Geógrafo Álvaro Domingues defende introdução de portagens em todas as SCUT
Para Álvaro Domingues, o discurso político deve explicar porque é que é preciso pagar, mas deve também criar taxas de pagamento diferentes para os que usam a via diariamente ou esporadicamente

APLOG realiza terceira edição do ‘Imobiliário Logístico’
Presidentes de Câmara europeus apelam à União Europeia para soluções urgentes na habitação
Fundo Valor Prime compra edifício de escritórios em Matosinhos por 13M€
Cantanhede investe 3,3M€ em 24 habitações a custos acessíveis
Abrantes lança concurso de 6,5M€ para construção de nova escola superior
Setúbal: Alterações ao Regulamento de Edificação e Urbanização vão a discussão pública
Assimagra lança 2ª edição do prémio internacional “Stone by Portugal”UGAL”
O ‘Portugal 2030’ na Construção, a expansão do Metro Sul do Tejo, o Masterplan Arcaya e a estratégia da Corum na edição 525 do CONSTRUIR
Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa
Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
O geógrafo Álvaro Domingues manifestou-se esta quarta-feira favorável à cobrança de portagens em todas as auto-estradas sem custos para os utilizadores (SCUT), defendendo um sistema de pagamento que se adeqúe ao tipo de utilização.
Para o geógrafo e investigador da Faculdade de Arquitectura do Porto “todos devíamos pagar, para pagarmos todos menos. Não tem lógica o raciocínio de que não há alternativa”.
A solução, segundo Álvaro Domingues, é: “Portagem mais barata, mas tudo portajado, portanto vamos arranjar um sistema que seja muito claro para toda a gente e que não seja discutido no Algarve duma maneira e na Póvoa de Varzim de outra”.
Álvaro Domingues falava à Lusa a propósito do lançamento do seu livro, ‘A Rua da Estrada’, que faz um retrato das estradas nacionais e secundárias do país.
“Obviamente que é a ‘rua da estrada’ que faz com que a tal alternativa não exista, porque a rua da estrada está congestionadíssima, porque acumula o tráfego de passagem com o que é a vida normal, dada a densidade do edificado e das funções. Mas não é razão para se dizer que, então por isso, não pagamos auto-estrada. Mas porquê?”, questiona.
E frisou: “O país não é rico, está em crise e tem um défice para resolver, é preciso distribuir os custos por alguém”.
“Um sistema informatizado presta-se a 500 mil maneiras diferentes de gestão do tráfego e serve também para desencorajar determinados comportamentos face a outros. Eu acho que as pessoas vão entender isso muito bem e essa, na minha opinião, é uma das partes do discurso que devia ser muito bem desenvolvida”, sustentou.
Assim, segundo Álvaro Domingues, o discurso político deve explicar porque é que é preciso pagar, mas deve também criar taxas de pagamento diferentes para os que usam a via diariamente ou esporadicamente, para quem a frequenta ao fim-de-semana ou à noite, entre outras possibilidades.
Segundo a versão preliminar do Orçamento do Estado apresentada terça-feira na Assembleia da República, o Governo vai estudar a possibilidade e as condições de introduzir novas portagens em auto-estradas em regime SCUT para além das já anunciadas.
A introdução de portagens em três – Costa de Prata, Grande Porto e Norte Litoral – das sete SCUT, uma medida anunciada em 2006, tem estado na origem de várias iniciativas de contestação popular.