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    Sapa lança sistema Softslide

    Este sistema com ruptura de ponte térmica permite um maior isolamento térmico e acústico, contribuindo para uma maior economização de energia

    Ana Rita Sevilha
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    Sapa lança sistema Softslide

    Este sistema com ruptura de ponte térmica permite um maior isolamento térmico e acústico, contribuindo para uma maior economização de energia

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    Ana Rita Sevilha
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    A pensar nas exigências do mercado da construção e, sobretudo, nos projectos de reabilitação urbana, que actualmente requerem novos padrões aliados à eficiência energética, sem descurar o conforto, a Sapa Building System Portugal lançou no mercado o sistema Softslide – “um sistema de janelas de correr de elevado desempenho”.

    Segundo a empresa, “este sistema com ruptura de ponte térmica permite um maior isolamento térmico e acústico, contribuindo para uma maior economização de energia, tornando-se, desta forma, na melhor opção para o mercado da reabilitação urbana.

    Em comunicado de imprensa, a Sapa sublinha a “leveza, design, funcionalidade e eficiência”, como características do sistema, lembrando que são detalhes que originam uma “simbiose perfeita”.

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Arquitectos: Novo Conselho de Supervisão votado a 29 de Novembro

    O Conselho de Supervisão da Ordem dos Arquitetos é um órgão independente composto por 15 membros com diversas representações: arquitetos inscritos, docentes de instituições de ensino e personalidades de mérito. A votação decorre no próximo dia 29, entre as 00 e as 24h (por via digital), ou entre as 10h e as 20h presencialmente

    Os arquitectos vão a votos no próximo dia 29, sexta-feira, para a eleição dos representantes da classe que integrarão o novo Conselho de Supervisão, um novo orgão de supervisão da Ordem e composto por membros e não membros daquela organização.

    São duas as listas na corrida à composição do órgão que foi criado por obrigatoriedade da disposição na Lei das Ordens (Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro) e do Estatuto da Ordem dos Arquitectos (Lei 12/2024 de 19 de janeiro) e que fará parte integrante do conjunto de órgãos sociais nos próximos actos eleitorais. Os membros eleitos ocuparão assim o cargo pelo prazo que resta até ao próximo acto eleitoral para a composição do Conselho Directivo nacional e das respectivas secções regionais, agendado para 2026.

    A Lista A, encabeçada por Egas Vieira e com o mote “Cumprir o Futuro” opõe-se à Lista B, encabeçada por Rui Serrano, e que tem como mote “Por uma Arquitectura Comum” e estarão ambas sujeitas à votação dos membros inscritos na Ordem. O conselho de supervisão é composto por quinze membros com direito de voto, sendo que seis são arquitetos, inscritos na Ordem; Seis são membros oriundos dos estabelecimentos de ensino superior que habilitem academicamente o acesso à profissão de arquiteto, que não sejam membros da Ordem; e três são personalidades de reconhecido mérito que não sejam membros da Ordem, cooptadas pelos membros referidos nas alíneas anteriores, por maioria absoluta.

    O direito de voto pode ser exercido pessoalmente, dentro dos prazos previstos no calendário eleitoral, na modalidade de voto eletrónico: presencialmente nas secções de voto, na secção regional de inscrição do membro, ininterruptamente entre as 10h e as 20h (hora de Portugal Continental) do dia 29 de Novembro de 2024 ou por votação eletrónica remota entre as 00h e as 20h (hora de Portugal Continental) do mesmo dia 29 de Novembro de 2024.

    Entre as competências do novo Conselho de Supervisão está, entre outras matérias, a aprovação do regulamento de estágios, o acompanhamento da actividade do conselho de disciplina ou o acompanhamento da própria actividade formativa da Ordem.

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    Ricardo Batista

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    Aeroporto: Governo assina consignação para ampliação do Terminal 1

    O consórcio encabeçado pela Mota-Engil conta, também, com as empresas Vinci, Alves Ribeiro e HCI Construções. A empreitada deverá ter inicio imediatamente após a assinatura da consignação e inclui a ampliação do Terminal 1, de forma a permitir um maior número de aviões por hora e uma maior capacidade de passageiros

    Vai ser assinado, esta quarta-feira, dia 27 de Novembro, o contrato de consignação das obras para o Terminal 1 do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com início imediato dos trabalhos.

    Esta data já havia sido anunciada pelo Governo que pretende, desta forma, “melhorar” a capacidade de acolhimento dos passageiros no terminal 1 e dar “resposta” ao crescente movimento aéreo até à conclusão do futuro aeroporto em Alcochete. A assinatura será presidida pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

    De acordo com o Eco online, o consórcio escolhido para a empreitada é composto pela Mota-Engil, Vinci, Alves Ribeiro e HCI Construções.

    A intervenção, que ronda os 300 milhões de euros e deverá estar concluída em 2027, inclui a ampliação do terminal Sul e a criação de uma placa de estacionamento no Aeródromo de Figo Maduro, cujo perímetro passará a integrar a concessão da ANA, mediante uma compensação a pagar ao Estado, indica, também, o Eco.

    O projecto visa aumentar os movimentos de aeronaves por hora dos actuais 38 para 45, assim como o aumento na capacidade de passageiros entre os 40 e os 45 milhões por ano.

    Relativamente ao novo aeroporto, a ANA deverá apresentar o relatório inicial do projecto a 17 de Dezembro.

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    A nova fase, verde, da Almirante Reis

    Carlos Moedas apresentou hoje a proposta de requalificação do eixo Almirante Reis. Mais árvores, sem separador central, duas faixas ascendentes e uma descente e com ciclovia na lateral. O projecto está dividido em dois troços e compreende um investimento de 20 M€, 13 M€ dos quais só no primeiro troço entre o Martim Moniz e a Praça do Chile

    A proposta apresentada hoje para o eixo da Almirante Reis, que inclui não só a avenida, mas também a Rua da Palma e parte da envolvente, é o resultado entre o resultado do processo de participação pública, realizada entre Maio e Junho de 2023, e na qual participara mais de 2200 pessoas, e o relatório técnico efectuado pela câmara Municipal de Lisboa. Um processo de mudança que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, quer que se faça “sem fricção” nem “radicalismos”, naquela que foi uma questão central das eleições autárquicas em Lisboa em 2021.

    Da junção das vontades resultou uma proposta “com mais árvores e espaços verdes, maior fluidez e mais espaço pedonal” e que teve pela frente, como principais desafios, os 25 metros de largura de um dos mais importantes eixos estruturais da capital e uma ocupação intensa do subsolo, que condiciona a plantação de árvores e a criação de lugares de estacionamento subterrâneos (a proposta apresenta 200 novos lugares, mas ainda estuda soluções).

    Assim, a maior transformação consiste na eliminação do separador central da avenida e a passagem da ciclovia, que passa a bidireccional, para a lateral ascendente, agora com duas vias, a criação de uma via descendente e a plantação de 370 árvores. O plano está dividido em dois troços, que correspondem a duas fases distintas. O primeiro parte do Martim Moniz e via até à praça do Chile, a qual tem já um plano de reabilitação em curso. Neste troço a pista ciclável é segregada e unidirecional. Localiza-se em cada um dos passeios laterais, respondendo às questões de segurança e permitindo uma melhor eficácia dos ciclos de semaforização (viária-ciclável-pedonal). Esta opção também facilita o acesso às paragens de bicicletas e a ligação à rede clicável envolvente e transversal ao eixo. “A faixa viária implanta-se no centro do espaço canal, mantendo a simetria axial da avenida. Junto às fachadas, o novo perfil inclui de ambos os lados uma área pedonal com largura entre 3.50 e 4 metros, onde se implanta um corredor de circulação confortável com 1,70 metros e um espaço destinado a esplanadas e zonas de estar. Adjacente à área pedonal, localiza-se a ciclovia unidirecional com 1,40 metros de largura. Segue-se uma faixa verde de 2,20 metros com árvores e arbustos, intercalada com lugares de estacionamento (prioritários e reservados) e abrigos de transportes públicos”, refere a proposta da autarquia.

    O segundo troço entre a Praça do Chile e a Praça Francisco de Sá Carneiro, será feito em duas fases: da Praça do Chile à Alameda, com 3 vias e a ciclovia será bidireccional e segregada, no passeio nascente. Na segunda fase, da Alameda à Praça Francisco de Sá Carneiro, serão mantidas as quatro vias e pista ciclável bidireccional e segregada, também no passeio nascente.

    A proposta compreende um investimento global de 20 milhões de euros, uma parte dos quais poderá ser financiada por fundos europeus, mas para já os custos com o projecto têm enquadramento no orçamento camarário.

    Dos actuais 350 lugares de estacionamento, 170 tarifários e 180 para diferentes finalidades, apenas estes últimos se manterão. O projecto prevê a criação de estacionamentos nos arruamentos compreendidos nos eixos abrangidos, bem como a criação de 200 lugares de estacionamento subterrâneo, estando ainda em estudo onde os mesmo poderão ser viáveis, atendendo à ocupação intensa do subsolo.

    Quanto a prazos, a proposta está em fase de anteprojecto, os primeiros concursos de empreitada, correspondendo ao primeiro troço, deverão ser lançados no 3º trimestre de 2026, deixando para 2027 o início dos primeiros trabalhos que deverão estar concluídos em 2028.

     

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    31ª edição da Concreta “supera expectativas”

    Distritos de Lisboa, Leiria, Santarém, Setúbal, Évora e Faro reforçaram a sua presença na feira em quase 50% face a 2022. Além disso países como Espanha, França, Itália, mas também, Brasil, Estados Unidos da América e China fizeram-se representar

    A 31ª edição da Concreta atraiu cerca de 30 mil visitantes e, desta forma, “superou as expectativas” da organização. De acordo com os dados já divulgados, a Concreta registou um aumento, face a 2022, de quase 50% de visitantes oriundos do Sul, em específico dos distritos de Lisboa, Leiria, Santarém, Setúbal, Évora e Faro. Também as ilhas registaram um aumento significativo na mesma ordem de valores face à última edição da Concreta. Os cerca de 30 mil visitantes incluem, ainda, a representatividade de outros países europeus como Espanha, França, Itália. Mas não só, a feira também contou com visitantes oriundos de outros continentes, nomeadamente Brasil, Estados Unidos da América e China.

    Com cerca de 400 expositores, a feira ocupou uma área de cerca de 27 mil metros quadrados (m2), com reflexo da performance e da visão do futuro das empresas do sector.

    A feira contou com mais de 50 conferências que abordaram temas tão variados como a sustentabilidade, inovação tecnológica e digitalização e mais de 100 oradores, incluindo arquitectos, engenheiros e especialistas.

    Esta edição, à semelhança das anteriores, reuniu também, e além de arquitectos, engenheiros, técnicos, consultores, construtores, instaladores, entre muitas outras especialidades, um leque alargado de empresas de diversos sectores que vão desde os revestimentos, isolamentos, cozinha, banho, pavimentos, climatização, iluminação, carpintaria, passando pelas máquinas, ferramentas e equipamentos para a construção.

    Em simultâneo com a Concreta realizou-se a Elétrica, onde foram apresentadas novidades dos sectores da Energia, Mobilidade, Electrónica e Material Eléctrico, tendo potenciado a realização de negócios entre as empresas.

    A Concreta e a Elétrica regressam em 2026 e já têm data marcada para os dias 18 a 21 de Novembro.

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    Cooperativa de habitação Colmeia 6 (Parque das Nações)
    DR: Créditos

    Imobiliário

    Vendas de habitação 21% acima do final de 2023 com preços a acelerar

    Os dados avançados pela Confidencial Imobiliário, referentes a Outubro, confirmam a recuperação da procura e a tendência de intensificação das subidas de preços da habitação 

    Entre Agosto e Outubro deste ano, terão sido vendidas 39.600 habitações em Portugal Continental, conforme estimativas elaboradas pela Confidencial Imobiliário a partir da base de dados Sistema de Informação Residencial, SIR.

    A comparação com o período antecedente de três meses mantém o registo mostrado no 2º e 3º trimestres deste ano, os quais recolocaram as vendas em rota de crescimento, após um 2023 e início de 2024 penalizados pela redução das transacções. Assim, o número de fogos transaccionados no trimestre de Agosto a Outubro supera em 10% os 35.900 imóveis vendidos nos três meses anteriores (entre Maio e Julho) e fica 21% acima do observado no último trimestre do ano passado, quando se transaccionaram 32.800 fogos.

    A subida dos preços de venda da habitação também acelerou de forma evidente nos últimos três meses, levando a valorização homóloga a passar de 7,5% em Julho para 11,5% em Outubro. O aumento de 4 pontos percentuais neste indicador reflecte a intensificação da taxa de variação mensal, que aumenta há quatro meses consecutivos, passando de 0,1% em Julho para 1,7% em Outubro.

    “O comportamento dos preços dá eco à retoma nas vendas num contexto que permanece bastante pressionado pela falta de oferta. As transacções regressaram a terreno positivo e já acumulam dois trimestres consecutivos de recuperação, a qual reposiciona a actividade do mercado nos níveis observados no final de 2019, ano anterior à sucessão de choques como a pandemia ou o aumento dos juros”, comenta Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

    No acumulado de Agosto a Outubro, o preço médio de venda da habitação em Portugal ascendeu a 2.492€/m2, atingindo 3.518€/m2 na habitação nova e s 2.348€/m2 na usada.

     

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    “Lake” é o novo edifício do “The Garden” em Matosinhos

    A Savills e a Castelhana/ Dils company estão a comercializar o novo edifício do condomínio The Garden, localizado nos antigos terrenos da histórica Fábrica da Efanor, em Matosinhos

    O Departamento de Residencial da Savills, em regime de co exclusividade, com a Castelhana/Dils company, deu início à comercialização do novo edifício Lake, que integra o condomínio The Garden, que está a ser erguido onde outrora funcionou a histórica Fábrica da Efanor (Empresa Fabril do Norte), em Matosinhos. O edifício, actualmente em construção, apresenta uma localização privilegiada numa das zonas mais procuradas da cidade, a escassos minutos do centro do Porto, do NorteShopping e das melhores praias da região.

    Este novo projecto residencial eleva o conceito de viver em harmonia com a natureza, integrando-se com perfeição num condomínio privado com uma envolvente de 30.000 m² de jardins privados, lagos e trilhos para caminhadas, proporcionando um equilíbrio único entre a vida urbana e a tranquilidade natural.

    Os apartamentos no Lake foram pensados para oferecer o máximo de conforto e sofisticação. Com acabamentos de topo, como o mármore branco de Estremoz, pavimentos de carvalho e cozinhas totalmente equipadas com electrodomésticos de alta gama.

    O edifício Lake é composto por 160 apartamentos, com tipologias que vão desde T0 a T5, desenhados para responder às diversas necessidades das famílias modernas. As áreas começam nos 60 m² e os preços a partir de 235.000 euros, fazendo deste um bom investimento para quem procura qualidade de vida numa localização prime. Cada fracção conta com varandas, terraços ou jardins privados, que se abrem para vistas dos jardins e lagos, criando um espaço de tranquilidade no coração de Matosinhos.~

    No mesmo condomínio situam-se os edifícios Natura e Factory que foram anteriormente também comercializadas pela Savills e revelaram-se um grande sucesso de vendas com grande procura por parte de clientes nacionais e internacionais.

    “O Lake é um projecto com características únicas na região. A tranquilidade que oferece, a localização de excelência, a exuberância da natureza, a qualidade superior do design e os acabamentos de topo fazem deste edifício um verdadeiro marco na cidade. Estamos certos de que, tal como os outros edifícios do condomínio The Garden, este novo empreendimento será um grande sucesso de vendas da Savills”, afirma Ana Jordão, residential business development director, Porto Division da Savills Portugal.

    “Este empreendimento, conta com uma localização privilegiada e uma integração única com a paisagem natural que dá resposta às exigências de qualidade e conforto dos nossos clientes, mas também proporciona uma nova experiência de viver nesta região. Estamos muito entusiasmados por fazer parte do lançamento do Lake e confiantes de que este projeto terá um forte apelo junto de um público diversificado, tanto nacional como internacional”, acrescenta Nuno Pinto de Sousa, responsável pelo escritório do Porto da Castelhana/ Dils company.

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    Tatu Pavilion – Bio-Based Material (@Park Associati)

    Arquitectura

    “Cada transformação pode ser adaptada, preservando ao mesmo tempo o valor histórico e ambiental da estrutura”

    A 2ª edição do SHIFT decorreu nos dias 22 e 23 de Novembro na Casa da Arquitectura e contou com a curadoria do colectivo italiano Park Associati. Metabolismo Urbano, Inteligência Material e Activismo Arquitectónico foram as abordagens, a partir das quais arquitectos, académicos e empresas de vários países deram voz ao tema e apresentaram o ‘futuro’ para a arquitectura adaptativa

    “O Futuro da Arquitectura Adaptativa” é um tema “cada vez mais crucial”, numa abordagem que pretende ser “um caminho para apoiar as cidades na sua jornada em direcção à neutralidade carbónica e à optimização de recursos”, afirma o arquitecto Matteo Arietti, head of Innovation da Park Associati. O responsável falou-nos de uma arquitectura que “permite a evolução das estruturas” ao longo do tempo e promove um “ecossistema sustentável”, num trabalho conjunto com a inovação dos materiais e com o recurso da tecnologia.

    MI.C Onsite (@Nicola Colella)

    Com o tema ‘arquitectura adaptativa’, a conferência pretende apresentar um novo caminho, uma nova visão, para o futuro. Que futuro é este?

    O futuro que imaginamos é aquele em que os edifícios são concebidos ou transformados para serem flexíveis, resilientes e sustentáveis. A arquitectura adaptativa permite que as estruturas evoluam ao longo do tempo, atendendo às novas necessidades das comunidades, melhorando o desempenho ambiental e promovendo um ecossistema urbano sustentável.

    Esta abordagem afasta-se do ciclo de vida tradicional dos edifícios e oferece um caminho para a arquitectura apoiar as cidades na sua jornada em direcção à neutralidade carbónica e à optimização de recursos. É uma abordagem virada para o futuro, em que os edifícios não são estruturas estáticas, mas sim ambientes vivos, concebidos para serem flexíveis e se adaptarem às mudanças ambientais e sociais.

    É uma filosofia que defende a resiliência e a sustentabilidade, transformando os edifícios existentes em vez de os demolir e começar do zero. Na Park Associati, vemos a arquitectura adaptativa como um compromisso com o crescimento urbano sustentável, a eficiência dos recursos e a preservação cultural.

    “Na Park Associati, vemos a arquitectura adaptativa como um compromisso com o crescimento urbano sustentável, a eficiência dos recursos e a preservação cultural. É uma filosofia que defende a resiliência e a sustentabilidade, transformando os edifícios existentes em vez de os demolir e começar do zero”

    Quais os principais problemas que identifica actualmente nas estruturas existentes? E que novos usos propõem?

    As estruturas existentes sofrem frequentemente de problemas como sistemas energéticos desactualizados, configurações espaciais rígidas e materiais que não são sustentáveis ​​ou recicláveis. Estes factores tornam difícil a reutilização de edifícios para usos contemporâneos sem renovações extensas. Através da reutilização adaptativa, podemos propor novas funções para estas estruturas, transformando escritórios em espaços residenciais, edifícios industriais em centros culturais ou garagens de estacionamento em espaços urbanos verdes. Cada transformação pode ser adaptada para satisfazer as necessidades actuais da sociedade, preservando ao mesmo tempo o valor histórico e ambiental da estrutura.

    Dois exemplos significativos de projectos de Reutilização Adaptativa recentemente concluídos pela Park Associati são a Torre della Permanente e o Aparto Milano.

    A primeira é a remodelação e ampliação de uma torre dos anos 50 em Milão, originalmente projectada por Achille e Pier Giacomo Castiglioni e Luigi Fratino, localizada acima do Palazzo della Permanente. Esta transformação preserva o significado arquitectónico original da torre, ao mesmo tempo, que melhora a sua funcionalidade para a cidade contemporânea.

    O projecto Aparto Milano, por outro lado, envolve a conversão do antigo Consorzio Agrario, na zona de Porta Romana, em Milão. Esta intervenção inclui também uma mudança de uso pretendido, criando uma residência de estudantes que dialoga com a cidade.

    Como podemos repensar o ciclo de vida dos edifícios?

    Para repensar o ciclo de vida dos edifícios, precisamos de integrar os princípios da economia circular desde as fases iniciais de concepção. Isto significa utilizar materiais que possam ser desmontados, reciclados ou reutilizados, adoptar a construção modular e projectar espaços que se possam adaptar facilmente a novas funções. Além disso, devemos empenhar-nos em manutenções e actualizações proactivas que ampliem a utilização do edifício. Esta abordagem não só reduz o desperdício, como também garante que a estrutura se mantém relevante e funcional a longo prazo.

    Quando um edifício chega ao fim da sua vida útil, porque já não pode funcionar ou ser melhorado, é importante colocar em acção o processo de Mineração Urbana, a recuperação de resíduos que se tornam um recurso valioso.

    O projecto MI.C da Park Associati é um dos primeiros edifícios na Europa a implementar a abordagem de mineração urbana no seu processo de construção: uma grande parte do betão existente será reutilizada para construir a nova estrutura e uma grande parte da fachada existente será utilizada para revestir partes importantes dos espaços interiores.

    Considerando a importância dos materiais nesta questão, como pode a indústria responder a este desafio?

    A indústria deve dar prioridade aos materiais sustentáveis, duráveis ​​e recicláveis. As inovações em materiais de base biológica, betão com baixo teor de carbono e metais e vidro reciclados são fundamentais para abordar a pegada ambiental da construção.

    Além disso, as parcerias com cientistas de materiais e a adopção de ferramentas digitais como o BIM podem melhorar o rastreio e a gestão de materiais ao longo do ciclo de vida de um edifício, ajudando a reduzir o desperdício e a facilitar a adaptabilidade futura.

    Torre Permanente (@Francesca Lovene)

    O papel do arquitecto é também aqui fundamental. Serão os princípios do design participativo capazes de superar os princípios económicos do imobiliário?

    Os princípios de design participativo podem criar uma ponte entre as motivações económicas do imobiliário e as necessidades sociais, culturais e ambientais das comunidades. Ao envolver as comunidades no processo de concepção, os arquitectos podem alinhar os objectivos do projecto com os valores dos utilizadores finais, promovendo espaços que possuem maior significado social e utilidade a longo prazo.

    Esta abordagem participativa pode influenciar o sector imobiliário a priorizar soluções adaptativas e centradas no ser humano, provando que um modelo colaborativo pode ser economicamente viável e socialmente benéfico.

     

    BIO

    Filippo Pagliani e Michele Rossi, fundadores da Park Associati

    Park Associati é um colectivo interdisciplinar de arquitectos, designers, investigadores e inovadores, unidos pelo desejo de “moldar o futuro do ambiente construído”. Fundado em Milão, em 2000, por Filippo Pagliani e Michele Rossi, o estúdio opera nos domínios da arquitectura, urbanismo, paisagismo, design de interiores e de produtos.

    Cada projecto desenvolvido por Park Associati habita o seu próprio contexto específico, desde o arranha-céus da Regione Lombardia até às sedes da Luxottica e da Salewa, desde espaços residenciais e comerciais até à revitalização de edifícios modernistas ou de bairros inteiros.

    Entre a tradição e a inovação, o estúdio destaca-se na reinterpretação e regeneração de cidades para se tornarem novos modelos de habitabilidade e sustentabilidade, utilizando a reutilização adaptativa como estratégia central.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Foto: DR

    Engenharia

    Prospectiva e Sondeos fiscalizam construção de dessalinizadora no Algarve

    A futura dessalinizadora do Algarve deverá estar construída no final de 2026 ou início de 2027, depois de a obra ter sido adjudicada a um consórcio luso-espanhol de empresas, anunciou a Águas do Algarve

    A Prospectiva e a Sondeos vão ser responsáveis pelos trabalhos de fiscalização, gestão de qualidade, coordenação de segurança em obra, gestão ambiental e acompanhamento arqueológico das empreitadas de concepção-construção do Sistema de Dessalinização na região do Algarve (edam) e da central fotovoltaica para autoconsumo (upac), com um prazo previsível de 1.245 dias, pelo valor de 2,9 milhões de euros.

    A adjudicação agora revelada faz parte de um conjunto de trabalhos promovidos pela Águas do Algarve avaliados globalmente em 108 milhões de euros e que têm como principal objectivo dotar o Sistema Municipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Algarve de uma maior resiliência, ao adoptar uma nova origem de água para abastecimento de agua para consumo humano a agua do mar, origem de agua robusta, que não se encontra dependente de situações de escassez hídrica, considerando-se uma fonte inesgotável.

    O objectivo único do projecto baseia-se na necessidade de uma solução integrada que garanta, de forma sustentada, o abastecimento público de água na região do Algarve, necessidade já há muito identificada

    Solução integrada e sustentada de abastecimento

    O objectivo único do projecto baseia-se na necessidade de uma solução integrada que garanta, de forma sustentada, o abastecimento público de água na região do Algarve, necessidade já há muito identificada. A principal razão para a concretização deste projecto é, segundo a Águas do Algarve, a necessidade de criar uma alternativa capaz de garantir a resiliência do abastecimento público à população da região, mesmo em períodos de seca prolongada. A construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira é uma das medidas de resposta à seca que afecta a região sul de Portugal. A infra-estrutura terá como capacidade inicial 16 milhões de metros cúbicos (m3), mas a empresa está a projectá-la para que tenha capacidade para tratar até três vezes mais do que esse volume, ou seja até aos 24 milhões m3 de água.

    A região do Algarve sofre, ao longo dos últimos anos, ciclos de seca prolongada associada a uma situação de escassez hídrica já considerada estrutural, resultando numa diminuição dos volumes de água armazenada nas várias origens disponíveis. O Sistema de Dessalinização a implementar na Fase 1 (Ano 0, ou Ano de Arranque da instalação) permitirá a produção de 500 Us = 1800 m3/h = 43.200 m3/dia = 16 hm3/ano de água potável.  O sistema ficará preparado para ser ampliado no futuro (Fase 2 – Ano Horizonte), através da instalação dos equipamentos necessários na estacão elevatória de água bruta (EE1) e Estacão de Dessalinização de Água do Mar (EDAM), para a produção de 750 Us = 2.700 m3/h = 64.800 m3/dia = 24 hm3/ano de água potável.

    Toda a construção civil, captação, condutas de água bruta e água tratada e restantes infraestruturas serão desde ja executadas para a Fase 2. O sistema de captação e transporte de água bruta compreende duas estruturas de tomada de água, situadas no mar, a cerca de 2 km da costa, protegidas com grelhas contra a entrada de corpos de grande dimensão e por duas condutas em PEAD, com diâmetros DN1000 e DN1200, entre as tomadas de água e a estação elevatória de água bruta (EE1) situada a curta distância da praia. O transporte da salmoura até ao mar será feito por uma conduta (emissário) com origem no reservatório de salmoura na EDAM com diâmetro DN 1200 na zona terrestre e DN 1000, no troço offshore, com um comprimento de 2,130 km de extensão.  A conduta de ligação de água tratada ao SMAAAA será executada em ferro fundido DN700, com um comprimento estimado de 250 metros.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Activo logístico adquirido pela Insula Capital encontra-se já totalmente arrendado

    Além da comercialização do espaço, a CBRE encontra-se, ainda, a “reposicionar este activo no âmbito da sustentabilidade, garantindo que o mesmo é levado ao expoente máximo do seu potencial, assegurando a menor pegada possível”

    A CBRE acaba de anunciar que o activo logístico que recentemente vendeu a um fundo gerido pela Insula Capital, e que conta com a Colares Capital como asset manager, já se encontra totalmente arrendado a uma empresa da indústria alimentar. A empresa que já tinha operação em Portugal procurava, porém, um espaço para expandir e consolidar a sua actividade no País.

    Primeiramente, a CBRE assessorou o anterior proprietário na venda deste armazém com mais de seis mil metros quadrados (m2) localizado na Cabra Figa, em Trajouce, ao Alternatives & Logistics Fund, sendo que este, após a aquisição, confiou na consultora para garantir o rápido arrendamento do imóvel.

    O activo destaca-se pela sua excelente localização, mas conta também com diversas características técnicas consideradas acima da média para o stock logístico existente, nomeadamente, pé direito de até 12 metros, rede de sprinklers e climatização para todo o espaço, incluindo área de armazém.

    Este processo contou com a intervenção de uma equipa multidisciplinar da CBRE, que agora se mantém activa pois está a assessorar o proprietário no processo de reformulação do armazém do ponto de vista de ESG com o objectivo de certificar o espaço.

    Nuno Torcato, responsável pela área Industrial e Logística da CBRE Portugal, destaca ainda que, além de terem concluído estas operações em “tempo recorde”, a equipa de ESG da CBRE encontra-se, ainda, a “reposicionar este activo no âmbito da sustentabilidade, garantindo que o mesmo é levado ao expoente máximo do seu potencial, assegurando a menor pegada possível”.

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    Nova Marina de Vilamoura marca futuros desenvolvimentos na região

    Cumpriu-se um sonho de mais de 50 anos com a construção de uma nova marina em Vilamoura, num investimento de 23 M€ e que integra um conjunto de investimentos que a Arrow Global tem estado a fazer na região e que pretende “recuperar a qualidade” de Vilamoura para o futuro

    Cidália Lopes

    A maior e mais reconhecida marina de Portugal, em Vilamoura, celebrou 50 anos de existência, numa data que marcou, também, o início de actividade da ‘nova’ marina. Uma obra há muito pensada e que vem responder à visão de Cupertino de Miranda, que nasceu nos anos 70.

    O momento ficou marcado por uma cerimónia especial que contou com a presença de vários governantes, entre outras personalidades nacionais e internacionais. A nova marina, que contou com um investimento de 23 milhões de euros, vem responder a uma “necessidade do mercado”, criando um “hub marítimo premium” que atrairá tráfego náutico de alta qualidade e “estabelecerá ainda mais o Algarve como um destino de excelência”.

    Investimentos na ordem dos 500 M€

    A nova marina foi construída no “tempo recorde” de 10 meses e foi impulsionada com a aquisição da Lusotor pela Arrow Global em 2021. A par de outros destinos no País, Vilamoura tem representado uma grande fatia do investimento que a Arrow Global tem feito até agora. John Calvão, principal Arrow & Fund portfolio, afirmou ao CONSTRUIR que o Grupo já investiu, desde essa altura, cerca de 500 milhões de euros. Investimentos que incluem os 1500 hectares dos terrenos de Vilamoura e onde estão em desenvolvimento cinco empreendimentos residenciais, assim como a reestruturação dos campos de golfes em parceria com o conhecido golfista sul-africano Ernie Els, a reabilitação total do club house e do centro hípico. Outro dos projectos é o desenvolvimento de um novo centro desportivo que irá contar com a parceria de Luís Figo. O objectivo passa por criar em Vilamoura uma “identidade única” e “recuperar a qualidade” do destino Vilamoura, indicou John Calvão.

    Mas os interesses da Arrow Global estão, também, noutros pontos do País e que tem vindo a ser consolidado com um conjunto de aquisições estratégicas e onde se contam, além de Vilamoura, o Palmares, Vale Pisão e a Aroeira, assim como investimentos na Madeira.

    Sem confirmar futuras aquisições, John Calvão não esconde que também o litoral alentejano, onde ainda não estão presentes, “desperta interesse” e que o Grupo se “mantém atento a tudo o que está à venda em Portugal”.

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