LX Factory: lugar à criação
«Enquanto o projecto Alcântara XXI está parado, uma das promotoras ligadas ao projecto decidiu dar vida ao local e torná-lo num espaço privilegiado para as indústrias criativas Está a surgir em Alcântara um espaço dedicado às indústrias criativas. Perto do rio Tejo, no local onde irá nascer o projecto Alcântara XXI, da autoria dos… Continue reading LX Factory: lugar à criação
Filipe Gil
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«Enquanto o projecto Alcântara XXI está parado, uma das promotoras ligadas ao projecto decidiu dar vida ao local e torná-lo num espaço privilegiado para as indústrias criativas
Está a surgir em Alcântara um espaço dedicado às indústrias criativas. Perto do rio Tejo, no local onde irá nascer o projecto Alcântara XXI, da autoria dos arquitectos Frederico Valssassina e Aires Mateus, está a nascer um local que irá ser ocupado por criadores, arquitectos, fotógrafos e designers. Uma fábrica criativa, por assim dizer, e que se manterá no local até o projecto Alcântara XXI arrancar. A Lx Factory, empresa ligada aos promotores do projecto de Alcântara, foi criada para gerir esse local. Enquanto o PDM de Lisboa se encontra em análise, este será um local privilegiado para as indústrias criativas da capital trabalharem. São contractos de utilização e não contratos de arrendamento onde as empresas se poderam instalar e desenvolver a sua actividade, como explica Filipa Baptista, arquitecta e porta-voz da Lx Factory.
"A ideia surgiu em 2007 com o intuito de revitalizar um espaço que na sua maioria estava abandonado" (parte de um gráfica continua a trabalhar naqueles terrenos), assim, acrescenta , "as empresas das ditas industrias criativas podem ocupar um determinado espaço por um preço muito baixo e fazer as obras que entenderem tranformando-o no seu local de trabalho, tendo em conta o traço original do edifício". Até ao momento, a taxa de ocupação ronda os 10%, mas segundo a porta-voz, a esperança é que até ao Verão a maioria dos espaços já esteja ocupada. "A procura tem sido muita," segundo Filipa Baptista, que indica que têm sido contactados por muitas pessoas e empresas "para saber do projecto e dos espaços ainda disponíveis". Das empresas já instaladas destacam-se, entre outras, o estúdio de arquitectura Ana Duarte Pinto e João Manuel Alves arquitectos, o showroom da marca Blench, a empresa de iluminação Get a Light, o estúdio de design Quioto, e a agência de publicidade Norma Jean. "As sinergias podem ser enormes, há empresas que trabalham umas com as outras e têm aqui a oportunidade de estarem perto e de criarem mais contacto entre si". Previsto está ainda um local de exposição e eventos num dos edifícios, onde já em Maio, nos dias 8, 9 e 10 irá realizar-se o festival de cultura electrónica "Off".
Exemplos internacionais
De acordo com a porta-voz esta ideia é original em Portugal, no entanto existem exemplos de locais parecidos por essa Europa fora. "Em Paris o Palais de Tokyo é um dos exemplos de indústrias criativas que utilizam espaços devolutos ou em mau estado de conservação ou à espera de serem demolidos", explica. Ou como num antigo edifício central dos correios de Amesterdão que actualmente alberga, dois andares com estúdios de arquitectos e produtoras e escritórios de design e ainda o restautante Eleven. Também para a Lx Factory está prevista a construção, ou a reabilitação, neste caso de um espaço no topo do edifício para restauração com uma vista privilegiada para o rio Tejo. Quanto ao futuro pouco se sabe, de acordo com Filipa Batista, a ideia é quando o PDM seja revisto construir ali o projecto Alcantara XXI, no entanto o sucesso desta iniciativa LX Factory poderá ditar a permanência de algumas das empresas naquele local.