Mónica Añon apela a novas ideias de preservação de património
“A pior crise é quando bloqueamos o pensamento. Este é o momento ideal para pensarmos e seguirmos em frente, inventar formas de proteger o património das cidades, que é motor da sustentabilidade”, afirmou Mónica Añon

Lusa
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A presidente do Comité Científico Internacional de Paisagens Culturais afirmou que a actual crise económica deve servir como momento de reflexão e imaginação para se criarem formas de preservar o património das cidades.
“A pior crise é quando bloqueamos o pensamento. Este é o momento ideal para pensarmos e seguirmos em frente, inventar formas de proteger o património das cidades, que é motor da sustentabilidade”, afirmou Mónica Añon.
A especialista, que também pertence ao Conselho Mundial de Monumentos e Sítios (ICOMOS), falava à agência Lusa à margem do IV Fórum Ibérico sobre os Centros Históricos que decorre em Cascais.
O encontro visa partilhar experiências e refletir sobre a manutenção, reabilitação, salvaguarda e sustentabilidade dos centros históricos de Portugal e Espanha, estando em debate vários temas sobre gestão urbana, investigação museológica, reabilitação de edifícios, entre outros.
A Mónica Añon coube intervir sobre a “Paisagem Histórico Urbana” um conceito recente, que significa “área urbana entendida como sucessão histórica de valores culturais e naturais que vai além da simples designação de centros históricos”.
O conceito de paisagem histórico urbana “não se resigna somente aos espaços verdes, mas também aos valores culturais”, acrescentou.
Mónica Añon disse à Lusa que “a grande ameaça das cidades hoje em dia é o desenvolvimento descontrolado, o consumo insustentável dos recursos e a velocidade da mudança”.
A responsável lembrou que conservar o património histórico não se resume apenas em manter em bom estado físico os edifícios, mas também conservar as tradições.
“A pressa de adaptar as cidades à modernidade leva a que os valores da tradição sejam esquecidos”, disse.
Organizado pela Câmara Municipal de Cascais em parceria com a Universidade Lusíada de Lisboa, o IV Fórum Ibérico sobre Centros Históricos decorre até sexta-feira, no Centro Cultural de Cascais e conta com a presença de especialistas nacionais e espanhóis.
Na edição deste ano, a iniciativa dá destaque a casos particulares como as intervenções na Cidadela de Cascais e a reabilitação de bairros históricos em Faro, Santa Clara a Velha (Coimbra) e Vila Viçosa, em Portugal, bem como a cidade de Valência, em Espanha.