tanta complexidade; especialmente quando estão em causa preservação e nova edificação. O projecto suscita e resolve muitos desafios estéticos, éticos e técnicos. É uma demonstração exemplar do que a colaboração pode permitir alcançar no contexto da prática contemporânea da arquitectura na Europa”.
Luís Hortet, director da fundação Mies van der Rohe, sublinha: “a decisão do júri foi extraordinariamente difícil, dada a elevada qualidade de todos os projectos finalistas. O Neues Museum de David Chipperfield é o exemplo perfeito de como a intervenção arquitectónica contemporânea contribui para a reutilização do nosso património, melhorando as suas qualidades funcionais e introduzindo novos elementos extraordinariamente bem adequados à sua função museológica”.
O prémio de arquitectura contemporânea da UE/Prémio Mies van der Rohe foi lançado em 1987 e é hoje o mais prestigioso neste campo na Europa. Os vencedores foram seleccionados de entre 343 trabalhos apresentados, em 33 países europeus. Desses, seis foram finalistas ao prémio principal. Os restantes finalistas foram:Bronks Youth Theatre (Bruxelas, Bélgica, de Martine De Maeseneer e Dirk Van den Brande);MAXXI: Museum of XXI Century Arts (Roma, Itália, de Zaha Hadid, Patrick Schumacher e Gianluca Racana); Concert House Danish Radio (Copenhaga, Dinamarca, de Jean Nouvel); Acropolis Museum(Atenas, Grécia, de Bernard Tschumi) e Rehabilitation Centre Groot Klimmendaal (Arnhem, Países Baixos, de Koen van Velsen).