Arquitecto Carlos Couto “satisfeito e honrado” com prémio para pavilhão de Portugal
Portugal foi distinguido entre os 42 pavilhões alugados do certame

Lusa
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O arquitecto português Carlos Couto disse à agência Lusa sentir-se “satisfeito e honrado” com o prémio de design e arquitectura atribuído em Xangai, ao pavilhão de Portugal na Expo2010 pelo Bureau International des Exhibitions (BIE).
Portugal foi distinguido entre os 42 pavilhões alugados do certame, enquanto nos 40 pavilhões construídos de raiz pelos participantes ganharam o Reino Unido (mais de 4000 metros quadrados) e a Finlândia (entre 2000 e 4000 metros quadrados).
Trata-se de um prémio que avalia a fachada e decoração exterior do pavilhão, o desenho arquitectónico, as técnicas de construção usadas e a sua relação com o tema da Expo2010, “Better City, Better Life” (Melhores Cidades, Melhor Qualidade).
Portugal ficou em primeiro lugar no grupo que reunia os países com pavilhões construídos pelos organizadores e depois alugados ou construídos pelos participantes mas com áreas inferiores a 2000 metros quadrados, entre os quais o Brasil, Republica Checa e Angola.
“É um prazer receber este prémio. Representa um reconhecimento, e sobretudo é importante pelo material utilizado na construção do pavilhão, que tem muito a ver com Portugal”, comentou o arquitecto sobre o edifício de 2.000 metros quadrados, inteiramente revestido de cortiça.
Carlos Couto – que liderou uma equipa de 12 pessoas, quase a totalidade do próprio atelier – disse ainda que este foi o projecto que mais prazer lhe deu criar nos últimos 20 anos.
“É raro ter a possibilidade de fazer um pavilhão neste género, e, por outro lado, é fabuloso o número de visitantes que esta Expo teve. Tem a ver com o facto de ter decorrido na China”, avaliou, referindo-se ao facto de o certame ter recebido mais de 72 milhões de visitantes.
Desde a abertura do certame, a 01 de Maio, o pavilhão de Portugal foi visitado por quase cinco milhões de pessoas, um recorde na história da participação portuguesa em exposições universais.
O arquitecto salientou ainda que a escolha da cortiça “foi uma boa aposta para divulgar este material pouco conhecido na região”.
A cortiça suscitou grande curiosidade sobretudo nos visitantes chineses, que tocavam e cheiravam o material e chegavam a retirar pedaços de cortiça dos painéis que revestiam o pavilhão, indicou Carlos Couto.
“Tivemos que substituir painéis várias vezes por estarem tão desgastados. Chegou-se a um ponto que desistimos de o fazer”, observou.
A Expo2010, que termina domingo, foi a maior exposição universal de sempre, com mais de 240 países e organizações internacionais, e também a mais concorrida.
O anterior recorde de afluência (64 milhões) durava desde a Expo de Osaka, em 1970.