Demolições arrancam pacificamente na Fuseta, no âmbito do Polis da Ria Formosa
Garantindo que as demolições nas várias ilhas são mesmo para avançar, a ministra do Ambiente admitiu que possa haver situações de contestação
Lusa
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
A ministra do Ambiente admitiu que as demolições nas ilhas barreira da Ria Formosa possam gerar contestação, mas mostrou-se confiante de que tudo vai decorrer na base do “consenso”.
Dulce Pássaro falava aos jornalistas na Ilha da Fuseta, onde se deslocou para ordenar simbolicamente o início dos trabalhos de demolição das habitações que escaparam às tempestades deste inverno, ao abrigo do Polis.
Garantindo que as demolições nas várias ilhas são mesmo para avançar, a ministra do Ambiente admitiu que possa haver situações de contestação por parte dos proprietários, mas mostrou-se confiante no diálogo.
“Pode haver um ou outro caso de contestação, é natural que isso aconteça”, afirmou a governante, que disse estar confiante de que as pessoas “em espírito de diálogo” compreenderão que “não há alternativa”.
Dulce Pássaro afastou, no entanto, a necessidade de recorrer a eventuais medidas repressivas ou à acção policial para travar as contestações, dizendo que as intervenções irão decorrer na base do “diálogo” e do “consenso”.
“A lei tem que ser cumprida e as forças policiais não serão a primeira via para a fazer cumprir”, afirmou, acrescentando que as intervenções visam acima de tudo contribuir para a promoção da qualidade de vida na região.
O núcleo da Fuseta, inserido na Ilha da Armona, foi o primeiro local onde a Sociedade Polis Ria Formosa avançou com a retirada de habitações, considerado prioritário devido ao risco que apresentava após as tempestades do inverno.
A primeira fase dos trabalhos, que representam um investimento superior a 441 mil euros, deverá estar terminada no final de Junho para que a época balnear possa abrir em pleno no mês de Julho.
Depois de terminada a empreitada de demolição, remoção de resíduos, limpeza do areal e leito da ria, avança a fase final de requalificação, mas apenas a seguir à época balnear.
Segundo Dulce Pássaro, a barra da ilha – onde será construído um novo cais e colocados passadiços – deverá ser posicionada mais acima do local actual.
A ilha da Fuseta faz parte de um conjunto de ilhas da Ria Formosa, um sistema lagunar único no mundo, alvo de um programa de requalificação denominado “Polis Litoral Ria Formosa”.
O programa Polis tem um período de intervenção até 2012 e a área de intervenção é de 48 quilómetros de frente costeira e 57 quilómetros de frente lagunar, abrangendo cinco municípios: Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.