Obras de reabilitação da Praça de Lisboa podem começar dentro de um mês
Entraram quinta-feira, nos serviços da Câmara do Porto, os projectos das especialidades necessários para se poder iniciar as obras de demolição e reforço da estrutura existente
Lusa
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A empresa que vai reabilitar a Praça de Lisboa, no Porto, entregou quinta-feira, na autarquia, os projectos necessários para iniciar as obras de demolição e reforço, esperando obter a licença e começar os trabalhos dentro de um mês.
“Entraram quinta-feira, nos serviços da Câmara do Porto, os projectos das especialidades necessários para se poder iniciar as obras de demolição e reforço da estrutura existente. Se tudo correr como previsto, teremos a licença de obra no prazo de um mês”, adiantou à Lusa José Santa Clara, director de expansão da Bragaparques, a empresa que lidera o projecto de reabilitação do espaço.
A primeira fase da obra, respeitante à demolição da estrutura existente e ao reforço do parque de estacionamento que existe por baixo poderá, então, avançar, refere o responsável da empresa que, com a John Neild Associados, constitui o consórcio UrbaClérigos, que gere o projecto.
“A obra será para avançar logo que tenhamos a licença”, garante.
Só depois se avançará “com a construção da nova estrutura por cima”, observa o responsável, referindo que o prazo de um mês para a obtenção da licença é “estimado”, já que, dependendo da “celeridade dos serviços da autarquia”, a emissão da licença poderá demorar mais ou menos tempo.
Continua, no entanto, por definir quem vai ocupar a loja âncora da Praça de Lisboa, que esteve destinada à entretanto falida livraria Byblos.
Por esse motivo, não foram entregues na autarquia todos os projectos de especialidade, já que alguns estarão dependentes da ocupação do espaço, que pode ficar definido em breve.
“Alguns projectos dependem especificamente da futura ocupação do espaço, que é assunto que não está ainda fechado, mas que se espera fechar a breve prazo”, revelou o responsável.
Quando, em Outubro, a Câmara do Porto aprovou o projecto de arquitectura, deixou a ressalva de que a aprovação ficará sem efeito caso não seja cumprido o prazo de seis meses para a entrega dos projectos de especialidade.
A UrbaClérigos foi o único concorrente a apresentar-se ao concurso público aberto pela Câmara Municipal do Porto em Dezembro de 2006 para concessionar a Praça de Lisboa.
O projecto de reabilitação prevê um investimento de seis milhões de euros, ficando o consórcio com o direito de superfície do local durante 50 anos.
Previa-se que a livraria Byblos ocupasse grande parte do espaço comercial do projecto, funcionando como loja âncora do espaço, mas a insolvência da empresa tem atrasado o processo de reabilitação da Praça.
Desenvolvido pelo arquitecto Pedro Balonas, o projecto de arquitectura prevê a criação de uma estrutura em betão e vidro, fechada, com fachadas ondulantes, estando ali prevista a instalação do Pólo Zero da Federação Académica do Porto.