Imobiliário nacional devolveu retornos nulos em 2009
“Depois de quatro anos consecutivos, entre 2004 e 2007, de retornos totais de dois dígitos, o imobiliário português caiu para os 2,7% em 2008, ficando-se, em 2009, por um retorno de 0,0%”
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Pedro Cristino
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O Índice Imobiliário Anual IPD Portugal/Imométrica indica que o imobiliário terciário português devolveu retornos nulos em 2009, um facto inédito desde a entrada do IPD em Portugal, em 2000.
Segundo a informação avançada pela Imométrica, “depois de quatro anos consecutivos, entre 2004 e 2007, de retornos totais de dois dígitos, o imobiliário português caiu para os 2,7% em 2008, ficando-se, em 2009, por um retorno de 0,0%”. A mesma fonte aponta para a depreciação de capital, “que passou de -3,3% em 2008 para -5,7% no ano passado”, como principal motivo para o declínio nos retornos de investimento.
A depreciação de capital nos três principais segmentos de mercado foi mais acentuada em 2009 do que em qualquer outro ano ao longo da útlima década. A informação da Imométrica refere que o retorno das rendas foi de 6,1%, consistente com os três últimos anos.
A maior depreciação de capital em 2009 ocorreu no sector do retalho, cifrando-se numa variação negativa de 8,6%, o que levou a que este segmento “fosse o único a devolver um retorno anual negativo, de -2,9%”. Por sua vez, a depreciação de capital no imobiliário industrial e de escritórios “foi suficientemente moderada para permitir que os retornos de rendas robustos pudessem impulsionar os retornos totais para terrenos positivos”.
Para Luís Francisco, Portugal Country Manager do IPD, “não obstante os retornos de investimento nos mercados imobiliários nacionais terem sido nulos em 2009”, assiste-se às quedas de capital “mais acentuadas de sempre a nível sectorial ao longo da história de 10 anos do índice”.
António Gil Machado acrescenta que, “face à conjuntura excepcionalmente negativa, o imobiliário é classe de activos que prova resistir melhor em tempos de crise face a todos os outros investimentos que, ao longo dos últimos anos, registaram uma performance mais negativa”. O director da Imométrica explica ainda que, “no pior momento de crise dos últimos 30 anos, ter como pior desempenho um retorno zero, deve ser entendido como um bom resultado”, algo que, na sua óptica, se fica a dever “à prudência a política de investimento dos gestores nacionais”.