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    Fernando Santo defende que Executivo deve apostar na Reabilitção

    Fernando Santo defende que Executivo deve apostar na Reabilitção

    Engenharia

    Entrevista a Fernando Santo: “Engenharia sai fragilizada com licenciaturas de três anos”

    Em entrevista ao Construir, Fernando Santo explica a “guerra” que empreendeu contra o facilitismo, analisa o actual estado da engenharia nacional e revela as suas expectativas para as eleições

    Pedro Luis Vieira
    Fernando Santo defende que Executivo deve apostar na Reabilitção

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    Em entrevista ao Construir, Fernando Santo explica a “guerra” que empreendeu contra o facilitismo, analisa o actual estado da engenharia nacional e revela as suas expectativas para as eleições

    Assumiu o cargo a 1 de Abril de 2004. Qual o balanço que faz destes seis anos de mandato?

    Julgo que atingi os objectivos a que me propus, numa leitura que é pessoal, evidentemente, mas que tem muito a ver com a recolha de opiniões que ao longo dos últimos anos tenho vindo a fazer junto de colegas, muitos deles até que não estiveram comigo no período de eleições. Julgo que o balanço é positivo porque tínhamos proposto várias coisas, entre elas considerávamos que a Engenharia devia estar muito mais presente na sociedade portuguesa e os engenheiros deviam fazer parte activa da discussão dos grandes problemas nacionais, até porque uma parte do conhecimento está do lado destes e são eles os responsáveis pela concretização dos planos. Essa ausência fazia-se muito sentir nas últimas décadas, pelo que procurei dar uma visibilidade à Engenharia e aos engenheiros e parece-me que consegui, é hoje reconhecido que a Ordem dos Engenheiros (OE) esteve presente em debates tão importantes como nas áreas da educação, energia, opções sobre os grandes investimentos de infra-estruturas públicas, nas questões da floresta, ordenamento de território, licenciamento urbano, e na legislação dispersa de várias áreas onde estão presentes os engenheiros. E penso que isso foi algo que sucedeu pela primeira vez na sociedade em que vivemos, uma sociedade muito mediatizada, em que os media tem um papel importantíssimo. É um sinal de que os engenheiros pensam e que têm de ser independentes do poder político para que a OE apareça como uma entidade pública responsável perante uma sociedade que gosta de ouvir a sua opinião, a qual deve contribuir para uma melhor informação e formação das pessoas.

    Acompanhou um período bastante marcado pela crise. Como o viveu como Bastonário?
    Acompanhei a reforma de Bolonha, que foi uma alteração profunda do modelo de ensino, para além de uma crise que em Portugal começa em 2002, a partir de uma profunda crise dos sectores da Construção e do Imobiliário, e que ainda hoje se arrasta e se agravou. Por outro lado, apanhei os problemas cada vez mais perceptíveis do consumo de energia, e consequente dependência energética, e por isso realizámos tantos debates sobre este tema, sendo que, por tudo isto, foram dois mandatos extremamente complicados. Os problemas do País são muito difíceis, nomeadamente quando queremos tomar posições sobre algumas matérias e o fazemos de forma a que possa representar aquilo que é o pensamento de uma classe, exige muito trabalho. Esse trabalho foi conseguindo promovendo por ano cerca de 40 seminários, a nível nacional, para debater todos estes temas, visto que, no fundo, foi através destes seminários, que chamámos à discussão aqueles que pensamos que mais conhecem sobre os temas. Estive presente em praticamente todos para também poder retirar as minhas próprias informações, fazer um balanço e poder, no fundo, dar o contributo  da OE nesse sentido.

    No que toca à formação, nomeadamente ao Ensino Superior, criticou o facilitismo no acesso a alguns cursos de Engenharia. De que forma considera que este facilitismo se pode manifestar na Engenharia Portuguesa e, em último caso, nas próprias obras?
    Manifesta-se de várias formas. Em primeiro lugar, quando o ensino básico e secundário é deficiente para matérias que são fundamentais para a prática da Engenharia, como é o caso das disciplinas de Matemática, Física e Química, temos alunos no final do 12º ano altamente deficientes nestas matérias. No passado, as escolas portuguesas definiam competências para as exigências que achavam que eram indispensáveis para depois poderem ser atribuídos títulos profissionais, e isso fazia toda a diferença na selecção. Perante uma aumento significativo no número de alunos e, simultaneamente, na deficiente formação, muitas escolas, quer Universidades quer Politécnicos, tiveram de baixar os níveis de exigência para os níveis dos alunos. Não há nenhum português, pelo menos daqueles com quem tenho falado, que não fique surpreendido quando digo que há 180 cursos de Engenharia que não exigem como disciplina específica a Matemática. Já não digo a Física e Química, porque se formos por estas disciplinas o número é ainda maior. Portanto, estas três disciplinas são fundamentais, tendo sido preciso fazer um grande combate para sair uma portaria em Setembro de 2009 que passou a exigir aquilo que, espante-se, não nos passa pela cabeça que nunca deixou de ser uma necessidade. A portaria passou a exigir Matemática como disciplina específica para os cursos de Engenharia, de Matemática e de Economia, mas, posso-lhe dizer, contra a vontade de muitos responsáveis das escolas, porque sabem que se as exigências forem elevadas deixam de ter alunos. Caso deixem de ter alunos, deixam de ter financiamentos. Não tendo financiamentos, não se assegura a sobrevivência da escola. Isto é um problema gravíssimo no país e por isso também a portaria só entra em vigor em 2012/2013.

    Isso que dizer que neste período vão continuar a ser formados alunos a quem não foram exigidas as disciplinas de Matemática, Física e Química para os cursos de Engenharia?
    Evidentemente, o que acaba por ser um sinal de descrédito total sobre a qualidade de ensino. Portanto, as escolas e os responsáveis políticos têm estado muito mais preocupados em dar títulos académicos, mesmo que as competências não existam.

    Acha que a adopção desta nova legislação vai contribuir da melhor forma para alterar esta situação ou ainda devia ter sido mais exigente?
    Com certeza que poderia ser muito melhorada, mas, no entanto, acaba por funcionar como um sinal e símbolo do que acontece em certas áreas de ensino. Mesmo assim, apesar do preâmbulo da portaria considerar que é importantíssimo para o país, é preciso proteger aqueles que entrar no 10º ano. A protecção do facilitismo da escola-lazer continua a ser a política consagrada, durante muitos anos em vários ministérios. Há ainda outro factor que considero importante referir ao nível do balanço dos meus dois mandatos, o qual se encontra relacionado com o contributo da OE para a regulação da profissão. Penso que nos últimos 20 anos, nunca houve nenhum momento, mesmo pós 25 de Abril, em que tivesse havido tanta regulamentação profissional. Uma parte da legislação, até ao último Governo, exigia títulos académicos, porque era o caminho de tornar mais fácil o acesso, dando sequência ao tal facilitismo do ensino, e que boicotava a responsabilidade da OE em qualificar pessoas. O último Governo fez uma alteração profunda e tivemos muita legislação, desde a Lei Quadro, a lei 31/2009, que veio regular os actos próprios dos arquitectos, engenheiros e engenheiros técnicos, como tivemos na parte da Certificação Energética, na Segurança contra Incêndios e no Novo Regime de Arrendamento Urbano. Portanto, a lista de diplomas que passaram a exigir engenheiros é longa. Nomeadamente a lei 60/2007, que alterou o regime de Licenciamento Urbano e passou a estipular no seu artigo 20º que os  projectos desde que assinados por membros de Associações Públicas Profissionais, dispensam a verificação dos serviços públicos. Trata-se de um passo significativo na qualificação. Depois, houve outro dado importante, relacionado com o facto de que, esta dinâmica que a OE teve, acabou por se traduzir num aumento significativo no número de membros. De facto, mantendo as mesmas regras de admissão, a OE entre 31 de Dezembro de 2003 e 31 de Dezembro de 2008 admitiu mais 130% de membros, do que tinham sido admitidos nos dez anos anteriores. Como é óbvio, isto resulta de uma maior percepção da importância da Ordem perante a sociedade e da mobilização das pessoas para quererem estar inscritas na OE. A Ordem passou a ser uma marca de qualidade, uma marca diferenciada que é reconhecida pelos empregadores e, portanto, a selecção que a OE faz acaba por poder ser traduzida também no reconhecimento da sociedade. Tivemos igualmente uma parte que é fundamental, relacionada com o facto de que, todos os anos, tivemos bons resultados financeiros. Conseguimos deixar as contas muito melhor do que estavam, quando iniciámos os mandatos.

    Como vê a crítica do Sindicato Português de Engenheiros ao facto da OE realizar um exame a licenciados em Engenharia pelas Universidades?
    A crítica é proveniente de uma entidade que está alinhada com o facilitismo. Quem vive na área da facilidade, não consegue aceitar quem faz exames que deveriam ser obrigatórios à saída das Universidades e que deviam obrigar as pessoas que não sabem a chumbar. É lamentável que 50 a 70% dos candidatos a exames da OE chumbem. Como tal, felizmente que a Ordem existe e que é uma garantia de qualidade porque, caso contrário, muitas destas pessoas passariam a praticar actos de responsabilidade pública de forma totalmente incompetente.

    A Ordem acusou o Ministério das Obras Públicas e o Instituto da Construção e Imobiliário (INCI) de falta de coragem e de terem legislado à pressa a portaria 1379/2009, de 30 de Outubro, e que permite, por exemplo, aos arquitectos reclamar a direcção de obras. A qualidade da construção poderá estar em causa? Como espera que evolua esta situação?
    A qualidade da construção já estava em causa, o que a OE se tem batido desde que abriu este dossier em 2004, relativo à revisão do 73/73, é exactamente por uma posição diferente da defendida pela Ordem dos Arquitectos (OA). Quando iniciámos este processo, para que pudéssemos garantir melhor qualidade na construção, a OE exigiu que a qualificação profissional não se limitasse à elaboração de projectos, como era a proposta da OA, queríamos a qualificação para a Direcção de Obras, para a Direcção de Fiscalização e a aplicação em obras públicas, que não existiam em Portugal. Apenas existia no nosso país o 73/73, o que era muito limitado para a qualidade da construção. Ao vermos uma lei que consagra a amplitude que passa pela direcção de construção, direcção de fiscalização e obras públicas, a OE, como princípio, sentiu-se muito satisfeita por ter visto essa exigência satisfeita. No entanto, estamos em divergência quanto à portaria porque esta não respeita, em nosso entender, aquilo que são os critérios definidos no artigo 27º da lei. A lei define que a portaria, para efeitos das qualificações específicas, deve ter em conta as habilitações, a formação, a experiência e a complexidade das obras, dizendo ainda que, em caso algum, deve ser tido apenas em conta o tempo como factor diferenciador. Por outro lado, também diz que as qualificações profissionais são aquelas que estão nos estatutos das associações profissionais. A única Ordem que tem estatutariamente definidas as qualificações profissionais, como o membro estagiário, o membro, o membro sénior e o especialista, é a OE. Por isso, não aceitamos os engenheiros estagiários, referidos à Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos (ANET), visto que não existem legalmente, como entendemos que, não têm formação específica para dirigir obras. Fizemos um levantamento das quatro principais escolas de Arquitectura em Portugal e apenas uma tinha uma cadeira relacionada com a Direcção de Obras. Desta feita, se os Engenheiros Civis não têm formação para fazer um projecto de arquitectura, e no fundo aceitamos e reconhecemos isso perante a formação dos arquitectos, não podemos ter aqui um jogo duplo, como sucedeu com a OA.

    A engenharia portuguesa tem tido reconhecimento internacional. Recentemente, Mota Freitas foi galardoado com o prémio internacional de estruturas, pelo projecto desenvolvido para a Igreja da Santíssima Trindade em Fátima. Como analisa o actual estado da engenheria portuguesa?
    O estado da engenharia portuguesa é boa. É notável como um país da nossa dimensão tenha ganho, já em 2004 com Segadães Tavares o mesmo prémio com a ampliação do Aeroporto da Madeira. Assim, ser reconhecido duas vezes no espaço de cinco anos com um prémio desta dimensão é sintomático.. No entanto, este nível a que chegámos não foi com a farsa de licenciaturas em Engenharia de três anos. Foi com modelos de licenciaturas que começaram por seis anos e passaram para cinco.

    Partilha das críticas apontadas recentemente pela Associação Portuguesa de Projectistas e Consultores (APPC), segundo as quais a lógica dos contratos públicos está muito ligada a preços-base temerários e à consequente degradação das condições de funcionamento e sustentabilidade de mercado?
    Tenho estado em sintonia com a APPC com muitas das críticas que têm apontado, se bem que as principais críticas que faço ao CCP é a rotura com uma cultura de 40 anos em que fizemos melhorias significativas no regimento jurídico das empreitadas e agora praticamente esqueceu-se de tudo isso. Por outro lado trata-se de um diploma demasiado complexo e tem consequências na prática da Engenharia que são altamente preocupantes. Por exemplo, a responsabilidade que é atribuída aos projectistas, sem que haja um modelo de seguros que cubra essas responsabilidades, transforma hoje o projectista numa profissão de elevado risco. Por outro lado, o facto de a lei, pela interpretação do Tribunal de Contas, não permitir que haja trabalhos a mais para correcção de erros de projectos, transforma mais uma vez os projectistas nos únicos cidadãos do mundo que nunca se podem enganar. É um absurdo feito por pessoas que desconhecem por completo o sector e querem impor o sector a lógicas de funcionamento que são anti-processo produtivo.

    Defendeu recentemente a criação de um guião e uma metodologia científica e técnica aplicada a todos os modelos de grandes obras públicas que seja independente de ciclos políticos. Quais seriam as vantagens deste guião e metodologia?
    As vantagens são óbvias porque as obras foram usadas desde sempre, já desde o tempo de Fontes Pereira de Melo, como armas de arremesso político. Os engenheiros não são bolas de ping-pong, não fazem projectos bons num dia para serem péssimos no outro. O que defendemos é que os engenheiros, como os economistas e todos aqueles que no final têm de avaliar um projecto nas suas diversas vertentes, desenvolvam modelos que sejam aplicáveis a qualquer projecto, o que vai originar uma avaliação segundo um modelo que não é feito à medida daquilo que se quer, mas que permite ajustar face à análise. Assim, o que é necessário é chegarmos a um consenso antes disso, sendo que, uma vez conseguido, confere maior credibilidade no momento da avaliação.

    Independentemente dos candidatos à OE, qual acha que é o perfil ideal para um Bastonário?
    Não acredito que haja um perfil ideal, mas que, em cada momento, há um perfil que se adapta aquilo que se pensa ser o desafio e os problemas que a OE tem de resolver nos próximos anos. A este nível, aquilo que me parece que se deve colocar como prioridades do próximo mandato, tem a ver com, por um lado, a necessidade de manter este debate e participação da OE numa discussão pública cada vez mais exigente sobre o nosso próprio modelo de desenvolvimento. A segunda questão prende-se com a importância de que, a nível das qualificações profissionais, se mantenha uma capacidade de resposta clara da OE aos projectos legislativos, que são cada vez em maior número. Outra questão está relacionada com a revisão de estatutos, em que, face à reforma de Bolonha, o estudante é licenciado ao fim de três anos no ensino superior e não ao fim de cinco, logo a palavra licenciado não significa competências iguais e isso vai obrigar a alterações dos estatutos. Há ainda que alterar os estatutos para que a OE tenha os que correspondam a uma visão menos administrativa mas mais de gestão global da Ordem. Será igualmente importante fazer uma reorganização interna da OE, visto que cresceu imenso nos últimos anos. Finalmente, será necessário um au­men­to da prestação de serviços aos membros da OE, e para isso temos em curso uma alteração do nosso portal que se pretende mais actualizado e moderno.

    (entrevista publicada na edição impressa do Jornal Construir em 14 de Janeiro)

    Sobre o autorPedro Luis Vieira

    Pedro Luis Vieira

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    Hotel B&B Tres Cantos (Madrid)

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    Grupo Casais inaugura primeiro hotel híbrido em Espanha

    O B&B Hotel Tres Cantos, em Madrid, foi construído recorrendo ao sistema CREE Buildings, que assenta numa abordagem “inovadora” à construção de edifícios num sistema híbrido de madeira e betão

    Através da parceria Sunny Casais, o Grupo Casais já inaugurou o primeiro B&B Hotel híbrido em Espanha. Situado no município de Tres Cantos, na comunidade de Madrid, o B&B Hotel Madrid Tres Cantos, estabelece um novo padrão no que diz respeito à construção sustentável, recorrendo ao sistema construtivo CREE Buildings, que assenta numa abordagem inovadora à construção de edifícios num sistema híbrido de madeira e betão.

    O B&B Hotel Madrid Tres Cantos, projectado pelo TdB Estúdio de Arquitectura e promovido pela Sunny Casais, é o reflexo do valor da tecnologia de construção industrializada híbrida, mas espelha também o forte compromisso com os princípios ESG.

    A construção ficou a cargo da UTE (Unión Temporal de Empresas), entre a Casais España de Infenieria y Construcción e a Construcciones ACR, parceria que concluiu a estrutura do edifício em tempo recorde, com a montagem dos módulos realizada em apenas 14 dias, demonstrando a eficácia do sistema industrializado utilizado.

    A escolha da construção com o sistema Cree além de ser mais sustentável, sem ter que abdicar de uma estética contemporânea. Além disso, este método possibilita uma diminuição significativa no tempo de construção, com uma redução de tempo de até seis meses em comparação com técnicas tradicionais.

    O B&B Hotel Madrid Tres Cantos conta com 120 quartos distribuídos por cinco andares e com estacionamento à superfície, oferecendo uma experiência moderna e confortável aos hóspedes. Durante o processo de construção, foram implementadas as casas de banho industrializadas (Blufab) pelos pisos, bem como os kits de tubagens para as instalações (Blumep), produzidas em fábrica em Portugal e montado directamente na obra em Espanha.

    Já em 2024, esta unidade ganhou o prémio de sustentabilidade no concurso Re Think Hotel, na categoria dos “10 melhores projectos de sustentabilidade e reabilitação hoteleira por executar”; e que, em conjunto com o The First Guimarães, permitiu ao Grupo Casais também ser distinguido nos Prémios de Sustentabilidade no Ambiente Construído, vencendo a categoria Circularidade.

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    IP lança concurso de 150M€ para alargar ferrovia Contumil-Ermesinde

    As propostas podem ser apresentadas até dia 19 de maio, e o contrato terá uma duração de 1385 dias, ou seja, cerca de três anos e dez meses para execução das obras, entre 2025 e 2029

    A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou esta quarta-feira o concurso público para o alargamento da Linha do Minho de duas para quatro vias no troço entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), com um preço base de 150 milhões de euros.

    De acordo com o anúncio esta quarta-feira publicado em Diário da República (DR), em causa está a passagem do troço entre Contumil e Ermesinde para quatro vias, permitindo resolver um ‘garrote’ na operação ferroviária a norte do rio Douro, aumentando a capacidade do eixo que recebe comboios das linhas do Minho e do Douro.

    As propostas podem ser apresentadas até dia 19 de maio, e o contrato terá uma duração de 1385 dias, ou seja, cerca de três anos e dez meses para execução das obras, entre 2025 e 2029.

    O preço tem um fator de ponderação de 50% na avaliação das propostas, e a qualidade também 50%.

    O total da obra pode custar até 219,5 milhões de euros entre 2025 e 2029, segundo uma portaria publicada em DR em novembro.

    A portaria do Governo, assinada pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão de Brito, estabelece que haverá um “financiamento máximo nacional de 90% do montante global dos contratos”.

    Em causa estão, no máximo, 26,3 milhões de euros em 2025, 37,5 milhões em 2026, 55,6 milhões em 2027, 58 milhões em 2028 e 42 milhões em 2029, mas estes “encargos orçamentais podem ser repartidos de forma diferente” ao longo dos anos, desde que não ultrapassem o orçamentado e sejam repartidos por diferentes componentes da obra.

    A obra compreende a passagem do troço da Linha do Minho de duas para quatro linhas, incluindo a execução e fiscalização da obra, a aquisição de carril e travessas polivalentes, a instalação de telecomunicações e sinalização e a realização de testes e certificações.

    Haverá também lugar à beneficiação das coberturas das plataformas na estação de Ermesinde.

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    CCB

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    CCB quer alcançar a neutralidade de carbono até 2030

    Para alcançar o objectivo proposto, o Centro Cultural de Belém (CCB) aderiu ao projecto Theatre Green Book (TGB), uma iniciativa que tem como objectivo “promover práticas mais responsáveis na actividade diária dos teatros a nível europeu”. O projecto será apresentado a dia 27 de Fevereiro

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    O Centro Cultural de Belém (CCB) aderiu ao projecto Theatre Green Book (TGB), uma iniciativa “inovadora” que tem como objectivo “promover práticas mais responsáveis na actividade diária dos teatros a nível europeu”. Este compromisso reflecte não só a responsabilidade ambiental do CCB, mas também a sua decisão em promover a mudança dentro da comunidade cultural, sobretudo dos PALOP, ao traduzir e disponibilizar em português europeu o Livro Verde.

    Com o apoio do Green Book, o CCB compromete-se a transformar as suas produções artísticas, as suas operações e o seu edifício para alcançar a meta de zero emissões líquidas até 2030. “Esta ambição vai mais além do que um simples compromisso ambiental. É uma declaração de esperança para o futuro, um esforço colectivo para proteger o Planeta e inspirar outras instituições culturais a seguirem o mesmo caminho”, indica a instituição em comunicado.

    O Theatre Green Book nasceu como um movimento colectivo entre produtores de teatro no Reino Unido, que rapidamente saltou fronteiras ao apresentar-se como uma rede global. Actualmente, conta com o apoio de nove teatros de sete países, que funciona como uma verdadeira “rede de redes”. Este movimento inspira comunidades locais e internacionais ligadas ao teatro a adaptarem os seus princípios orientadores, respeitando as especificidades das suas práticas culturais, mas sem nunca perder de vista o objectivo maior: um planeta mais sustentável.

    A apresentação do ETC Green Book Theatre, por Paddy Dillon e Lisa Burguer, acontece dia 27 de Fevereiro, às 10h30, na Sala Luís de Freitas Branco e conta, também, com a presença de Madalena Reis, administradora do CCB e de Cláudia Belchior, coordenadora executiva das Artes Performativas do CCB e presidente de European Theatre Convention.

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    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís

    Este terceiro momento do ciclo de tertúlias, acontece esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo

    CONSTRUIR
    Em 2025, a Trienal iniciou mais um ciclo de tertúlias em torno da arquitectura e os seus desdobramentos em que participam quatro ateliers com prática estabelecida. Estes contam com um vasto leque de obras construídas de diversas escalas, que vai desde um plano de requalificação de arquitectura paisagista a um restaurante de acção social que convidam figuras cúmplices que se cruzam com a disciplina para conversas informais em torno de um objecto.
    Esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, acontece o terceiro momento das conversas de arquitectura ‘Conversas et Al.’ que junta José Carlos Oliveira, fundador do atelier portuense Noarq, e Gémeo Luís, ilustrador consagrado em diversos formatos nacionais e internacionais. A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo. O desafio deste momento, aberto à participação do público, é “explorar as pertinências dos contributos numa equipa e como cada pessoa não só é imprescindível como se torna antídoto para uma solidão intelectual e processual que tende a tornar-se viciada e estéril”.

    Fundado há 23 anos, o Noarq concentra a sua pesquisa no desenho da paisagem, arquitectura e objectos quotidianos e conta com vitórias em concursos nacionais e internacionais, destacando-se as Piscinas na praia de Vila Garcia de Arousa e o Ascensor Público Halo de Vigo, em Espanha, ou a Ponte Ferreirinha sobre o Douro para o Metro do Porto.

    O último momento da terceira ronda de Conversas et Al., marcada para dia 6 de Março, conta com o atelier SIA e a presença da escultora Fernanda Fragateiro.

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    Lordelo do Ouro (DR)

    Construção

    Edifício C do projecto em Lordelo do Ouro já está em construção

    A empreitada, sob gestão da Domus Social, teve início esta semana e está orçamentada em cerca de 4,5 M€, integrando a primeira fase deste projecto municipal que, terá no total, cinco blocos habitacionais

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    Já começaram os trabalhos de construção de mais um edifício em Lordelo do Ouro, no âmbito da operação que contempla a criação de habitação acessível na cidade. A empreitada, sob gestão da Domus Social, teve início esta semana e vai permitir erguer o Edifício C. Está orçamentada em cerca de 4,5 milhões de euros, integrando a primeira fase deste grande projecto municipal.

    A primeira fase da operação de Lordelo do Ouro arrancou, no final de Janeiro, com o início da empreitada do Edifício E. Esta semana, os trabalhos relativos a esta etapa do projecto avançaram com o arranque da construção do Edifício C, um bloco habitacional que irá agregar 18 fogos para renda acessível.

    Integrando um logradouro privado ajardinado e cinco pisos de construção, quatro dos quais acima da cota da soleira e um piso de estacionamento, o Edifício C contará 12 habitações municipais de tipologia T1, três de tipologia T2 e três de tipologia T3, e irá incorporar, ainda, cinco espaços para fins comerciais.

    Com um prazo de conclusão estimado em 20 meses, a obra de estruturação do Edifício C está orçamentada em cerca de 4,5 milhões de euros. Juntamente com a empreitada de construção do Edifício E, a primeira fase da operação de Lordelo do Ouro representa, assim, um investimento superior a 20 milhões de euros.

    Os dois edifícios actualmente em construção – E e C – representam, simultaneamente, a edificação de 109 dos 291 fogos projectados no âmbito global desta operação municipal, gerida pela Domus Social e orçamentada, no total, em mais de 60 milhões de euros.

    Recorde-se que estes são os primeiros de cinco bloco habitacionais a serem construídos em Lordelo do Ouro, destinados a habitação acessível.

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    Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização

    Com uma área total de 4.085 m2, o edifício distribui-se por cinco pisos e oferece uma combinação de escritórios e retalho. A comercialização está a cargo, em regime de co-exclusividade, das consultoras Cushman & Wakefield, JLL e CBRE

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    As consultoras Cushman & Wakefield, JLL e CBRE, detêm, em regime de co-exclusividade, a comercialização do Edifício Boavista 2949, um imóvel situado no coração da zona prime da cidade do Porto.
    Com uma arquitectura marcante, da autoria dos arquitectos José António Barbosa e Pedro Lopes Guimarães, do gabinete de Barbosa & Guimarães, o Boavista 2949 apresenta uma fachada de betão à vista, vãos com formas inovadoras e diversas direcções nas fachadas, num  design que se distingue na paisagem urbana da cidade.
    Com uma área total de 4.085 metros quadrados (m2), o edifício distribui-se por cinco pisos e oferece uma combinação de escritórios e retalho, sendo composto por quatro pisos de escritórios e um embasamento ao nível do rés-do-chão com loja e auditório com acesso exterior. Conta, ainda, com um auditório, salas de reuniões, copa e estacionamento em cave, com 68 lugares.
    O espaço oferece, também, duas zonas exteriores para usufruto exclusivo dos ocupantes do edifício: um jardim no piso térreo e um rooftop com vista panorâmica sobre a cidade. O piso três conta, ainda, com um terraço privativo, ideal para eventos ou momentos de lazer.
    O edifício está a ser sujeito a obras de requalificação da fachada e será entregue com fit-out do anterior ocupante, incluindo sistema de ar condicionado, iluminação e pavimento técnico.
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    Sandra Daza, CEO do Grupo Gesvalt

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    Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt

    A nova CEO está na empresa há mais de 20 anos, sucedendo a Germán Casaseca, que ocupou o cargo em 1994. Esta transição faz parte de um plano estratégico de promoção interna que visa “assegurar a continuidade da liderança da empresa e o seu sucesso a longo prazo”

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    A Gesvalt, empresa especializada na consultoria, avaliação e serviços técnicos, nomeou Sandra Daza como nova CEO da empresa, sucedendo a Germán Casaseca, que ocupou o cargo desde o início da Gesvalt, em 1994. Esta transição faz parte de um processo e de um plano estratégico de promoção interna que visa “assegurar a continuidade da liderança da empresa e o seu sucesso a longo prazo”.

    Sandra Daza está na Gesvalt há mais de vinte anos, tendo assumido o cargo de directora geral em 2015. Durante este período, esteve envolvida no crescimento da Gesvalt que, embora tenha começado como uma empresa de avaliação, apostou desde o início no sector da consultoria e na diversificação de serviços.

    “É uma honra assumir a liderança da Gesvalt e continuar a desenvolver o legado do Germán Casaseca, a quem agradeço a sua confiança e apoio, bem como a sua dedicação incansável, a sua prudência e a sua orientação para alicerçar o que somos hoje. Graças ao seu trabalho, podemos dizer que o Grupo Gesvalt é uma referência no setor imobiliário”, afirma Sandra Daza, nova CEO do Grupo Gesvalt.

    A empresa inicia uma nova fase centrada na diversificação de serviços e produtos, pilar fundamental do ADN da Gesvalt, bem como a implementação de um novo plano estratégico focado no crescimento para os próximos dois anos. Além disso, está a reforçar o seu compromisso com a inovação e a digitalização como linhas de trabalho constantes através de várias operações.

    Sob a orientação de um comité de gestão renovado, a empresa pretende continuar a procurar soluções para se adaptar às necessidades dos seus clientes e continuar a oferecer uma vasta gama de serviços de consultoria que permita gerar linhas de negócio resilientes aos ciclos de mercado e complementares à sua actividade imobiliária.

    Em 2024, o Grupo Gesvalt alcançou marcos significativos impulsionados pelo dinamismo do mercado. A reactivação do mercado hipotecário impulsionou o seu volume de negócios durante o primeiro semestre do ano em 16%, em comparação com o mesmo período de 2023. No final do ano, a empresa registou um crescimento homólogo de 20%, consolidando o seu objetivo de crescimento sustentado, atingindo receitas superiores a 25 milhões de euros.

    A Gesvalt conta com uma extensa rede de escritórios em Espanha, operando ainda em Portugal e na América Latina desde 2017 e 2018, respectivamente. Para além de pertencer ao Valuation Research Group (VRG), é também membro da Praxi Valuations, redes internacionais especializadas na avaliação de ativos imobiliários, industriais e empresariais.

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    “Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet  

    Centro comercial factory outlet do Grupo Névoa, está a implementar uma série de remodelações nas suas infraestruturas com o objectivo de melhorar a qualidade dos serviços e modernizar o espaço

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    O Campera Outlet Shopping, centro comercial factory outlet do Grupo Névoa, está a implementar uma série de remodelações nas suas infraestruturas com o objectivo de melhorar a qualidade dos serviços e oferecer uma experiência de compras mais moderna e agradável aos seus clientes.

    Parte do piso 1, que se encontrava encerrado desde 2018, será reaberta após uma remodelação total. Esta reabertura representará uma maior oferta de lojas e serviços para os clientes. O ginásio Fitness Up, que já se encontra em obras e tem a abertura prevista para Maio.

    No piso 0, as obras continuam com vista a melhorar a estética do espaço e a qualidade percebida pelos visitantes, criando um ambiente mais agradável e acolhedor. Esta intervenção irá reflectir uma transformação significativa na qualidade dos serviços prestados aos visitantes, um dos principais focos da renovação do outlet.

    As remodelações fazem parte de uma estratégia abrangente, inserida no eixo “MAIS Campera Outlet Shopping”, que visa a renovação da imagem institucional do centro comercial e a criação de uma experiência de compras de maior qualidade. Outras mudanças importantes foram implementadas, como a aplicação de um novo Manual de Fachadas, que engloba um esforço contínuo na revitalização de áreas encerradas e na remodelação das zonas comerciais.

    Procedeu-se ainda à criação de um novo logótipo e à reinterpretação do conceito de outlet shopping, com o objectivo de reforçar a visibilidade e atrair mais clientes, focando-se na oferta diversificada de moda aos melhores preços. Esta renovação visa transformar o Campera Outlet Shopping num espaço mais moderno e dinâmico.

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    Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%

    Capital desacelerou ligeiramente a subida dos preços, numa tendência que é comum à Área Metropolitana de Lisboa, revela a Confidencial Imobiliário.

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    Em 2024, os preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% face a 2023, considerando a taxa de variação homóloga registada pelo Índice de Preços Residenciais em Dezembro, divulgado pela Confidencial Imobiliário. Tal significa que a subida de preços na capital desacelerou ligeiramente (menos 0,8 pontos percentuais) face ao ritmo de 6,3% registado em 2023.

    A tendência de arrefecimento da subida de preços é transversal à Área Metropolitana de Lisboa, onde apenas a Amadora (8,4% em 2024 vs. 5,5% em 2023) e Palmela (15,0% em 2024 vs. 11,3% em 2023) registam aumentos mais fortes em 2024 do que em 2023. Nos restantes concelhos da região, a subida de preços em 2024 foi menor do que em 2023, embora todos mantenham uma trajectória positiva. No contexto metropolitano, Mafra teve o maior aumento de preços, registando uma valorização de 18,3% no último ano, por contraste com Loures, que observou o crescimento menos expressivo da região, de 1,8%. Além deste último concelho, apenas outros dois valorizaram abaixo de Lisboa, nomeadamente Cascais, com um aumento de 3,1% nos preços face a 2023, e Almada, onde a subida ficou em 4,1%.

    Relativamente à procura, Lisboa registou um aumento de 13,8% nas vendas de habitação em 2024, projectando-se a transacção de 9.800 fogos na capital ao longo do ano passado, a partir dos dados reportados ao SIR-Sistema de Informação Residencial. Lisboa recupera, assim, da quebra de 2023, ano em que as transacções caíram cerca de 23%, mas mantém-se abaixo da média dos últimos anos, em que as vendas anuais rondaram as 11.000 unidades (com excepção de 2020). A capital consolida-se como o principal mercado da Área Metropolitana de Lisboa, com 22% das vendas residenciais da região, e alinha o ritmo de expansão da procura com os restantes concelhos deste território.

    Em 2024, as vendas de habitação em Lisboa fizeram-se por um preço médio de 4.797€/m2, comparativamente aos 3.104€/m2 registados no agregado da Área Metropolitana, o que significa que as casas na capital continuam a ser vendidas por um preço 55% acima da média regional.

     

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    Francisco Horta e Costa, director geral da CBRE Portugal e Ana Rosas Oliveira, administradora executiva do BPI

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    BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial

    O acordo visa apoiar os clientes que queiram melhorar a sustentabilidade dos seus imóveis, com o objectivo de alcançar uma maior eficiência energética, cumprir metas de descarbonização, reduzir custos operacionais e, potencialmente, obter uma melhoria da classificação dos seus imóveis

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    O BPI e a CBRE assinaram um acordo de colaboração para apoiar os investidores imobiliários no processo de transição sustentável, com incidência na construção e na renovação de imóveis comerciais. O acordo visa apoiar clientes, de ambas as organizações, com propostas de serviços e assessoria especializada para melhorar a sustentabilidade dos seus imóveis comerciais, com o objectivo de alcançar uma maior eficiência energética, cumprir metas de descarbonização, reduzir custos operacionais e, potencialmente, obter uma melhoria da classificação dos seus imóveis.

    No âmbito desta colaboração, a primeira fase passará por uma análise preliminar, sem investimento por parte do cliente, que permitirá diagnosticar os imóveis com maior potencial de transformação. Para os clientes interessados em prosseguir para a segunda fase, seguir-se-á uma análise técnica desenvolvida pela CBRE e que inclui conjuntamente uma proposta de medidas de melhoria de sustentabilidade e respectivo plano de acção, bem como de investimento associado.

    Francisco Horta e Costa, managing director da CBRE, salienta “a grande importância” que os temas ESG apresentam no mercado imobiliário e o impacto que estes têm na na valorização de activos. “Investidores e ocupantes estão atentos e disponíveis a pagar um prémio entre 10 a 15% para investir ou ocupar edifícios sustentáveis. Por outro lado, para além do Green Premium, vemos hoje edifícios obsoletos ou sem medidas de sustentabilidade a ser excluídos de transacções e/ou a serem alvo de Brown Discount”, acrescenta.

    Para viabilizar esses projectos, os clientes podem beneficiar de condições de financiamento ajustadas à especificidade de cada projecto, sujeitas a análise casuística de risco e a condições de pricing a acordar entre as partes.

    Ana Rosas Oliveira, Administradora Executiva do BPI, reforça que “a sustentabilidade é um pilar fundamental do BPI”. “Queremos, através de financiamento verde, criar condições que permitam aos nossos clientes atingir as suas metas de sustentabilidade”, salienta.

    Neste sentido, o Banco BPI reafirma o seu compromisso em apoiar as empresas do sector imobiliário, oferecendo soluções de financiamento que promovem a transição para uma economia mais verde e responsável, tendo em Lisboa e no Porto, equipas especializadas em financiamentos estruturados.

    Além disso, o BPI conta, também, com um Centro de Empresas de Negócio Imobiliário, com abrangência nacional, que oferece acompanhamento contínuo aos clientes, garantindo um ponto de contacto único para todas as necessidades de financiamento imobiliário.

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