Matias Ramos reafirma vontade em reforçar qualificação da engenharia
O novo Bastonário assegura que a Ordem manterá “uma vigilância permanente na preservação da dignidade profissional, reagindo a todas as tentativas e acções que configurem menorização da condição de engenheiro”
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Pedro Cristino
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“A Ordem dos Engenheiros (OE) tem por missão a defesa, perante a sociedade, da qualidade da engenharia, que terá de ser baseada na valorização académica e profissional dos engenheiros”, referiu o recém-empossado Bastonário da OE no seu discurso de tomada de posse.
Para Matias Ramos, “esta defesa pressupõe, de forma inequívoca, que os actos de engenharia só possam ser praticados pelos profissionais que têm efectiva qualificação e competência para os executar”.
Neste sentido, o novo Bastonário assegura que a Ordem manterá “uma vigilância permanente na preservação da dignidade profissional, reagindo a todas as tentativas e acções que configurem menorização da condição de engenheiro”.
Numa referência à actual legislação, Matias Ramos declarou que não abdicará de lutar “para que os diplomas regulamentares e normativos, que definem as competências profissionais dos actos de engenharia, sejam baseados na qualificação profissional” definida “com base no desenvolvimento curricular”.
Assim, o responsável da OE pretende “denunciar o facilitismo e o nivelamento por baixo”, o que, na sua opinião, “tem ocorrido na sociedade portuguesa” e em todas as iniciativas “conducentes à defesa de interesses corporativos em detrimento do interesse público”.
Discursando perante o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, Matias Ramos esclareceu que “a concretização deste objectivo passa pela definição de competências e pela apresentação de propostas ao Governo que possibilitem uma harmonização legislativa ajustada a uma sociedade moderna”, cuja missão consiste em “garantir padrões de exigência no exercício das actividades de engenharia”.
Neste âmbito, “será criado, no seio da Ordem, um Gabinete de Estudos para o Reconhecimento da Qualificação dos Engenheiros”, uma vez que “as alterações resultantes do designado processo de Bolonha, que originaram modificações na atribuição de graus no ensino superior da engenharia”, poderão representar “risco de redução de qualidade na formação dos engenheiros”.
Para o Bastonário, o termo “licenciado”, resultante do processo de Bolonha, “conduiziu à confusão de estudantes, famílias e empregadores”, uma vez que atribui “o mesmo nome a graduações com valor intrínseco completamente diferente”.