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Dificuldades da economia alemã são “caso para os agentes económicos estarem mais alerta”

Em 2025 haverá novos países no plano de internacionalização da Associação Empresarial de Portugal, mas mantém-se, sobretudo, a aposta nos mercados tradicionais. O ano começou com uma ida à BAU, na Alemanha, um pretexto para falar com Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, também sobre este importante mercado e os seus impactos nas empresas portuguesas

Manuela Sousa Guerreiro
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Dificuldades da economia alemã são “caso para os agentes económicos estarem mais alerta”

Em 2025 haverá novos países no plano de internacionalização da Associação Empresarial de Portugal, mas mantém-se, sobretudo, a aposta nos mercados tradicionais. O ano começou com uma ida à BAU, na Alemanha, um pretexto para falar com Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, também sobre este importante mercado e os seus impactos nas empresas portuguesas

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Manuela Sousa Guerreiro
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Em 2024 a Associação Empresarial de Portugal promoveu a participação de 180 empresas portuguesas em feiras e missões internacionais a mais de 20 mercados. Luís Miguel Ribeiro, presidente do conselho de administração da associação empresarial, dá em 2025 continuidade ao programa de internacionalização defendendo que as feiras e certames internacionais são “plataformas globais de negócios”. Em conversa com o CONSTRUIR falou sobre os mercados estratégicos para o sector da construção, a emergência de alguns mercados já tradicionais nas relações com Portugal e sobre a Alemanha e os problemas que a primeira economia europeia, Alemanha, atravessa

Agora em 2025 que mudanças significativas surgem na estratégia de internacionalização do BOW? Este modelo continua a fazer sentido?
As feiras e certames internacionais continuam a ser “plataformas globais de negócios” por excelência e continuarão a ser canais promissores para o futuro, não obstante poderem evoluir de forma a agregar o elemento digital. As feiras manterão a sua relevância devido à importância da presença física e do contacto directo nos negócios internacionais. Estes certames destacam-se por serem eventos essenciais para a entrada em mercados onde a confiança, construída através do contacto presencial, é crucial para o sucesso. Apesar das alternativas digitais, a participação em feiras continua a ser considerada indispensável para a promoção de empresas e produtos. Permite a presença física, mas também apresentar as inovações e soluções, o que pode ser decisivo em sectores de alta competitividade.

Para as empresas do sector da construção, arquitectura, materiais de construção que mercados surgem em destaque este ano?
Com um cenário global em constante evolução, em 2025 o sector da construção será impulsionado por tendências como a sustentabilidade, a digitalização e o crescimento urbano acelerado. Nesse contexto, alguns mercados estratégicos ganham destaque, oferecendo oportunidades para essas empresas. Países como Angola, Moçambique e Argélia continuam a investir no desenvolvimento de infraestruturas, com foco em projectos de reconstrução, urbanização e diversificação económica. No Médio Oriente, regiões como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos apresentam forte investimento em mega infraestruturas e construção sustentável.
Na Europa Central e do Norte, a renovação de infraestruturas e a construção sustentável continuam a ser prioridades. Já no próximo ano, pretendemos voltar a realizar a participação portuguesa na BATIMAT Paris, uma feira bienal.
Seja em África, no Médio Oriente ou na Europa, a participação nos certames pode ser determinante para as empresas do sector, ajudando a posicioná-las como líderes num mercado em rápida transformação.

Angola no passado não muito distante teve um peso relevante para as empresas do sector, sente que tem havido maior dinâmica?
Podemos afirmar que o mercado angolano continua a ter interesse para muitas empresas portuguesas, inclusive do sector da construção. Nos últimos anos, Angola passou por desafios económicos, como a queda nos preços do petróleo, que afectaram o ritmo de crescimento, no entanto, a recuperação económica e os esforços do governo angolano para diversificar a economia e melhorar o ambiente de negócios podem ter contribuído para um aumento na dinâmica do sector. A AEP, que tem como missão apoiar as empresas no seu processo de diversificação de mercados, observa com muita atenção a evolução do mercado angolano, especialmente no que toca a oportunidades em infraestruturas e projectos de construção.
Apesar do desafiante momento que Angola vive, confiamos que a resiliência da economia angolana a coloca no caminho da recuperação, o que impactará positivamente as quase 5 mil empresas portuguesas que exportam para o país. Pode-se considerar que a dinâmica do mercado angolano tem aumentado, embora ainda com desafios como a instabilidade cambial e as dificuldades no acesso ao crédito. Porém, o sector da construção continua a ser uma área de interesse estratégico para a AEP, dado o potencial de negócios a longo prazo.

A economia alemã e os seus impactos

A contracção da economia alemã, e em particular, as dificuldades vividas pelo seu sector da construção, são um sinal de alerta?
A economia alemã é a terceira maior economia mundial e a primeira da União Europeia, representando cerca de um quarto do PIB da União Europeia. A par disso, o sector da construção é muitas vezes considerado como um barómetro da economia. Posto isto, se um mercado e um sector com esta relevância se encontram em dificuldades é caso para os agentes económicos estarem mais alerta.
Porém, importa também referir que, segundo as projecções económicas de várias instituições mundiais, a economia alemã encontra-se numa fase de recuperação, prevendo-se um ciclo de aceleração em 2025 (ainda assim, para apenas 0,7%, segundo as projecções de Novembro da Comissão Europeia) e 2026 (1,3%), após duas retracções de 0,3% em 2023 e de 0,2% em 2024. Face a esta recuperação projectada da economia alemã é previsível que a confiança dos agentes económicos melhore e o sector da construção seja beneficiado.

De que forma impacta as empresas nacionais, dado a nossa exposição ao mercado?
De acordo com os últimos dados do INE relativos às exportações de bens, em Novembro, apesar de estas estarem a registar quedas no global, para o mercado alemão ainda mantêm uma trajectória muito positiva.
Não deixa, no entanto, de ser importante tomar uma posição preventiva face aos eventuais impactos da situação económica desfavorável sentida pelo terceiro maior cliente português. Além de se tratar de um país com um peso significativo no nosso comércio internacional, nas exportações estão sobretudo bens de indústrias com um elevado efeito de arrastamento na economia, como se trata do sector automóvel, por exemplo.
Nos resultados do mais recente inquérito que a AEP realizou junto dos seus associados, sobre as perspectivas da actividade económica para 2025, as empresas manifestaram forte preocupação quanto aos impactos negativos na sua actividade, decorrentes das dificuldades neste importante mercado para Portugal.

Quais são as prioridades da AEP para este ano? Que novidades em termos de programas e acções estão a preparar?
A AEP continuará a apoiar a internacionalização das empresas portuguesas, promovendo eventos, missões empresariais e parcerias internacionais. Esse apoio visa ajudar as empresas a expandir para mercados internacionais, especialmente em economias emergentes e áreas de elevado potencial.
Manteremos o foco nas fileiras estratégicas: Alimentação & Bebidas, Construção & Materiais de Construção, Casa & Decoração, Energia & Ambiente, Equipamentos Hoteleiros & Restauração (Horeca), Saúde e Equipamentos Médico-Hospitalares, Novas Tecnologias, Componentes Automóveis, Náutica, entre outras.
Além disso, reforçaremos a nossa aposta em missões empresariais para mercados emergentes e não tradicionais, como Japão, Coreia do Sul, Vietname, Filipinas, Uzbequistão, Cazaquistão, Croácia e Sérvia. A grande novidade para 2025 será a nossa incursão no mercado da Mongólia.
Adicionalmente, o nosso plano de acções anual inclui iniciativas de mentoring de capacitação, abordando temas como e-commerce, transformação digital, inteligência artificial, ESG, dossiers de mercado, entre outras acções estratégicas.

Feiras a ter atenção em 2025
• 24 a 27 de Fevereiro, Big 5 Construct Saudi, Riade
• 07 a 13 de Abril Bauma, Munique
• 4 a 8 de Maio, BATIMATEC, Argel
• 22 a 27 de Julho, Filda, Luanda
• Novembro, Big 5 Global, Dubai

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Atenor adquire e lança “Oriente”

Depois da venda do WeelBe à Caixa Geral de Depósitos, “Oriente” é o novo projecto da Atenor em Lisboa. Sem revelar o valor do investimento, a promotora belga anunciou o projecto de uso misto que terá aproximadamente 8.500 m², combinando escritórios e espaços comerciais, bem como quase 1.000 m² de área privada ao ar livre

A Atenor anunciou a aquisição de um terceiro projecto em Portugal, localizado em Lisboa, Parque das Nações. Este novo investimento segue-se à venda bem-sucedida da WellBe no ano passado à Caixa Geral de Depósitos. Sobre este a promotora belga está “juntamente com o seu parceiro BESIX RED, a supervisionar a conclusão do WellBe, estando a construção prevista para estar finalizada antes do Verão”.

Oriente, o local recentemente adquirido, beneficia de uma localização excepcional, mesmo junto ao centro de transportes multimodais Oriente, em Lisboa. O projecto irá acolher um projecto de uso misto de aproximadamente 8.500 m², combinando escritórios e espaços comerciais, bem como quase 1.000 m² de área privada ao ar livre. A arquitectura já foi aprovada, permitindo um rápido lançamento das obras.

“O projecto “Oriente” representa um próximo passo entusiasmante para a Atenor em Portugal. Após o sucesso do WellBe, orgulhamo-nos de reforçar ainda mais a nossa presença com um novo empreendimento inovador e inovador num dos bairros mais dinâmicos de Lisboa. Estamos ansiosos por entregar um projecto que combine sustentabilidade, inovação e qualidade de vida para os seus futuros ocupantes”, afirma em comunicado Gregory Van der Elst, director nacional Portugal, da Atenor. O projecto terá como objectivo as mais elevadas certificações ambientais e cumprirá integralmente os critérios técnicos da taxonomia europeia.

Portugal continua, assim, a ser um mercado estratégico para a promotora, “um mercado particularmente dinâmico e resiliente para o desenvolvimento imobiliário”.

“Este projecto ilustra como traduzimos a estratégia da Atenor em conquistas tangíveis: desenvolvendo projectos de primeira linha em localizações urbanas privilegiadas, com um forte foco no desempenho ESG”, refere Alexander Hodac, COO da Atenor.

Parceria estratégica para acelerar o crescimento
Em linha com a ambição da Atenor de se concentrar em activos de escritórios “essenciais” e de construir parcerias fortes, o projecto “Oriente” será desenvolvido em conjunto com investidores financeiros. Esta primeira etapa será implementada com a 3D NV e a Midelco NV (juntas detendo 70%), enquanto a Atenor (30%) se manterá como gestora do projecto.

Esta parceria reforça a posição da Atenor em Portugal e confirma a sua estratégia de criação de valor sustentável nos principais mercados urbanos europeus.

“O desenvolvimento do Oriente está perfeitamente alinhado com o nosso plano estratégico de três anos: continuar a reforçar o nosso portefólio de activos de escritórios principais em locais urbanos importantes através de parcerias financeiras”, sublinha Stéphan Sonneville, CEO da Atenor.

A venda do lote de 4.000 m2 no Parque das Nações, que estava na posse de um investidor nacional, foi assessorada pela equipa de Capital Markets da JLL.

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Casas novas representam 20% da facturação residencial da ERA

Foram vendidas cerca de 530 casas novas no 1ºtrimestre de 2025, com o Porto e Lisboa a liderarem as vendas, com as angariações de casas novas a crescerem 4%,  Portugal continua a dominar no que respeita à nacionalidade de clientes compradores, mas em seguida surge o Brasil, Angola, Reino Unido e Israel

A ERA Portugal vendeu cerca de 530 imóveis novos no 1º trimestre de 2025, gerando uma facturação recorde de 4,8 milhões de euros, o melhor trimestre de sempre no segmento de Novos Empreendimentos. Este crescimento reflecte o peso crescente deste segmento na actividade da empresa, que já representa 20% da facturação habitacional da ERA, mais 5 pontos percentuais face ao mesmo período de 2024.

No 1º trimestre de 2025, a ERA Portugal vendeu aproximadamente 530 imóveis novos. Este valor representa um crescimento de cerca de 90% em relação aos primeiros três meses do ano passado.
Em termos de distribuição geográfica, o TOP5 de concelhos com mais casas novas transaccionadas é liderado pelo Porto, seguido de Lisboa, Vila Nova de Gaia, Coimbra e Matosinhos.

Apesar de apenas 5% das casas novas vendidas terem sido T0, a procura desta tipologia tem sido ligeiramente superior e é um tipo de imóveis, muito procurado por investidores, que tem um tempo de absorção muito curto.

O melhor registo de facturação desde que há registo

A facturação gerada pelo segmento de Novos Empreendimentos cresceu 89% neste 1º trimestre face ao período homólogo. No total, o departamento gerou cerca de 4.8 milhões de euros naquele que foi o melhor trimestre de sempre até ao momento. Este valor supera os 4.25 milhões de euros obtidos no último trimestre de 2024.
Nos primeiros três meses de 2025 foram angariadas cerca de 2450 casas novas, o que significa um aumento de +4% face ao período homólogo. A procura de habitação nova por compradores nacionais continua a dominar o mercado. Além dos cidadãos nacionais, o TOP5 de nacionalidades é constituído por brasileiros, angolanos, britânicos e israelitas.

“Estes resultados são fruto de um trabalho estruturado de especialização, integração com a rede ERA e foco na qualidade dos empreendimentos. Crescemos acima da média nacional e atingimos os 20% da facturação habitacional com casas novas, um sinal claro de que este é já um dos pilares estratégicos da marca.”, considera David Mourão-Ferreira, director do departamento de Novos Empreendimentos da ERA Portugal.

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Mercado transaccionou 40.750 casas nos primeiros três meses do ano

Número de vendas mantém-se acima das 40.000 casas no 1º trimestre de 2025, mas cai 5,4% face ao trimestre anterior. Mercado habitacional reage aos fortes níveis de procura registados no final do ano 2024, mostram os dados da Confidencial Imobiliário

No 1º trimestre de 2025 estima-se que tenham sido vendidas 40.750 casas em Portugal Continental, um volume que mantém o mercado a transaccionar acima das 40.000 unidades. As projecções são realizadas pela Confidencial Imobiliário, a partir dos dados de transacção reportados ao Sistema de Informação Residencial (SIR).

O padrão de 40.000 casas vendidas por trimestre foi visível entre meados de 2021 e meados de 2022, na reactivação da procura pós-pandemia, tendo sido novamente atingido no 4º trimestre do ano passado, quando se transaccionaram 43.100 fogos. Este foi um pico de actividade que ficou a dever-se à concretização de vendas que tinham sido adiadas durante o decurso do ano, fruto da incerteza que se instalou no mercado até à entrada em vigor das diversas medidas direccionadas ao sector, especialmente as que contemplaram os jovens. Comparativamente ao 4º trimestre de 2024, em que a procura registou uma actividade excepcional, o 1º trimestre reduz a actividade em 5,4%, sinalizando uma tendência para a estabilização do mercado residencial após o pico de procura registado.

“Esta descida trimestral de 5% nas vendas é um movimento que deverá decorrer do volume anómalo de transacções realizadas no 4º trimestre de 2024, eventualmente fruto do adiamento de decisões de compra, quer em geral, quer do lado dos jovens por causa da garantia que entrou em vigor mais no final do ano. Ou seja, sem essa acumulação no final do ano, eventualmente, os números do 1º trimestre já não representariam uma descida”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

Recorde-se que os preços de venda das casas não só mantêm a trajectória de crescimento, como estão a crescer mais rapidamente, registando uma variação trimestral de 6,6% e homóloga de 15,8% no 1º trimestre de 2025, de acordo com o Índice de Preços Residenciais. No 4º trimestre de 2024, estes indicadores eram de 4,1% e 11,0%, respectivamente.

No 1º trimestre de 2025, a habitação em Portugal Continental foi vendida por um preço médio de 2.701€/m2, de acordo com os dados do SIR-Sistema de Informação Residencial.

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As Legislativas esmiuçadas, a Open House e o ‘novo’ Pavilhão de Portugal em destaque no CONSTRUIR 530

Em véspera do País ir a votos, o CONSTRUIR olhou para as linhas fortes dos programas eleitorais em matéria de investimento público. O renovado Pavilhão de Portugal, a edição deste ano da Open House Lisboa e o novo projecto da Krest em destaque nesta edição. Mas há muito mais para ler no CONSTRUIR 530 e no Suplemento ReCONSTRUIR

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Muitos chavões, poucas medidas. Programas eleitorais para todos os gostos
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As autarquias de Cascais e Oeiras querem criar um Bus Rapid Transit (BRT) que ligue ambas as autarquias ao centro de Lisboa. A ideia não é nova, mas o primeiro estudo está concluído


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Concebido por Álvaro Siza Vieira para a Expo 98, o Pavilhão de Portugal é um marco da arquitectura portuguesa, prémio Valmor em 1998, cuja reabilitação, concluída em 2025, marca um novo capítulo na história deste ícone. Agora, sob a alçada da Universidade de Lisboa, irá celebrar-se a ciência e a inovação. A sua transformação em centro de congressos, exposições e espaço de divulgação científica foi liderada por Siza Vieira, cuja visão criativa preservou a essência do edifício enquanto o adaptou às exigências contemporâneas

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Apagão ibérico revela “fragilidades” na Europa

O presidente da ADENE, Nelson Laje participou na 13.ª edição da PERÚ ENERGÍA 2025, um dos mais relevantes fóruns sobre energia da América Latina. A aposta do país nas energias renováveis, sem esquecer o apagão ibérico, foram temas centrais

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A ADENE participou, esta quarta-feira, 7 de Maio, na 13.ª edição da PERÚ ENERGÍA 2025, um dos mais relevantes fóruns sobre energia da América Latina que se realiza em Lima. Nelson Lage, presidente do Conselho de Administração da ADENE, foi o orador convidado com a intervenção “Portugal y las Energías Renovables: Una historia de éxito y lecciones aprendidas”, onde partilhou a experiência portuguesa na transição energética e os desafios enfrentados pelo sistema energético europeu.

Logo na abertura da sua intervenção, Nelson Lage destacou o impacto do recente apagão ibérico de 28 de Abril, que afectou milhões de cidadãos em Portugal, Espanha, ao afirmar que “o apagão foi um alerta energético para toda a Europa, e revelou, de forma clara, que a transição energética não pode avançar sem redes modernas, capacidade de armazenamento e verdadeira cooperação entre Estados-Membros”.

Este episódio, disse Nelson Lage, “evidenciou a urgência de alinhar ambição climática com infraestruturas robustas e bem preparadas já que persistem limitações estruturais que comprometem o avanço da transição energética”.

O presidente da ADENE alertou ainda para a necessidade de alinhar o crescimento da geração renovável com investimento em interligações, digitalização e resiliência da rede, destacando que “o verdadeiro sucesso da transição energética se mede pela sua capacidade de chegar a todos, de forma segura, estável e justa”.

Durante a sua passagem por Lima, a ADENE reforçou a cooperação internacional com a assinatura de um protocolo com o CENERGÍA, Centro de Conservación de Energía del Perú, numa cerimónia que decorreu na sede da instituição e que contou com a presença de Jorge Aguinaga Díaz, gerente general do CENERGÍA, Nelson Lage, presidente da ADENE, e Joaquim Moreira de Lemos, Embaixador de Portugal no Peru.
O protocolo com o CENERGÍA estabelece uma base sólida para o desenvolvimento conjunto de projectos e iniciativas em áreas como: formação técnica em eficiência energética e energias renováveis; criação de campanhas de sensibilização para tecnologias limpas; organização de missões técnicas e visitas de intercâmbio; criação de um directório de especialistas para intercâmbio de conhecimento; e a participação conjunta em candidaturas a financiamentos internacionais.

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Crescimento de flexspaces deve-se à “rapidez da operacionalidade” e “flexibilidade de prazos”

O estudo, lançado pela consultora B.Prime analisou centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto e indica que segmento já representa cerca de 250 mil m2 de área ocupada em escritórios

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O segmento dos Flexspaces já representa cerca de 250 mil metros quadrados (m2) de área ocupada em escritórios, que por sua vez acolhe cerca de 31 mil trabalhadores. O estudo, lançado pela consultora B.Prime analisou centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto.

Segundo Carlos Oliveira, partner e head of Agency da B. Prime, “o crescimento acelerado dos últimos anos deste modelo de negócio deve-se essencialmente à rapidez da operacionalidade e à flexibilidade de prazos e usos. Se olharmos para outros mercados onde existem há mais tempo, podemos perceber que ainda há espaço para uma maior dispersão geográfica a nível nacional e para uma maior estratificação de conceitos”.

Neste estudo foram analisados centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto que em conjunto representam cerca de 250 mil m2. Em Lisboa este segmento acolhe cerca de 25.200 pessoas, enquanto no Porto são 5.500 trabalhadores que todos os dias trabalham em Flexspaces.

O aumento de espaços de Flexspaces encontra-se condicionado pela falta de oferta, mas ainda assim registou-se um aumento de stock que teve um forte impacto desde 2019, fruto da pandemia que impôs novas formas de trabalho. 2023 e 2024 foram os anos com um crescimento mais expressivo: 14% da totalidade de área colocada no mercado de escritórios de Lisboa estão afectos ao Flexspace. Já no Porto a abertura do LACS no Boavista Office Center foi o grande impulsionador.

Quanto às áreas mais procuradas, tanto a Norte como a Sul, elas variam entre os 100 e os 500 m2, sendo que as várias soluções existentes no segmento de Flexspaces proporcionam espaços que podem variar entre escritórios mais informais ou mais corporativos, que permite total flexibilidade por parte das empresas e dos empresários.

Este segmento tem maior expressão em Lisboa com cerca de 205 mil m2 afetos ao Flexspace, enquanto a Norte a área ocupada é menor, mas tem registado um crescimento mais acelerado.

Por último e no que diz respeito aos espaços com critérios ESG – Environmental, Social e Governance, estes são cada vez mais determinantes na escolha final de um escritório e o segmento Flexspace não é excepção. 40% dos operadores inquiridos referem que a sustentabilidade é um dos factores mais relevantes no projecto que gerem.

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Habitat Invest lança lote 3 do Almar Beach

Mais uma etapa da segunda fase do projecto Almar Beach chega ao mercado. Com este novo lançamento, estarão disponíveis 57 novos apartamentos de diversas tipologias

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A Habitat Invest coloca no mercado 57 novos apartamentos no empreendimento residencial situado na Alameda Guerra Junqueiro, junto ao Parque da Paz, o Almar Beach.

Nesta segunda etapa de comercialização, vão ficar disponibilizados 57 apartamentos, incluindo fracções de T0 a T3 duplex, com áreas entre os 36 m2 e os 208 m2. As fracções contam com a oferta de um veículo eléctrico Citroën AMI, dando continuidade à parceria com a Stellantis, de modo a promover um estilo de vida mais sustentável e uma maior mobilidade dentro da cidade.

Os apartamentos são pensados para todos os estilos de vida e quem escolhe viver aqui tem tudo perto do seu lar. Isto é possível devido à proximidade às praias da Caparica, ao Parque da Paz, às escolas e aos espaços comerciais.
O projecto conta com o cunho de Saraiva + Associados. O Almar Beach é a segunda de três fases do projecto Almar South Living. Representa um investimento superior a 50 milhões de euros em Almada, que se destaca pela zona costeira e o fácil acesso a Lisboa.

“Em cada nova fase do Almar Beach, damos continuidade a um projecto pensado ao pormenor para responder às exigências do presente e aos sonhos do futuro. Reforçamos, também, o nosso compromisso em trazer para o mercado habitações que se adaptam ao estilo de vida moderno. Contudo, não esquecendo dos momentos em que precisamos de parar e aproveitar a natureza ao nosso redor. É aqui que conseguimos proporcionar aos nossos clientes uma qualidade de vida única na margem sul do Tejo”, refere Duarte Soares Franco, board member da Habitat Invest.

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Prémio António Almeida Henriques 2025 destaca empresas e autarquias

Estão a decorrer as candidaturas aos Prémios Portugal Smart Cities – António Almeida Henriques, iniciativa promovida pela Fundação AIP, no âmbito do Portugal Smart Cities Summit, que este ano decorre de 3 a 5 de Junho

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Estão abertas, até ao próximo dia 12 de Maio, as candidaturas aos Prémios Portugal Smart Cities – António Almeida Henriques, iniciativa promovida pela Fundação AIP, no âmbito do Portugal Smart Cities Summit, que decorre de 3 a 5 de Junho na FIL, Parque das Nações.

Lançados em 2023, os Prémios têm como missão reconhecer e valorizar projectos que contribuem activamente para a construção de cidades mais inteligentes, sustentáveis, inclusivas e conectadas

Em 2025, o âmbito de participação foi alargado também a empresas, que nesta edição podem concorrer, tal como as comunidades intermunicipais, os municípios e as juntas de freguesia com projectos de inovação já implementados.

“Estes prémios assumem um papel estratégico ao reconhecer projectos que elevam a qualidade de vida nas cidades, valorizando o envolvimento activo dos municípios como motores da transformação urbana. Simultaneamente, destacam o papel fundamental das empresas na criação e implementação de soluções tecnológicas e sustentáveis, promovendo sinergias que podem servir de inspiração para outras regiões e acelerar a transição para cidades verdadeiramente inteligentes”, refere Ana Quartin gestora do evento.

Na edição deste ano estarão a concurso seis categorias: Neutralidade Carbónica; Mobilidade; Espaço público; Inclusão Social; Transformação Digital; e Reabilitação urbana sustentável e inteligente. As candidaturas devem ser submetidas através do site oficial do evento.

A avaliação será feita por um júri presidido pelo Professor Doutor Miguel de Castro Neto, director da NOVA IMS, e inclui especialistas de referência na área das Smart Cities. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar a 3 de Junho de 2025, durante o Portugal Smart Cities Summit.

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Créditos: DR (foto retirada do site Tâmega tv)
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IP consigna a última empreitada das obras do PRR

Empreitada, com um investimento de 14,7 M€, corresponde à construção da Variante à EN211 entre Quintã e Mesquinhata

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A Infraestruturas de Portugal (IP) vai dar início à construção da Variante à EN211 entre Quintã e Mesquinhata, no distrito de Porto, concelhos de Marco de Canaveses e Baião, naquela que é a última empreitada das obras do PRR. A empreitada foi consignada à empresa Cândido José Rodrigues.

Com um investimento de cerca de 14,7 milhões de euros, a empreitada corresponde à construção de uma variante à EN211, com cerca de 2,5 km, entre o entroncamento da EN321-1 e a localidade de Mesquinhata, que tem por objectivo oferecer “um percurso alternativo à EN211” e “desviar os tráfegos de passagem do interior dos aglomerados urbanos”, melhorando o nível de serviço rodoviário e reduzindo os tempos de percurso.

A intervenção, além da construção do novo traçado, inclui, também, uma nova rotunda na Mesquinhata, três viadutos, três passagens superiores e uma passagem agrícola.  A Variante terá uma velocidade base de 60km/h e via de lentos entre os quilómetros 0 e 0,432 no sentido Quintã / Mesquinhata e entre os quilómetros 1,869 e 2,465 no sentido Mesquinhata / Quintã.

Para assinalar o início da intervenção, marcaram presença, esta terça-feira, dia 6 de Maio, na sede da IP, Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, Miguel Cruz, presidente do Conselho de Administração da IP, Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, Nuno Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses e Maria de Lourdes Oliveira Freitas, em representação da empresa Cândido José Rodrigues.

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Melom e Querido Mudei a Casa Obras com volume de negócios de 6,6 M€ no 1º trimestre

Em comunicado, indicam que, nos três primeiros meses deste ano, as duas insígnias somaram 11 novos contratos de franquia, cabendo 4,76 M€ de volume de negócios à Melom e 1,85 M€ à QMACO

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A rede que integra as empresas Melom e Querido Mudei a Casa Obras (QMACO), anuncia um primeiro trimestre com “desempenho positivo”. Em comunicado, indicam que, nos três primeiros meses deste ano, as duas insígnias somaram 11 novos contratos de franquia e registaram um volume de negócios conjunto de 6,6 milhões de euros. Sendo 4,76 milhões de euros relativos à Melom e 1,85 milhões de euros à QMACO.

As novas unidades localizam-se nos distritos de Setúbal (3), Lisboa (3), Porto (3), Braga (1) e Faro (1). Este número representa um crescimento de 175% face ao primeiro trimestre de 2024, altura em que tinham sido registados apenas quatro novos franchisados.

“A nossa estratégia, mais exigente e criteriosa, implicou realizar alguns ajustes que se traduziram num ligeiro decréscimo no número de franchisados logo no início de 2025. No entanto, esta abordagem rapidamente deu frutos, com a celebração de 11 novos contratos, reforçando que o nosso posicionamento segue no caminho certo, alinhado com um mercado cada vez mais informado e desafiante”, afirma Catarina Crespo, directora de Marketing da Melom e QMACO.

A procura pelos serviços das marcas também se manteve elevada, com 1.731 pedidos de orçamento de obras, dos quais resultaram 288 adjudicações, correspondentes a um volume global de 7,3 milhões de euros.

Em termos de valor médio por obra, a Melom registou uma média de 40 mil euros, o que representa um crescimento de 40,7% face ao período homólogo. Já a QMACO apresentou um valor médio de 13.600 euros, com um aumento de 3,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

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