Tecnovia garante que que cimenteira “não vai afectar populações”
A empresa garante que a cimenteira “vai ser construída com recurso à mais moderna tecnologia” e “não trará um impacto ambiental muito superior ao que já existe na pedreira existente no local”
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A empresa que quer construir uma fábrica de cimento em Rio Maior afirmou que a instalação desta unidade industrial “não vai afectar” as populações que têm vindo a contestar o projecto.
O assessor da administração da Tecnovia, Hermínio Martinho, garantiu esta terça-feira que esta fábrica de cimento, que está prevista para a localidade de Vale da Pedreira (Freiria), “vai ser construída com recurso à mais moderna tecnologia” e “não trará um impacto ambiental muito superior ao que já existe na pedreira existente no local”.
“De acordo com os estudos que realizámos no local, esta fábrica estará longe de aumentar o ruído e as poeiras que a pedreira já produz”, salienta o assessor citado pela Lusa, acrescentando que “este local é talvez o melhor do país para uma fábrica deste tipo”.
A construção desta fábrica tem gerado protestos de organizações não governamentais – casos da Oikos, da Geota, da Quercus – que emitiram pareceres desfavoráveis na fase de consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental, que terminou a 27 de Agosto deste ano.
Foi também criado um movimento de cidadãos que lançou uma petição pública, designada “Em Defesa do Desenvolvimento e do Ambiente de Rio Maior”, e que também se manifestou contra esta cimenteira.
Por seu lado, o deputado socialista João Sequeira, eleito pelo círculo de Santarém na Assembleia da República, deu hoje também conhecimento de uma interpelação dirigida ao Governo a questionar qual o resultado da avaliação do impacto ambiental deste projecto, cujo prazo de emissão da declaração final termina no início de Dezembro.
Fonte do ministério do Ambiente confirmou hoje à Lusa que a Declaração de Impacto Ambiental será emitida ainda esta semana. Segundo a empresa, o local dispõe de uma “protecção natural de um talude com cerca de 100 metros que evita incómodos para as populações vizinhas”.
O porta-voz da Tecnovia referiu ainda que não está previsto “um acréscimo significativo” de circulação de veículos pesados por dentro da cidade de Rio Maior.
“A grande parte da circulação de pesados será feita através de um acesso da A15 (Óbidos-Santarém), próximo do local da cimenteira, no sentido de Caldas da Rainha”.
O assessor da Tecnovia adiantou à Lusa que a fábrica vai ser instalada numa área de 10 hectares de pedreira que já foi explorada e que será recuperada através da instalação desta unidade fabril.
Hermínio Martinho acrescentou ainda que esta zona “tem reservas de calcário com excelentes características para produzir cimento” e que as previsões da empresa apontam para que a nova fábrica produza cerca de 500 mil toneladas de cimento por ano. O investimento na construção da fábrica será de aproximadamente 100 milhões de euros, segundo referiu à Lusa a mesma fonte, e criará cerca de 100 postos de trabalho directos.
A empresa Tecnovia anunciou ainda que vai realizar uma sessão de esclarecimento aberta à população, no próximo dia 10 de Dezembro, em Freiria, para esclarecer sobre o impacto do projecto.