CB Richard Ellis destaca Londres como principal alvo de investimento no imobiliário mundial
Londres captou 27% da totalidade das transacções de investimento inter-regional em 2009 e no primeiro semestre (S1) de 2010
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Ana Rita Sevilha
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Segundo o mais recente estudo da CB Richard Ellis (CBRE), consultora imobiliária líder de mercado, Londres captou 27% da totalidade das transacções de investimento inter-regional em 2009 e no primeiro semestre (S1) de 2010.
Em nota de imprensa a consultora revela que “o estudo analisa, entre outras tendências, o nível em que os investidores que fazem investimentos imobiliários comerciais directos, fora dos seus mercados nacionais, são atraídos pelos mercados de maior dimensão e liquidez”.
A nova análise, diz a CBRE, “revela que a actividade de investimento imobiliário mundial foi substancialmente mais baixa durante o período da retoma (2009 e S1 2010) face ao boom do mercado, em 2006 e no primeiro semestre de 2007. Em média, o decréscimo da actividade de investimento foi ligeiramente superior a 70%, mas a descida na América do Norte foi substancialmente superior, tendo as regiões de menor dimensão (África, Médio Oriente e América do Sul) registado um aumento da actividade de investimento imobiliário”.
Para Francisco Horta e Costa, Director Senior de Capital & Markets, “Londres, devido à sua dimensão, transparência, liquidez e profissionalismo, é um mercado que atrai naturalmente investidores de todo o mundo e que é visto com um ‘porto seguro’ em alturas de crise. Além disso, foi um mercado que fez uma auto-correção de preços muito rápida e significativa, o que, aliado a uma cotação baixa da Libra, provocou uma janela de oportunidade que foi aproveitada por muitos investidores.”
“Numa análise individual da actividade de investimento inter-regional é revelada uma descida ainda mais acentuada”, avança a mesma fonte.
“O volume total do investimento do comprador que pertence a uma região diferente da região onde se situa o imóvel caiu de 134,8 mil milhões de euros, registados em 2006 e no primeiro semestre de 200, para 22,4 mil milhões de euros, em 2009 e no primeiro semestre de 2010, o que representa uma descida de 83%”.
Uma das principais características do actual panorama de investimento inter-regional é “o grau de concentração num reduzido número de cidades principais”, refere a CBRE. “Como foi evidente durante o período do boom, torna-se agora ainda mais marcado face à recente recuperação dos mercados imobiliários comerciais, e os números reflectem, dos 22,4 mil milhões de euros registados na actividade de investimento inter-regional durante os últimos 18 meses, mais de 6 mil milhões de euros foram investidos em Londres. Esta concentração regional posiciona Londres como o mercado mundial mais internacional, com transacções a serem concluídas por compradores de 27 nacionalidades diferentes”.
Embora em níveis mais inferiores, outras cidades mundiais como Paris, Nova Iorque e Sydney, também figuram entre os destinos mais procurados para investimento inter-regional. No entanto, os dez principais destinos para capitais inter-regionais são responsáveis por 55% de toda a actividade – “o que representa um aumento significativo da concentração da actividade nos mercados de maior dimensão”.
Jonathan Hull, Director do Departamento de Capital Markets da região EMEA da CB Richard Ellis, afirmou: “Com o aumento da estabilidade do mercado nos próximos meses, estimamos que os principais investidores inter-regionais alarguem horizontes e que Londres se torne menos dominante na posição de principal destino para os capitais internacionais. Em certa medida, já começa a acontecer esta tendência para 2010, com as aquisições do Sony Center, em Berlim, e de uma quota no centro comercial O’Parisnor, em Paris, ambas realizadas pelo Korean National Pension Service. Apresentar um perfil transversal mais amplo no que diz respeito aos destinos para os investidores inter-regionais terá implicações para o mercado alemão, dado que durante o boom, Frankfurt, Munique e Hamburgo também integraram o top 10 dos destinos para os capitais inter-regionais.”