Número de adjudicações de obras públicas cai 46% no primeiro semestre
“Até Junho de 2010, quer o número, quer o valor dos concursos adjudicados sofreram, em termos globais, fortes reduções com especial relevância na zona sul do país”

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O número de obras públicas adjudicadas sofreu uma quebra de 46 por cento e o valor caiu 60 por cento no primeiro semestre face ao ano anterior, sendo “o único segmento” em que as opiniões são mais desfavoráveis.
De acordo com a análise de conjuntura da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS), “até Junho de 2010, quer o número, quer o valor dos concursos adjudicados sofreram, em termos globais, fortes reduções com especial relevância na zona sul do país”.
O número de concursos públicos adjudicados caiu 46,2 por cento no primeiro semestre, totalizando 665 projectos, e o respectivo valor foi de 805,8 milhões de euros, menos 60,1 por cento do que no período homólogo.
“Este é o único segmento de actividade sobre o qual as opiniões relativas à actividade das empresas se revelam actualmente mais desfavoráveis do que há um ano bem como se assistiu a uma forte degradação das opiniões sobre a conjuntura vivida no mercado das obras públicas”, realça a AECOPS.
Segundo a análise semestral, “só a abertura de novos concursos revela uma evolução favorável o que, a médio prazo, se espera venha a impulsionar a produção do setor”.
O lançamento de novas obras públicas registou um acréscimo de 29,2 por cento em número e de 64,2 por cento em valor no primeiro semestre, representando um investimento superior a 2,3 mil milhões de euros.
Ainda segundo a análise da AECOPS, no primeiro semestre “os sinais de maior retracção parecem estar agora mais associados ao segmento da engenharia civil” uma vez que, acrescento, “no segmento residencial, começam a atenuar-se as fortes quebras registadas ao longo de 2009, embora se mantenha a tendência negativa do licenciamento, com um decréscimo de 13 por cento no número de fogos licenciados durante os cinco primeiros meses do ano”.
Neste contexto, a associação patronal realça que “os empresários do sector continuam a manifestar fortes preocupações quanto à evolução da actividade das suas empresas, a par de um acentuado pessimismo sobre a sua evolução futura”.
“A avaliação mais desfavorável continua a ser dos empresários da região Centro do país, devido, essencialmente, à forte quebra verificada na construção de edifícios residenciais”, enquanto na região do Algarve, as opiniões mais negativas são as relativas ao segmento das obras públicas.
A agravar “a redução muito forte da procura”, as empresas defrontam-se com “crescentes atrasos nos pagamentos que lhe são devidos, o que torna a sua situação financeira cada vez mais difícil”, alerta a AECOPS, realçando que “os atrasos nos pagamentos continuam a ser um dos condicionantes à actividade mais assinalados pelos empresários”.