Não construção do NAL implicaria perda de 289,9 milhões de passageiros
A Naer, empresa responsável pelo projecto do NAL, divulgou, em comunicado, algumas conclusões da actualização da análise custo-benefício, elaborada pela consultora PriceWaterHouseCoopers
Lusa
Lisboa recebe primeiro congresso internacional da Exp Realty
Savills coloca CTT no Benavente Logistic Park
Élou com mais 130 apartamentos em comercialização
Empresas portuguesas participam na Maderália
Município do Entroncamento investe 4,9M€ na nova biblioteca
RAR Imobiliária com dois novos empreendimentos no Porto
PARES Advogados reforça equipa de Direito Público, Urbanismo e Ordenamento do Território
Sectores industrial e logístico influenciam resultados da Garcia Garcia
Feira de Arquitectura, Construção, Design e Engenharia regressa em Novembro
APDL lança concurso público para modernização da Ponte Móvel de Leixões
A decisão de não construir o novo aeroporto de Lisboa (NAL) implicaria a perda de 289,9 milhões de passageiros entre 2018 e 2050, segundo a actualização da análise custo-benefício do projecto divulgada.
A Naer, empresa responsável pelo projecto do NAL, divulgou, em comunicado, algumas conclusões da actualização da análise custo-benefício, elaborada pela consultora PriceWaterHouseCoopers.
Segundo o comunicado, “no caso de não ser construído o NAL, mantendo-se o aeroporto da Portela, o tráfego perdido será de 289,9 milhões de passageiros, o que representa uma média anual de cerca de 8,8 milhões de passageiros entre 2018 e 2050”.
A captação deste tráfego para o NAL, que será construído na zona do Campo de Tiro de Alcochete, “representa um benefício cujo valor actual líquido atinge 4.621 milhões de euros”.
A Naer refere que, segundo as análises efectuadas, o NAL terá uma taxa de rentabilidade económica de 9,8 por cento, atingindo o Valor Atual Líquido Económico (VALE) 2.643 milhões de euros até 2050.
Já o rácio benefício/custo é de 2.3, “ou seja, o benefício é mais do dobro do custo do projecto” e o valor actual líquido estimado dos benefícios do projecto ascende a 5.275 milhões de euros até 2050″, segundo o documento.
Pela negativa, é destacado “o aumento do tempo e custos de viagem de acesso ao aeroporto”.
A Naer refere que a actualização da análise custo-benefício foi feita “numa perspectiva conservadora, já que não incluiu vários efeitos induzidos pelo projecto, como os originados no sector do Turismo na criação de novos empregos, e os relativos ao desenvolvimento, modernização e requalificação da região onde se insere o NAL”.
O Ministério do Ambiente deu “luz verde” ao plano director de referência do NAL, tendo emitido um parecer “favorável condicionado” à concretização de um conjunto de medidas de minimização, estudos e programas de monitorização.
A Naer refere que a prossecução dos trabalhos “fica agora pendente da oportunidade e formato das fases seguintes, atentas as condições de conjuntura económica do país”.
O Governo anunciou, em Maio, que tinha decidido “protelar” uma decisão sobre o modelo de privatização da ANA – Aeroportos e a construção do novo aeroporto, devido à “instabilidade financeira”.
No Orçamento do Estado para 2011, o Executivo refere que vai prosseguir com o “processo [do NAL], com vista à sua contratação, conceção, construção, financiamento e exploração”, sem indicar um calendário.
O NAL representa um investimento de cerca de 4,9 mil milhões de euros (incluindo a construção e o valor a investir no período da concessão).