Imobiliário em 2025: Crescimento sólido e procura robusta impulsionam o mercado
No seu estudo mais recente, a JLL prevê que 2025 será um ano de crescimento nos principais indicadores de transacção e valorização dos diferentes segmentos

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A JLL acaba de divulgar as suas perspectivas para o mercado imobiliário português em 2025, antecipando um ano de crescimento nos principais indicadores de transacção e valorização. Para a consultora factores como “sustentabilidade e eficiência energética, inovação tecnológica e localização”, são estratégicos e estão a moldar a procura e as decisões de investimento e ocupação.
“O mercado está a evoluir rapidamente, e estes são requisitos cada vez mais críticos para consumidores, ocupantes, proprietários, investidores e promotores imobiliários”, afirma Carlos Cardoso, CEO da JLL Portugal. “Estes aspectos influenciam decisões de compra, venda e arrendamento, impactando a dinâmica do mercado em todos os segmentos”, sublinha o responsável.
Assim, o desempenho do mercado imobiliário em 2025 será impulsionado por um ambiente macroeconómico favorável. A inflação deverá manter-se controlada em torno dos 2,0%, alinhada com os objectivos do Banco Central, enquanto a taxa de desemprego permanece baixa (6,4%). O crescimento do PIB de 1,9% em 2024, acima da média da Zona Euro, reforça a dinâmica positiva, impulsionada pelo consumo privado e pelo sector do turismo.
A conjugação destes factores cria um cenário positivo para o mercado imobiliário, sustentando a procura tanto no segmento residencial como no comercial. No entanto, desafios externos como os conflitos geopolíticos e potenciais alterações nas políticas comerciais da administração Trump podem introduzir alguma volatilidade.
Ainda assim, as expectativas para 2025 são optimistas, prevendo-se um desempenho superior ao de 2024, com um ambiente de investimento resiliente e uma procura sustentada.
Desempenho por segmentos
Analisando por segmentos, para a JLL no que se refere aos Escritórios a pressão para modernizar activos para cumprir padrões de sustentabilidade e descarbonização será um dos principais desafios em 2025. Além disso, a importância da componente híbrida nos escritórios e a localização estratégica assumem um papel fundamental para ocupantes e investidores.
Enquanto no Retalho, a inovação tecnológica será determinante para atrair consumidores às lojas físicas, criando experiências de compra. Mas o crescimento do turismo e o consumo privado continuarão a impulsionar a procura por espaços comerciais bem localizados.
Já o segmento Industrial & Logístico regista um dos maiores potenciais de crescimento, beneficiando do aumento da procura por eficiência energética e sustentabilidade. O segmento de data centers será um dos motores do crescimento, impulsionado pelo avanço da inteligência artificial e pela necessidade de novas infraestruturas tecnológicas.
Em 2025 o sector residencial não conseguirá ver resolvido o enerme desajuste entre a oferta e a procura, situação que continuará a pressionar preços e rendas.
Já a hotelaria regista um desempenho sólido, impulsionado por um número recorde de turistas e novas aberturas de hotéis, com destaque para unidades de 4 e 5 estrelas.
Oportunidades e desafios para 2025
Segundo a consultora “Portugal continua no radar internacional dos investidores e empresas que procuram novos espaços. No entanto, desafios como licenciamento e fiscalidade ainda travam o ritmo de novos projectos. A JLL defende a necessidade de acelerar a produção imobiliária para responder à forte procura e consolidar o crescimento do sector”.
“A criação de nova oferta é uma excelente oportunidade para o mercado português. Há vontade de investir, mas é essencial remover barreiras como o licenciamento moroso e os elevados custos de construção”, conclui Carlos Cardoso.
O mercado imobiliário português segue em rota de crescimento, apoiado por um ambiente macroeconómico favorável e pelo dinamismo dos sectores de escritórios, retalho, logística, habitação e hotelaria. A JLL prevê um 2025 marcado por valorização dos activos, maior número de transacções e um foco crescente na inovação e sustentabilidade.