Novo Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo representa investimento de 25,5 ME
A nova cadeia, com capacidade para 216 reclusos, deve estar pronta em 2012
Lusa
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
O ministro da Justiça, Alberto Martins, presidiu à cerimónia de colocação da primeira pedra do novo Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo, na Terceira, Açores, num investimento de 25,5 milhões de euros.
A nova cadeia, com capacidade para 216 reclusos e que deve estar pronta em 2012, ficará situada na freguesia da Terra Chã e vai dar resposta às necessidades de qualificação e ampliação do Parque Prisional da Região Autónoma dos Açores, que tem uma taxa de sobrelotação de 160 por cento.
Os dados oficiais indicam que todos os anos são transferidos entre 50 a 70 reclusos para Portugal continental e que há 267 detidos nos Açores, quando a lotação dos três estabelecimentos prisionais existentes no arquipélago é de apenas 166 lugares.
O caso mais grave de sobrelotação é precisamente o do Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo, que tem 67 reclusos, cerca do dobro da sua lotação.
Para inverter este quadro, Alberto Martins salientou que o investimento na nova cadeia vai responder a uma necessidade dos Açores, sobretudo da Terceira, frisando que o principal objectivo das cadeias é assegurar “condições de segurança, vigilância e socialização”.
Relativamente à política de transição de reclusos, o ministro da Justiça disse que é um “processo natural” e é provável a vinda de reclusos de outras ilhas, nomeadamente da Horta, para a Terceira.
Alberto Martins manifestou, no entanto, a intenção de trazer para a terra de origem os reclusos que estão no Continente, considerando que, “se estiverem no seu habitat natural, têm mais condições de recuperar”.
O ministro abordou também a questão do Estabelecimento Prisional do Faial, admitindo que é uma necessidade, mas não se comprometeu com qualquer data, frisando que “a dificuldade é grande porque há uma contenção de meios devido ao PEC”.
Relativamente à cidade judiciária de Ponta Delgada, que deveria ter entrado em funcionamento no ano passado, Alberto Martins frisou novamente a contenção de meios devido às restrições do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), que obrigou à alteração do calendário judicial.
O ministro considerou, no entanto, que as obras de construção da nova prisão de Ponta Delgada são uma prioridade, ainda que não tenha avançado com qualquer data para o seu início.
Na cerimónia de lançamento da construção do novo Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo, o presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, congratulou-se pela prioridade dada pelo Ministério da Justiça ao Parque Prisional dos Açores, agradecendo “a atenção dada pelo actual ministro à região”.
Apesar dos elogios, Carlos César deixou um desafio a Alberto Martins, frisando que fica “à espera da concretização das obras anunciadas para Ponta Delgada”.