Arranjo exterior do Castelo de Silves entre os finalistas ao prémio europeu de arquitectura paisagista
O projecto, da autoria do arquitecto paisagista João Ferreira Nunes, foi selecionado entre 427 concorrentes de todo o mundo
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Lusa
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O arranjo exterior Norte do Castelo de Silves é um dos nove finalistas do Prémio Europeu Paisagem Rosa Barba, cujo vencedor será anunciado a 1 de Outubro, na Bienal Europeia de Arquitectura Paisagista, em Barcelona.
O projecto, da autoria do arquitecto paisagista João Ferreira Nunes, foi selecionado entre 427 concorrentes de todo o mundo e define os acessos na encosta norte do monumento algarvio, num sistema de rampas em madeira entre espaços verdes, com vista privilegiada sobre o campo e a cidade de Silves.
A intervenção estabelece a separação entre uma área pública de acesso, estadia e recepção, e uma área vedada de uso condicionado.
A primeira tem dois percursos pedonais e um percurso misto (pedonal/automóvel) condicionado, desde os arruamentos envolventes, criando aproximações visualmente controladas, até ao topo, de onde se observa parte do barrocal algarvio e toda a cidade de Silves.
Os materiais usados nas pavimentações, em cubo miúdo e grande de pedra da região, contribuem para o reforço do caráter urbano.
Os nove projectos finalistas estarão expostos durante a bienal “Liquid Landscapes”, que decorrerá entre 30 de Setembro e 2 de Outubro, em La Pedrera, em Barcelona (Espanha).
Além do arquitecto português, concorrem ao “Prémio Europeu Paisagem Rosa Barba”, projectos da Noruega, Espanha, Holanda, Dinamarca e Israel.
Considerado uma das mais importantes distinções na arquitectura paisagista, o Prémio Europeu Paisagem Rosa Barba premeia as intervenções na Europa, nos últimos cinco anos.
O prémio foi instituído em 1999, em Barcelona, em honra de Rosa Barba, o primeiro professor de arquitectura paisagista na Escola Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona (ETSAB) e instigador do mestrado em arquitectura paisagista.
Os nove projectos finalistas farão também parte de uma exposição no Instituto de Arquitectos da Catalunha (COAC), a partir de 30 de Setembro.
O projecto do arquitecto João Ferreira Nunes inseriu-se nas obras de requalificação do Castelo de Silves, iniciadas em 2003 e executadas pela Sociedade POLIS.
A fortificação ocupa uma área de cerca de 12 mil metros quadrados e é um típico exemplar da arquitectura militar islâmica, erguido com o uso de taipa, revestida com grés (arenito), material abundante na região que lhe confere uma tonalidade avermelhada.
Classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910, o Castelo de Silves recebeu intervenções de consolidação e restauro nas décadas de 1930 e 1940, da responsabilidade da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), com a desobstrução de troços de muralhas e a reconstrução de algumas torres que ameaçavam ruir.
Este castelo é considerado um dos monumentos mais bem conservados do País.