Data Centres em expansão em Portugal
O relatório da Cushman & Wakefield, que acompanha 32 mercados de centros de dados na EMEA, revela que a capacidade operacional em toda a região cresceu 9% em termos anuais e a dimensão total do mercado 16%; A posição estratégica de Lisboa, com ligação aos principais cabos submarinos, reforça o seu papel na conectividade à rede global
![CONSTRUIR](https://backoffice.construir.pt/app/uploads/2024/12/Logo-Construir_preto-120x120.jpg)
CONSTRUIR
Enovis escolhe Portugal com assessoria da B. Prime
Reynaers Aluminium lança BIM Studio em Portugal
IA é janela aberta para a sustentabilidade e eficiência
Marco Rondoni reforça departamento de BPC & Architecture da Savills
Navigator lança Programa Habitar para apoiar colaboradores
Remax: 2024 foi o “melhor ano de sempre” em volume de preços
AICCOPN promove “Portugal 2030 Futuro Estratégico para o sector da Construção”
Data Centres em expansão em Portugal
Dyrup elege a cor do ano 2025
Estatuto Inovadora COTEC 2024
No final de 2024, um total de 21 GW de capacidade de centros de dados na região EMEA estava operacional, em construção ou em fase de planeamento, com os operadores a olharem cada vez mais para além dos mercados tradicionais para satisfazer a procura, revela a Cushman & Wakefield num novo estudo sobre este sector.
De acordo com a análise realizada pela Cushman & Wakefield, a capacidade operacional cresceu 9% em termos anuais e o pipeline (em construção e em planeamento) 16% no mesmo período. O estudo acompanha os 32 principais mercados de centros de dados da região EMEA, comparando a sua maturidade actual e o seu potencial de crescimento na próxima década.
Em Lisboa, os indicadores demonstram que o mercado de centros de dados está numa fase ainda inicial em termos de capacidade real. No entanto, a capacidade de pipeline está a expandir-se rapidamente. Embora a capacidade activa se situe actualmente em 15MW, a AtlasEdge (9,3MW) e a Merlin Properties (180MW) têm centros de dados em construção. Além disso, na “fase inicial” (excluída da análise), o Start Campus em Sines tem 1,2 GW. Operadores como a Altice Portugal, a Equinix e a NOS Sistemas lideram na capital.
“Portugal dispõe de terrenos em zonas industriais estratégicas, ideais para novos projectos de data centers, e uma robusta capacidade de produção de energias renováveis. Actualmente, mais de 70% da electricidade do país é gerada a partir de fontes renováveis, posicionando-nos como líderes na produção deste tipo de energia. No entanto, devemos de ter em conta, que nem todos os terrenos possuem cobertura troncal de fibra escura, o que faz com que algumas localizações ainda não estejam totalmente preparadas para estas fábricas digitais do futuro”, comenta Sérgio Nunes, Head of Industrial, Logistics & Land, Portugal.
A posição estratégica de Lisboa, perto dos principais cabos submarinos, reforça o seu papel na conectividade de uma rede global. O futuro cabo Nuvem da Google, previsto para estar operacional em 2026, e os cabos 2Africa chegam ambos perto de Lisboa.
O projecto da Start Campus em Sines, no valor de 8,5 mil milhões de euros, pretende tornar-se o maior local de colocation (arrendamento a diferentes utilizadores) da Europa, com uma capacidade de 1,2 GW, alimentada por energia renovável, para a qual a empresa obteve todas as autorizações necessárias. O robusto centro de dados vai tirar partido da energia termoeléctrica e de outras fontes renováveis para o seu funcionamento.
Embora os mercados consolidados FLAP-D (Frankfurt, Londres, Amesterdão, Paris e Dublin) continuem a dominar, tanto em termos de capacidade operacional como em termos de dimensão total (e neste campo Milão juntou-se a estes como uma região potente), os operadores estão também a deslocar-se para mercados emergentes como Helsínquia. A capital finlandesa registou um crescimento significativo no ano passado, atingindo uma capacidade total de 594 MW até ao final de 2024, o que a coloca à frente de outros mercados nórdicos.