Salão Imobiliário de Angola de portas abertas
Durante o último dia, vai nascer a Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP)
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Lusa
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O primeiro Salão Imobiliário de Angola (SIMA) abriu esta quinta-feira em Luanda com mais de meia centena de empresas presentes e onde, durante o último dia, vai nascer a Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP).
O acto de criação do CIMLOP conta com a presença do ministro português das Obras Públicas, António Mendonça, e do seu homólogo angolano, José da Silva Ferreira, cujas presenças pretendem consubstanciar a importância que Lisboa e Luanda atribuem a esta nova organização do espaço lusófono.
Luís Carvalho Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), uma das organizações fundadoras do CIMLOP, explicou hoje à agência Lusa que o objectivo passa por “englobar os países de língua oficial portuguesa na promoção e venda em conjunto nos mercados estrangeiros”.
“Essencialmente – apontou – no início quis-se agregar Portugal, Angola e Brasil, por razões de dimensão económica, para que quando se for promover e captar investidores no estrangeiro, existir um veículo de promoção e venda” que abarque estes três mercados.
Carvalho Lima adiantou que um exemplo de como esta nova organização pode ter efeitos positivos é a possibilidade de a APEMIP, que tem “uma dimensão boa e tem um conhecimento”, poder “partilhar com as suas congéneres angolana e brasileira e também, em breve, com a de Moçambique”.
“O que vamos fazer a partir de agora, domingo, é que a qualquer sítio onde nós estejamos, poderemos promover um conjunto de mercados e de países com os quais temos afinidades”, disse.
Sobre o mercado imobiliário, Carvalho Lima notou que está numa fase, como um pouco por todo o mundo, em que “a habitação para as classes mais baixas está a crescer e pode ser uma excelente oportunidade”, referindo-se ao programa estratégico do governo angolano de construir um milhão de habitações nos próximos anos para a população menos favorecida economicamente.
Esta fase de Angola exige “alguma cautela” porque a economia mundial “não está fácil” e a angolana “também se ressente” e as possibilidades “não estão tão boas como até há pouco tempo” mas “é uma oportunidade para os construtores”, defendeu o presidente da APEMIP.
Jorge Oliveira, da Associação Industrial Portuguesa (AIP), também presente no certame, disse à Lusa que vê “com bons olhos o mercado angolano”, no qual “as empresas portuguesas acreditam muito”.
Mas chamou à atenção para o facto de agora essa visão optimista ter “uma dimensão mais alargada”.
Admitindo que “há novas oportunidades”, sublinhou que “é preciso estarmos conscientes que existe neste momento uma ponderação nos investimentos, em Angola ou em qualquer parte do mundo neste momento”.
E chamou à atenção de que, “além do mercado imobiliário, há toda uma actividade, há todo um conjunto de conhecimento jurídico, legislativo, estudos, que as instituições e os governos português e angolano, têm todo o interesse em dialogar” porque daí “pode surgir uma colaboração interessante”.
Idalina Valente, ministra do Comércio angolano, que presidiu à inauguração do SIMA, disse que este se enquadra nos vários domínios da política traçada pelo governo até 2012, “um dos quais é resolver os problemas habitacionais”.
Falou do forte crescimento económico de Angola após 2002 e dos efeitos da crise provocada pela queda do preço do petróleo e da necessidade de diversificar a economia do país, onde o sector imobiliário se apresenta “com um importante contributo” a dar.
“A crise ajudou-nos a aprimorar a estratégia e a reposicionar o país. Divulgar o mercado imobiliário e a actuação dos profissionais, divulgar as empresas e marcar presença junto dos potenciais clientes” são algumas das mais valias apontadas pela ministra para esta primeira feira angolana do imobiliário.