Consulado português premeia fotógrafos amadores por trabalhos sobre obra de Pancho Guedes
Os trabalhos escolhidos ficarão, a partir de hoje, em exposição no Consulado português.
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Lusa
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Três arquitectos, um médico e um fotógrafo profissional são os vencedores do concurso de fotografia sobre os edifícios de Pancho Guedes, autor das mais emblemáticas construções da antiga Lourenço Marques, realizado pelo Consulado de Portugal em Maputo.
O concurso de fotografias, que teve início em Maio e que premeia hoje os vencedores, esteve aberto a fotógrafos amadores e profissionais que apresentassem retratos dos edifícios do arquitecto português Pancho Guedes, em todo o País.
Na ocasião, a cônsul de Portugal, Graça Gonçalves Pereira, explicou à Lusa que seriam especialmente premiadas fotografias de construções que estivessem até ao momento no anonimato, visto a obra de Pancho Guedes ser “gigantesca” e não se saber onde ficam muitos dos edifícios.
Nas décadas de 50, 60 e 70, o arquitecto construiu entre 300 a 400 dos 700 edifícios por si desenhados, na capital moçambicana, antiga Lourenço Marques.
Ao todo, foram atribuídos oito prémios para as melhores fotografias e conjunto fotográfico de edifícios, e o júri escolheu ainda uma fotografia extra concurso, da autoria de Paulo Alexandre, por retratar uma construção de Pancho Guedes fora da capital, o Hotel do Xai-Xai, na província de Gaza.
A fotografia da arquitecta espanhola Maria Salazar Gonzalez, do edifício Leão que Ri, recebeu o primeiro prémio, seguida da proposta do fotógrafo francês Benoit Marquet, que retrata as Casas Gémeas Matos Ribeiro.
A Casa das 3 Girafas, do médico veterinário Marco Paulo Carvalho Alves, foi considerada a melhor fotografia dos anos 50, o Cofre Privativo das Viúvas e Órfãos da Polícia, do arquitecto Walter Tembe, a escolhida para a década de 60, e o Prédio Parque, também de Benoit Marquet, a melhor dos anos 70.
O fotógrafo francês vai receber ainda o prémio pelo conjunto das fotografias, no total nove, todas relativas à década de 50.
Quanto à melhor fotografia de detalhe, foi atribuída ao arquitecto Rafael Rodrigues Moreno, com o Leão que Ri.
Segundo Graça Gonçalves Pereira, os trabalhos escolhidos ficarão, a partir de hoje, em exposição no Consulado português e, futuramente, estas e outras fotografias poderão vir a fazer parte de uma grande exposição.
“A nossa ideia é chamar a atenção das pessoas para o que têm em ‘casa’. O Pancho ainda precisa de ser conhecido, os edifícios precisam de ser mantidos e classificados”, explicou hoje à Lusa a cônsul de Portugal, para quem “ainda há um longo caminho a percorrer”.
Já em Maio, após a realização da exposição “Pancho Guedes, a aventura da arquitectura, o desafio ao formalismo”, o Consulado apresentou ainda uma lista de 120 edifícios desenhados pelo autor, desde residências, escolas e bancos a hotéis, igrejas e até uma estação de serviço.