Portagens vão continuar na A8, garante concessionária
“Não existe motivo para deixarmos de cobrar as portagens porque estamos a respeitar a lei. Trata-se unicamente de seguir a filosofia do utilizador-pagador”, sublinha a Auto-Estradas do Atlântico

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A concessionária da A8 (Lisboa/Leiria) informou esta terça-feira que vai manter a cobrança de portagens no troço que está a ser alvo de obras (Malveira/Loures), ao contrário do que está a ser pedido por uma petição lançada na segunda-feira.
“Não existe motivo para deixarmos de cobrar as portagens porque estamos a respeitar a lei. Trata-se unicamente de seguir a filosofia do utilizador-pagador, afirmou à Lusa o presidente do conselho de administração da Auto-Estradas do Atlântico, José Braga.
O PSD de Torres Vedras anunciou na segunda-feira o lançamento de uma petição e de um abaixo-assinado a favor da suspensão do pagamento das portagens na auto-estrada A8, enquanto decorrerem as obras de ampliação do troço Malveira-Loures.
Os sociais-democratas sustentam que as obras, a decorrer desde o final de Novembro de 2008, “têm causado vários transtornos” aos automobilistas e que não estão a ser feitas “com as condições mínimas de segurança que se exige”.
No texto do abaixo-assinado, a entregar dentro de algumas semanas ao ministro das Obras Públicas, é exigida uma intervenção com vista a cumprir as medidas de segurança na via, que foram identificadas no Relatório Preliminar de Segurança, tendo em conta os problemas ao nível do pavimento e do traçado.
Também alguns automobilistas que a Lusa ouviu hoje manifestaram-se bastante desagrados pelas condições em que se encontra a A8.
“Já aqui apanhei dois ou três sustos. O piso está muito mau e é propício a acidentes”, apontou Nuno Turgal, utente diário daquela via.
Também Rui Martins, que se desloca todos os dias entre Mafra e Lisboa alertou para o mau estado do piso, que no seu entender não oferece quaisquer condições de segurança
“A A8 parece um estaleiro com buracos atrás de buracos. Em Novembro rebentou-me aqui um pneu e por sorte não perdi o controle do carro. Se tivessem vergonha na cara não ousavam sequer a cobrar portagem”, sustentou.
Contudo, o responsável da Auto Estradas do Atlântico, minimizou as críticas e argumentou que “o pavimento da A8 é igual ao de outras vias”, exemplificando com o caso CREL.
“É natural que o piso se deteriore com o uso. Não vale a pena estar aqui a dar valor a essas críticas. Temos uma obra para pagar e não podemos deixar de cobrar só porque sim”, reiterou.
Desde que se iniciaram as obras da A8, em Novembro de 2008, já ocorreram diversos acidentes, um deles na semana passada e que causou uma vítima mortal.
Neste momento decorrem duas obras de alargamento a cargo da empresa Auto-Estradas do Atlântico, uma entre o troço de Loures-Malveira e outra entre a CRIL e Loures, ambas com data prevista de conclusão até ao final do ano.
O alargamento do troço Loures-Malveira representa um investimento de 64 milhões de euros, suportado pela Auto-Estradas do Atlântico, enquanto que o troço entre a CRIL e Loures, representa um investimento de 30 milhões de euros, suportado pelo Estado.