Novo Reitor da Universidade de Aveiro defende hospital junto ao “campus” universitário
O novo hospital pode vir a ser erguido na Oliveirinha, em terrenos destinados a esse fim no Plano Director Municipal, ou numa zona atualmente ocupada pelo antigo estádio Mário Duarte, que engloba ainda um conjunto de armazéns camarários

Lusa
IP lança concurso de 150M€ para alargar ferrovia Contumil-Ermesinde
CCB quer alcançar a neutralidade de carbono até 2030
Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís
Edifício C do projecto em Lordelo do Ouro já está em construção
Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização
Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt
“Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet
Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%
BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial
PortalPRO e AvaiBook em parceria para oferecer serviços aos gestores de alojamentos turísticos
O reitor eleito da Universidade de Aveiro (UA) afirmou que a construção de um novo hospital em Aveiro é determinante para o sucesso do curso de Medicina da UA, defendendo que deve ser erguido junto ao “campus”.
Manuel Assunção, que na segunda feira toma posse como reitor, defendeu em entrevista à Lusa que o novo equipamento de saúde deve ser construído numa área próxima da universidade, de forma a que venha a servir, a médio prazo, como hospital universitário para os alunos do novo curso de Medicina.
“É óbvio que a resposta é: perto da universidade”, respondeu o professor universitário quando foi questionado sobre a localização do novo hospital, cuja construção está a ser equacionada pelo Governo.
Manuel Assunção considera que a localização ideal para o novo equipamento são os terrenos do desativado estádio municipal Mário Duarte, numa zona contígua ao atual hospital Dom Pedro e a poucas centenas de metros da universidade.
“Se não tiver inconvenientes graves, que não estou a antecipar agora, penso que seria uma excelente solução. Por muito que tenhamos esta excelente parceria com várias unidades de saúde e vários hospitais, é óbvio que, a médio prazo, um grande hospital universitário é sempre determinante na qualidade de um curso de Medicina e seria extremamente importante que isso viesse a acontecer”, disse o reitor eleito.
O professor catedrático salienta que a proximidade entre os equipamentos teria vantagens, lembrando que está prevista a construção de uma unidade de imagiologia médica junto ao atual hospital.
O Curso de Medicina da Universidade de Aveiro foi aprovado em dezembro de 2009 pelo ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, que o considerou “inovador” por resultar de um consórcio entre a UA e a Universidade do Porto.
Funcionará em articulação com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar do Porto (que terá o papel de supervisor), e em articulação com o Hospital de Aveiro, Hospital de Santa Maria da Feira e Hospital de Viseu e com a rede de centros de saúde.
O curso, o nono de Medicina em Portugal, tem a duração de quatro anos e é destinado a candidatos que já possuam uma licenciatura, arrancando em 2011, no Edifício das Ciências da Saúde, que será construído de raiz na zona da Agra do Crasto do “campus” da UA.
O número de admissões no primeiro ano é de 40 alunos e será gradualmente aumentado até atingir 120 por ano.
“O curso de Medicina lança um grande desafio porque também tem em si próprio lógicas inovadoras. Por um lado vai ser um primeiro caso de consórcio entre universidades. Por outro lado, a própria natureza do curso é inovadora porque vai privilegiar formações complementares das formações iniciais em áreas circunvizinhas. E vai também ter por objeto a formação de médicos que tenham a sensibilidade para a questão da medicina da família”, resume Manuel Assunção.
Após a criação do curso de Medicina, o Governo voltou a manifestar vontade política para construir um novo hospital em Aveiro, que substitua o atual Dom Pedro, e que irá servir uma população a rondar os 350 mil habitantes.
O processo de construção do novo equipamento está “bem encaminhado”, como confirmou à Lusa o presidente do Conselho de Administração do Hospital Dom Pedro, cuja atual área de influência compreende os concelhos de Aveiro, Águeda, Albergaria-a-Velha, Ílhavo, Oliveira do Bairro, Murtosa, Vagos, Estarreja e Sever do Vouga, articulando-se em rede de forma complementar com os Hospitais Distritais de Estarreja e Águeda.
O novo hospital pode vir a ser erguido na Oliveirinha, em terrenos destinados a esse fim no Plano Director Municipal, ou numa zona atualmente ocupada pelo antigo estádio Mário Duarte, que engloba ainda um conjunto de armazéns camarários.