Executivo camarário considera-se “ludibriado” sobre o projecto da conclusão da CRIL
“Este processo da CRIL [Circular Regional Interior de Lisboa] é grave. Nós, no executivo, fomos ludibriados tal como os moradores”
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Lusa
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O vice-presidente e vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa considera que o executivo foi “ludibriado” no processo de construção do último troço da estrada CRIL e que tem tentado “atenuar o impacto negativo da obra”.
Manuel Salgado (PS) falava na quinta feira, numa reunião descentralizada da autarquia em Benfica, após a intervenção de um representante da Comissão de Moradores do Bairro de Santa Cruz, que acusou omunicípio de ter abandonado os residentes daquela zona.
“Este processo da CRIL [Circular Regional Interior de Lisboa] é grave. Nós, no executivo, fomos ludibriados tal como os moradores. Há dois anos, quando fizemos a reunião descentralizada aqui em Benfica, o projecto que estava em cima da mesa não era este”, afirmou o autarca, sublinhando que a Câmara foi também surpreendida com a solução.
Manuel Salgado defendeu, contudo, que a Câmara não se demitiu das suas responsabilidades, “sem prejuízo das questões judiciais”, e continua a trabalhar para que as “questões relacionadas com o ruído e a qualidade do ar sejam asseguradas”.
Esta não foi a primeira vez que um membro do executivo liderado pelo PS criticou os contornos do projecto que está a ser executado.
O vereador da Mobilidade, por exemplo, tinha já considerado publicamente que o actual projecto era um crime e na quinta feira voltou a dizer que o plano definido em conjunto com as autarquias (Lisboa e Amadora) e que chegou a ser apresentado pelo Governo não corresponde ao que está a ser feito.
Fernando Nunes da Silva (independente eleito na lista do PS) destacou, contudo, que houve um aproveitamento, por parte de alguns técnicos e projectistas da Estradas de Portugal, do momento de mudança de presidentes na empresa para uma alteração do projecto inicial.
Ainda assim, referiu, foi possível fazer um acordo com a Estradas de Portugal para as duas câmaras “desenvolverem um projecto de espaço exterior e paisagístico que pudesse minimizar os impactos da obra”.
Já o vereador do Espaço Público, José Sá Fernandes (independente eleito na lista do PS), defendeu – fazendo uma declaração de interesse, já que foi advogado dos moradores – que “a obra em desenvolvimento viola a declaração de impacte ambiental”, um argumento defendido há muito pelos habitantes e que os levou a recorrer à Justiça.
“Houve, de facto, aqui um engano grave”, afirmou Sá Fernandes, adiantando que os arranjos exteriores junto às moradias mais próximas da empreitada deverão estar feitos no primeiro trimestre de 2011.