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    Construção em recuperação com desafios comuns pela frente

    As receitas globais do sector da Construção atingem quase dois biliões de dólares em 2023, revela estudo da Deloitte ‘Global Powers of Construction’. Mais de metade das receitas (53,5%) provêm de empresas sediadas na China, seguidas da Europa (21%), Japão (9%), Estados Unidos (8%) e Coreia do Sul (5%). A Mota-Engil volta a ser a única empresa portuguesa no Top 100, ocupando a 56ª posição com um crescimento de 49,9% face ao período homólogo

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    As receitas globais do sector da Construção atingem quase dois biliões de dólares em 2023, revela estudo da Deloitte ‘Global Powers of Construction’. Mais de metade das receitas (53,5%) provêm de empresas sediadas na China, seguidas da Europa (21%), Japão (9%), Estados Unidos (8%) e Coreia do Sul (5%). A Mota-Engil volta a ser a única empresa portuguesa no Top 100, ocupando a 56ª posição com um crescimento de 49,9% face ao período homólogo

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    As 100 maiores empresas de construção do mundo geraram receitas de 1,997 biliões de dólares durante o ano de 2023, o que representa um aumento de 3,4% relativamente ao ano anterior. Os dados são do estudo anual Global Powers of Construction da Deloitte, que analisa a indústria da construção mundial e avalia as estratégias e o desempenho dos principais grupos de construção presentes em bolsa no último ano.

    Em termos de distribuição geográfica, mais de metade das receitas (53,5%) provêm de empresas sediadas na China. As restantes receitas provêm maioritariamente da Europa (nomeadamente França e Espanha), do Japão, dos Estados Unidos e da Coreia do Sul; estas geografias representam cerca de 21%, 9%, 8% e 5% das vendas totais, respectivamente.

    No estudo, a Deloitte analisa as perspectivas macroeconómicas e as expectativas para os próximos anos na indústria global da construção, apontando os aumentos dos preços dos produtos de base, as perturbações da cadeia de abastecimento e o ressurgimento de uma inflação significativa com o subsequente aumento das taxas de juro e da flutuação das taxas de câmbio como principais desafios enfrentados pelo sector. Estes factores estão na origem do aumento moderado das receitas do sector da construção em 2023.

    Tal como nos anos anteriores, a China State Construction Engineering lidera o ranking, tendo registado cerca de 320 mil milhões de USD de receitas em 2023. O pódio, que se mantém inalterado em relação aos anos anteriores, inclui também duas outras empresas chinesas, a China Railway Group e a China Railway Construction que em conjunto, representam cerca de 33% das receitas das empresas analisadas.

    No entanto, os países com maior número de empresas representadas no ranking são o Japão e os Estados Unidos da América, ambos com 14 empresas cada um. Por número de empresas, a Europa tem a maior presença no sector, com 40 grupos de construção incluídos no ranking. As vendas agregadas dos grupos europeus aumentaram 11,3% em relação ao ano anterior.

    Portugal está representado no Top 100 mundial pela Mota-Engil, na 56ª posição. A Mota-Engil atingiu 6,005 milhões de dólares em vendas durante 2023, mais 49,9% que no período homólogo. A construtora nacional alcançou uma capitalização de mercado de 1,344 milhões de dólares, um aumento de 250% em relação ao ano anterior.

    Apesar de 2023 ter sido marcado pela recuperação da actividade económica no sector da construção, com o consequente aumento das receitas das empresas analisadas, a economia global continua a passar por dificuldades, como a disponibilidade de matérias-primas e mão de obra especializada. Estas circunstâncias e o risco elevado inerente aos projectos de construção internacionais significam que apenas um número limitado de empresas obtém uma percentagem significativa das vendas das suas operações internacionais. Em 2023, as receitas obtidas pelas 30 empresas mais bem posicionadas no ranking com vendas internacionais aumentaram para 18,4% das vendas totais, contra 17,1% no ano anterior, ainda abaixo do rácio de 19% pré-pandemia alcançado em 2019.

    “Apesar de 2023 ter sido um ano de recuperação para o sector da construção, as receitas internacionais das 30 maiores empresas ainda estão abaixo dos números alcançados no período anterior à pandemia. Com as vendas internacionais a subir para 18,4% do total, contra 17,1% no ano anterior, observamos uma recuperação gradual. Estes números reflectem a resiliência do sector, mas também a necessidade contínua de inovação e adaptação estratégica”, refere Sofia Tenreiro, partner da Deloitte que lidera os sectores de Energy, Resources & Industrials em Portugal.

    E acrescenta Sofia Tenreiro, “as empresas que conseguiram aumentar a sua presença internacional estão a demonstrar uma adaptação eficaz às novas dinâmicas do mercado através de uma aposta na tecnologia bem como na diversificação para impulsionar o crescimento sustentável. Contudo, o caminho para a recuperação completa ainda enfrenta desafios significativos, devendo as empresas continuar a focar-se na competitividade e eficiência como veículos de prosperidade no cenário global.” “As empresas nacionais têm na diversificação do seu portfólio um caminho que poderá potenciar o aumento da sua presença num mercado internacional cada vez volátil e incerto”, sublinha.

    Perspectivas para o sector da construção

    No que diz respeito às perspectivas para o sector, prevê-se que ao longo deste ano a produção global de construção possa crescer 1,6% (abaixo de uma taxa de crescimento de 4,1% em 2022) devido a condições macroeconómicas difíceis, incluindo a inflação e as incertezas geopolíticas, que deverão ter um impacto mais significativo nas economias avançadas do que nos mercados emergentes. No entanto, o sector continua a ser resiliente a médio prazo e espera-se que tenha um padrão de crescimento constante.

    O relatório da Deloitte refere, também, que as tendências globais, como a rápida urbanização e a descarbonização da economia, representam uma enorme oportunidade para o sector se expandir internacionalmente, mas também para adicionar novas actividades ao seu portefólio, para além do tradicional negócio da construção. A internacionalização e diversificação permitem equilibrar riscos, algo importante face às incertezas que marcam as perspectivas macroeconómicas de curto prazo. Em 2023, as receitas provenientes de actividades não relacionadas com a construção e as vendas internacionais do nosso GPoC representaram, respectivamente, 25% e 18% (24% e 17% em 2022).

    A descarbonização do sector é um desafio complexo com múltiplas facetas, em grande parte devido à dependência significativa do sector de processos e materiais com elevado teor de carbono, o que tem impacto em toda a cadeia de valor. Em geral, o estudo aponta que o sector tem ainda um caminho a percorrer em termos de sustentabilidade, algo que será previsivelmente abordado pelas principais empresas de construção nos próximos anos.

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    ADENE promove formação gratuita para técnicos dos “Espaço Energia”

    As duas sessões de formação, gratuitas e presenciais, realizam-se a 6 de Novembro, na Amadora, e a 13 de novembro, em Leça da Palmeira, tendo como objectivo equipar os técnicos com os conhecimentos e ferramentas necessárias para atender as necessidades dos cidadãos

    ADENE promove formação gratuita para técnicos dos “Espaço Energia”

    Estão abertas as inscrições para a formação gratuita de técnicos dos balcões “Espaço Energia”, sendo esta formação um requisito obrigatório para poder integrar a rede de balcões de eficiência energética.

    A criação da rede “Espaço Energia” é uma reforma do PRR coordenada pela ADENE, e que visa criar um ponto de contacto único para os cidadãos que procuram informações e apoio técnico sobre eficiência energética.

    Os balcões “Espaço Energia” oferecem um serviço personalizado e gratuito, ajudando os cidadãos a tomar decisões informadas sobre como reduzir o seu consumo energético e optimizar os seus recursos financeiros.

    As duas sessões de formação, gratuitas e presenciais, realizam-se a 6 de Novembro, na Amadora, e a 13 de Novembro, em Leça da Palmeira, tendo como objectivo equipar os técnicos com os conhecimentos e ferramentas necessárias para atender as necessidades dos cidadãos.

    A formação técnica é destinada a juntas de freguesia, municípios, comunidades intermunicipais, agências regionais e locais de energia e entidades locais do terceiro sector, entidades que devem designar técnicos ou colaboradores para participarem numa das 2 sessões de formação presenciais.

    Durante as formações, os participantes terão acesso a um programa completo que aborda temas como: políticas e medidas de eficiência energética em Portugal; soluções técnicas para a redução do consumo energético em edifícios e equipamentos; incentivos e apoios financeiros disponíveis; ferramentas de diagnóstico e simulação energética; atendimento ao público e comunicação eficaz.

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    Reabilitação da Escola Pedro Barbosa em Viana do Castelo já foi adjudicada

    O executivo municipal já tinha aprovado, há algumas semanas, a adjudicação e a minuta de contrato da empreitada “Lote 1 – Reabilitação, ampliação e modernização da Escola Básica da Abelheira – Viana do Castelo” por um montante superior a 12,2 milhões de euros

    Foi aprovada por unanimidade, pelo executivo da Câmara Municipal de Viana do Castelo, a adjudicação e a minuta do contrato para execução da empreitada “Lote 2 – Reabilitação e modernização da EB Dr. Pedro Barbosa”, por uma verba que ascende a 5,3 milhões de euros, após concurso público internacional.

    A obra, com prazo de execução previsto de 450 dias, vai ao encontro das necessidades, com especial incidência na eficiência energética, segurança contra incêndios e melhoria das condições gerais do uso do edifício na componente lectiva. Propõe ainda reorganizar o arruamento exterior, Rua de Angola, para disciplinar o trânsito e aumentar a segurança dos alunos à entrada e saída do recinto escolar.

    O executivo municipal já tinha aprovado, há algumas semanas, a adjudicação e a minuta de contrato da empreitada “Lote 1 – Reabilitação, ampliação e modernização da Escola Básica da Abelheira – Viana do Castelo” por um montante superior a 12,2 milhões de euros.

    Esta reabilitação, com um prazo previsto de 540 dias (18 meses) de execução, vai permitir o aumento da capacidade da escola, de 24 para 28 turmas, melhoria das condições físicas dos espaços para os alunos com multideficiência, acessibilidades, melhoria da eficiência energética, segurança contra incêndios e das condições gerais do uso do edifício na componente lectiva.

    Recorde-se que, em finais de Maio, a Câmara Municipal de Viana do Castelo assinou o contrato de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência de duas empreitadas para as escolas, no valor de 16 milhões, para o Lote 1 – Reabilitação, Ampliação e Modernização da Escola Básica da Abelheira e o Lote 2 – Reabilitação e Modernização da Escola Básica Dr. Pedro Barbosa.

    O concurso do PRR Escolas Novas ou Renovadas tem como objectivo a modernização e requalificação de estabelecimentos públicos de ensino dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e do Secundário, identificados como necessitando de intervenção prioritária, por todo o País. A nível nacional o valor afecto a este procedimento é de 450 milhões de euros.

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    Matosinhos: Casais converte antiga conserveira em apartamentos

    Este empreendimento situado próximo da orla costeira, da Doca-Pesca e da entrada do Porto de Leixões, foi, no passado, a centenária fábrica da indústria conserveira “A Varina”, dando agora lugar a um empreendimento residencial e de comércio

    A centenária fábrica da indústria conserveira “A Varina”, localizada em Matosinhos, foi transformada num empreendimento residencial e comercial. Intitulado de Fábrica 390, o condomínio de luxo conta com 50 apartamentos, espaços verdes e será a sede do laboratório de análises patológicas da IMP Diagnostics.

    A obra, promovida pela MPSP e que estará a cargo da Casais, é designada Fábrica 390, um empreendimento multiusos com 50 apartamentos de várias tipologias e no qual ficará sedeado o laboratório IMP Diagnostics do Grupo IMP. Localizado numa zona privilegiada na malha urbana da cidade, conta com um projeto arquitetónico da ODDA, um mural da autoria do artista Vhills, e construção da Casais Construction.

    Este empreendimento situado próximo da orla costeira, da Doca-Pesca e da entrada do Porto de Leixões, foi, no passado, a centenária fábrica da indústria conserveira “A Varina”, dando
    agora lugar a um empreendimento residencial e de comércio, com vista privilegiada para o oceano. Tendo em conta o seu enquadramento geográfico, este complexo beneficia também
    de uma forte ligação à comunidade.

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    Câmara de Loures vai investir 4,7M€ na construção de escola em Camarate

    Para a vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão, “estamos perante mais um dia feliz”, devido, não só, ao “alargamento da nossa rede educativa”, como também “pela requalificação do parque escolar”

    Deverão estar concluídos até meados do próximo ano os trabalhos de construção da nova Escola Nº 5 de Camarate, um investimento promovido pela Câmara de Loures que deverá ascender a 4,7 milhões de euros.

    O executivo municipal marcou presença na cerimónia de lançamento da primeira pedra do empreendimento, uma obra que estará a cargo da Ferreira Construções, naquele que é visto como um sinal do compromisso que a autarquia tem para com a requalificação e melhoria do parque escolar do concelho.

    Para a vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão, “estamos perante mais um dia feliz”, devido, não só, ao “alargamento da nossa rede educativa”, como também “pela requalificação do parque escolar”.

    “Nesta obra de 4,7 milhões de euros, contámos com um investimento de 2 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ao abrigo de um programa de apoio às comunidades desfavorecidas”, explicou Sónia Paixão. “Deste modo, juntámos todos os elementos que estavam à nossa disposição, neste caso os fundos comunitários, resumindo-se o esforço municipal, a cerca de 3 milhões de euros”.

    “Que no próximo ano lectivo possamos estar já com as nossas crianças num recinto requalificado, no qual a dignidade seja reposta, e onde o princípio da igualdade seja um pressuposto cumprido”, rematou.

    A intervenção na Escola n.º 5 de Camarate inclui a construção de um novo edifício escolar, destinado ao jardim de infância (JI) e ao 1.º ciclo do ensino básico, bem como uma biblioteca escolar de acesso público. Este novo edifício contará com duas salas de JI para um total de 50 alunos e a escola básica com cinco salas para um total de 125 alunos.
    A escola terá, ainda, um refeitório para 92 crianças, cozinha com confecção própria, sala polivalente, sala de professores, sala de assistentes operacionais, copa para pessoal, instalações sanitárias acessíveis, salas de apoio e de arrumos e áreas técnicas. No logradouro será criada uma horta pedagógica, um campo de jogos coberto, zonas de recreio exterior, equipamentos de recreio infantil e mobiliário exterior.

    Para além da primeira pedra simbólica, foi colocada numa caixa do tempo, o auto de notícia de lançamento da primeira pedra, moedas de uso corrente e um jornal diário, que foi fechada para memória futura e enterrado no local.

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    WORX: Performance histórica no mercado de Escritórios em lisboa

    Concluído o terceiro trimestre de 2024, a Worx Real Estate Consultants lança os relatórios Outlook T3 2024, sobre o mercado de investimento em Imobiliário Comercial em Portugal e sobre o mercado de Escritórios em Lisboa

    Em simultâneo, assinala-se o lançamento do relatório “Europe CRE 180”, do BNP Paribas Real Estate, com contributos da Worx no contexto do BNP Paribas Real Estate Alliance Network. A publicação destaca os primeiros sinais de uma recuperação do mercado de investimento na Europa, evidenciado pelo aumento de 8% do capital alocado a imobiliário comercial nos primeiros nove meses do ano face a igual período do ano anterior, a par da estabilização das yields prime nos principais mercados.

    Relativamente ao contexto nacional, a consultora sublinha o investimento em imobiliário comercial em Portugal até Setembro que ascendeu a cerca de mil milhões de euros, um valor consistente com o período homólogo, a maior transacção do ano, até ao momento, com a aquisição do Alegro Montijo pela Lighthouse Properties, por 177,8 milhões de euros.

    Também no período em análise, verificou-se a consolidação do retalho como o sector mais atractivo, com mais de 30% do capital investido, seguindo a tendência de crescimento do mesmo aferida no ano passado. Neste contexto, denota-se uma maior apetência dos investidores por supermercados e retail parks. Adicionalmente, denota-se uma clara recuperação do investimento em escritórios, enquanto os hotéis mantêm a sua atractividade e consolidam-se como o segundo sector mais atractivo.

    “O mercado de investimento mantém-se resiliente, ainda que não se denote o tão esperado crescimento, em virtude do efeito da descida das taxas de juro e da melhoria das condições de financiamento. O investimento em 2024 deverá fixar-se próximo dos dois mil milhões de euros, porém prevê-se um incremento mais acentuado apenas em 2025”, antecipa a consultora.

    Escritórios seguem em alta
    Já sobre o sector de escritórios a consultora assinalou um volume de ocupação de 168,546 m² na Grande Lisboa até Setembro, tendo a procura mais do que duplicado face ao período homólogo, ultrapassando inclusivamente a absorção total de 2023. No terceiro trimestre, assinalou-se uma das principais operações do ano com a ocupação da totalidade do edifício Rato 11 (zona 2), com mais de 8.000 m² pela Deloitte.

    As zonas 5 (Parque das Nações) e 3 (Zonas Emergentes) granjearam os maiores volumes de absorção (32% e 25%, respectivamente). Não obstante, a Prime CBD verificou o maior aumento do número de negócios que quase duplicou, confirmando a maior apetência das empresas por localizações centrais.

    Desta forma, prevê-se uma absorção de espaços de escritórios próxima dos 200.000 m², emergindo como um dos melhores resultados do mercado de escritórios dos últimos 10 anos.

    Para Pedro Rutkowski, CEO da WORX, “estes são sinais de uma clara recuperação da procura por escritórios que se deverá consolidar no próximo ano. A WORX orgulha-se de ter participado na comercialização de mais de 60.000 m², incluindo em três das maiores operações até ao momento, arrecadando uma participação de mercado próxima dos 40%”.

     

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    Canal condutor geral do Mira

    Engenharia

    Reabilitação de canal de rega no Alentejo a cargo da Sotecnisol

    A obra, com um valor de 4,1 M€, contempla a impermeabilização do canal condutor geral, numa extensão de 18 km, o que corresponde a uma área total de intervenção de 180 mil m2

    A Sotecnisol Engenharia & Ambiente foi a empresa vencedora do concurso público para a reabilitação do canal de rega e abastecimento para águas públicas do Alentejo, um projecto da responsabilidade da Associação de Beneficiários do Mira.

    A obra, com um valor de 4,1 milhões de euros, contempla a impermeabilização do canal condutor geral, numa extensão de 18 km, o que corresponde a uma área total de intervenção de 180 mil metros quadrados (m2).

    O projecto, que teve início em Setembro de 2024, apresenta um prazo de execução de oito meses, prevendo-se a sua conclusão em Abril de 2025. A reabilitação deste canal é fundamental para garantir a eficiência e a sustentabilidade do sistema de rega, que irá contribuir para a otimização dos recursos hídricos na região.

    “Estamos muito orgulhosos por contribuir para a modernização da infraestrutura hídrica do Alentejo. Esta obra permitirá uma gestão mais eficiente e sustentável da água, um recurso tão precioso para a região. Trabalharemos em estreita colaboração com a Associação de Beneficiários do Mira para garantir que esta obra seja concluída dentro do prazo e com os mais elevados padrões de qualidade”, comenta José Luís Castro, CEO do Grupo Sotecnisol.

    A obra terá um impacto significativo na região ao contribuir para o aumento da eficiência do sistema de rega uma vez que irá reduzir as perdas de água, melhorar a qualidade da água fornecida aos agricultores, promover a sustentabilidade ambiental, através da preservação dos recursos hídricos e dinamizar a economia local, com a criação de emprego na região.

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    Cleanwatts e Associação Académica de Coimbra fecham contrato para nova Comunidade de Energia Renovável 

    O contrato pressupõe a instalação de uma potência de 1,9 MW no Estádio Cidade de Coimbra, gerando quatro vezes mais energia do que consome e evitando a emissão de 680 toneladas de CO₂ anuais, assim como de uma potência agregada de 400 kWp no Centro de Treinos Academia Briosa XXI e no Pavilhão Engenheiro Jorge Anjinho

    O Estádio Cidade de Coimbra vai passar a ter uma Comunidade de Energia. O acordo foi assinado esta terça-feira, a 29 de Outubro entre a Cleanwatts e a Associação Académica de Coimbra. Um projecto considerado um “remate certeiro” para a transição energética de Coimbra, enquanto promove a inclusão social e a sustentabilidade.

    A instalação no Estádio Cidade de Coimbra terá uma potência de 1,9 MW, gerando quatro vezes mais energia do que consome e evitando a emissão de 680 toneladas de CO₂ anuais. Isto permitirá à Associação Académica de Coimbra reduzir a sua tarifa de electricidade em mais de 30% em comparação com a tarifa actual.

    Esta Comunidade terá capacidade para incluir mais de 1700 membros e o seu raio de acção abrange quatro bairros de habitação social na cidade, oferecendo a possibilidade de adesão a 230 famílias residentes nestes bairros, que terão acesso a tarifas de electricidade reduzidas, mais baixas do que as de mercado, traduzindo-se numa poupança potencial acumulada superior a 300 mil euros, caso se mantenham como membros ao longo da duração do projeto.

    Além das habitações, também há escolas, pavilhões desportivos e piscinas no mesmo raio de ação que poderão beneficiar da tarifa comunitária.

    “Esta parceria é um exemplo do impacto positivo que a Cleanwatts cria nas comunidades onde opera. Estamos determinados em reduzir os custos energéticos e a pegada ambiental de forma a proporcionar vantagens económicas reais para as famílias e instituições locais,” afirma José Basílio Simões, board member e cofundador da Cleanwatts.

    A Cleanwatts e a Associação Académica de Coimbra – OAF contrataram ainda outras duas infraestruturas desportivas importantes: o Centro de Treinos Academia Briosa XXI e o Pavilhão Engenheiro Jorge Anjinho, que terão uma potência agregada de 400 kWp e poderão receber mais de 330 membros. Estas instalações evitarão a emissão de 155 toneladas de CO₂ por ano e, à semelhança do estádio, irão gerar 400% mais energia do que consomem. Ao abrigo deste protocolo, a Academia de Treinos da Briosa conta já com a instalação de equipamentos que tornam o seu consumo mais sustentável, como uma caldeira de biomassa já em funcionamento.

    Miguel Ribeiro, Presidente da Associação Académica de Coimbra – OAF, reforça que “esta parceria terá um impacto significativo na nossa comunidade, permitindo-nos ser agentes de mudança, não apenas no desporto, mas também no compromisso com a sustentabilidade ambiental e a responsabilidade social. A energia é um bem essencial, é gratificante ver que os espaços da Associação Académica de Coimbra – OAF vão contribuir para a sua democratização e acessibilidade na cidade”.

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    Faro na “Rota do Modernismo”

    De 8 a 10 de Novembro, a 3.ª edição do The Modernist Weekend celebra o património modernista no Algarve, dando a conhecer a arquitectura de edifícios privados e a valorização deste legado

    Faro recebe a terceira edição do The Modernist Weekend, um evento que visa promover a arquitectura modernista e mobilizar os residentes, arquitectos e investigadores, os agentes culturais e a autarquia, através de várias iniciativas que pretendem sensibilizar para a importância de preservar um conjunto artístico único. The Modernist Weekend é uma organização de The Modernist, em parceria com a Associação Picada Cultural, e conta com o apoio do Município de Faro e da secção regional do Algarve da Ordem dos Arquitectos.

    Em 2023, o The Modernist Weekend contou com 450 participantes, a maioria estrangeiros oriundos, sobretudo, do Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos da América. “Temos notado um interesse crescente por parte dos locais e dos proprietários dos imóveis modernistas, que demonstram uma maior consciencialização do valor do seu património. O apoio da autarquia e dos agentes culturais tem sido fundamental para a tomada de consciência da importância deste legado e do seu potencial turístico”, referem Angélique e Christophe de Oliveira, fundadores do The Modernist Weekend.

    Angélique e Christophe de Oliveira vivem no Algarve desde 2018 e são proprietários do The Modernist, no nº 27, da Rua Dom Francisco Gomes, em Faro, obra de Joel Santana, de 1977. A sua paixão pela arquitectura Modernista, das décadas de 50, 60 e 70, do século passado, fez com que idealizassem um evento que mobilizasse a população e visitantes, especialistas ou entusiastas que partilhassem do mesmo interesse em torno deste património.

    Durante o fim de semana, há casas abertas para visitas, tours temáticos e a exposição colectiva in bloom, com curadoria José Jesus, na Fábrica da Cerveja, patente até 1 de Dezembro. No dia 9, Sábado, especialistas e investigadores na área do Modernismo reúnem-se numa conferência, para debater os desafios e as oportunidades deste conjunto arquitectónico.

    Nesta edição, o fotógrafo Vitor Martins, da ALFA – Associação Livre de Fotógrafos do Algarve, depois de três décadas de trabalho como fotógrafo e galerista nos EUA, conduz dois workshops em que revela a arte de fotografar os edifícios nas ruas da capital algarvia – “Art Deco /Modernist Architecture – Photo Tour”, nos dias 8 e 9.

    As visitas guiadas levam os participantes a edifícios privados, desde as influências da Bauhaus às casas da Praia de Faro. Alguns dos pontos de interesse são a oportunidade de visitar o icónico edifício Tridente com Leanne Cloudsdale, do projecto Concrete Communities, que tenta estabelecer pontes entre o design e a comunidade; as vilas modernistas com orientação do arquitecto Victor Hugo Faustino, especialista na obra de Manuel Gomes da Costa, com uma perspectiva académica sobre a arquitectura modernista de Faro; e a centenária Casa 1923, exemplar único de Arte Nova com elementos decorativos Art Déco, recuperada pela PAr – Plataforma de Arquitectura, em 2022, conduzida por uma das autoras do projecto, Vânia Fernandes. Há ainda uma visita pela Praia de Faro conduzida pelo artista Richard Walker.

    De salientar a visita, em português, com os arquitectos Teresa Valente, da Câmara Municipal de Faro, e Gonçalo Vargas, que fazem o percurso entre a Rua de Berlim até ao edifício Tridente, no sábado. A participação é gratuita, embora sujeita a inscrição prévia.

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    Remax regista movimento de 1,87 MM€ no terceiro trimestre

    Num sector que continua a dar provas de dinamismo, a rede imobiliária cresce em vários indicadores de actividade, o que representa o seu melhor terceiro trimestre de sempre e o segundo melhor trimestre da sua história

    tagsRE/MAX

    A Remax a operar em Portugal, registou no terceiro trimestre do ano um volume de preços de cerca de 1,87 mil milhões de euros, um incremento de 29,7%, quando comparado com igual período de 2023. A empresa finaliza este período também com um aumento de 15,9% no volume de transacções. Setembro foi o mês em destaque, o melhor do ano, até ao momento. Num sector que continua a dar provas de dinamismo, a rede imobiliária cresce em vários indicadores de actividade, o que representa o seu melhor terceiro trimestre de sempre e o segundo melhor trimestre da sua história.

    “O mercado imobiliário encontra-se bastante dinâmico fruto de um aumento da procura, sobretudo nos últimos meses, por jovens que cumprem um conjunto de requisitos que lhes permite, entre outros benefícios, uma isenção do IMT. Adicionalmente, tem-se registado uma descida paulatina das taxas de juro sobre as novas operações de crédito à habitação, em paralelo com um aumento do volume de crédito concedido, estimulando ainda mais a procura.”, assinala Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal.

    A responsável acrescenta que no que à rede diz respeito, “o mercado nos dias de hoje tem proporcionado boas oportunidades de desenvolvimento e expansão, reforçando a liderança da nossa rede na mediação. Nesse sentido, prevemos um crescimento global não inferior a 15% ao fecho do ano, pelo que as perspectivas para o último trimestre do ano são bastante animadoras.”

    Numa análise às transacções negociadas por concelho neste penúltimo trimestre do ano, Lisboa lidera o top 10 com 10,4% do total registado pela Remax. Seguem-se Sintra (5,6%), Cascais (3,2%), Oeiras (3%), Vila Nova de Gaia (2,6%), Almada e Braga (2,4% cada). Em 8ª, 9ª e 10ª posições estão, respectivamente, os concelhos de Loures, Amadora e Porto (2,2% cada).

    Continuam a ser os portugueses quem mais está a adquirir ou a arrendar casa, com os investidores nacionais a serem responsáveis por 78,2% das transacções da Remax neste período, um aumento de praticamente cinco pontos percentuais (p.p.) em relação a igual período do ano passado.

    Entre os investidores estrangeiros, os brasileiros reforçaram a segunda posição daqueles que mais negoceiam em imobiliário, entre Julho e Setembro, as transacções com cidadãos do país-irmão representaram 7%, a que se seguiram angolanos (1,8%) e norte- americanos (1,2%). Referir que neste terceiro trimestre, os profissionais da Remax transaccionaram com 88 nacionalidades estrangeiras.

    Não obstante o registo de um aumento do número de transacções dos diversos tipos de imóveis, face ao período homólogo, sublinha-se a diminuição do peso dos apartamentos em quatro pontos percentuais e dos terrenos num ponto percentual. Em sentido oposto, verificou-se uma subida da importância de outros tipos de imóveis, por norma menos transaccionados, como armazéns, lojas e escritórios.

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    12ª Conferência Passivhaus Portugal

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    12ª Conferência Passivhaus Portugal destaca a “suficiência dos edifícios”

    Conceito foi abordado pelo arquitecto Lloyd Alter, no encerramento da conferência, a propósito da necessidade de “prescindirmos do que não é assim tão essencial numa casa para privilegiarmos o conforto e a saúde”. Próxima iniciativa da Associação Passivhaus Portugal tem data marcada para os dias 21 e 22 de Outubro de 2025

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    “Desempenho, suficiência e formação”. Estas foram as palavras mais escutadas na 12ª Conferência Passivhaus Portugal 2024, que decorreu no Centro de Congressos em Aveiro, que este ano recebeu mais de 50 marcas e a visita de 438 participantes. A edição do próximo ano já tem data marcada para os dias 21 e 22 de Outubro de 2025.

    Comum em todos os discursos a necessidade de formação, que este ano deu um grande passo com a abertura do Passive House Center, o centro de formação prática para Passive Houses, em Pombal. Formação essa que anda a par com a comunicação que, para além dos profissionais do setor, está cada vez mais voltada também para o cliente final. Uma estratégia deve passar por “avivar a consciência do consumidor final, monitorizar o desempenho dos edifícios Passive House para evidenciar a sua qualidade e transmitir confiança”, reforçou João Marcelino, presidente da Passivhaus Portugal.

    Além das mensagens no Grande Auditório, o evento contou com 65 workshops, entre apresentações de projectos por Passive House Designers e, respectiva, exposição, sessões das marcas e uma área dedicada às empresas que “percorria” todos os campos de uma Passive House, desde a envolvente opaca, envolvente transparente, estanquidade ao ar, sistemas e equipamentos, aos construtores.

    Entre alguns casos apresentados destaque para a obra de Cibele Santos, na qual a própria salientou a importância do “conforto” e da “saúde” dentro de casa, em detrimento da área de construção. “E claro, poupar no longo termo, porque quando formos velhinhos não queremos ter de escolher entre pagar a conta da eletricidade ou ir ao médico. E hoje vemos que a área da nossa casa é mais do que suficiente para nós!”, afirmou Cibele Santos.

    Tal como ela, também Ana Varela, já com a sua casa construída segundo os princípios Passive House e a habitá-la há 10 meses, optou por não ter roupeiros embutidos, por exemplo, para poder investir numa construção que lhe trouxesse o que pretendia. “Foi a eficiência energética que me levou a querer construir uma casa com os princípios Passive House, mas hoje é o conforto e a qualidade do ar interior ao habitar esta casa que eu mais destaco. É o não ter humidade nas janelas, estar sempre com uma temperatura agradável dentro de casa e ter um ar saudável no interior que impacta na nossa saúde. E tudo isto, com eficiência e poupança também”, salientou Ana Varela.

    E se os resultados alcançados numa Passive House são o ponto onde todos chegam, o caminho tem ainda muitos desafios, como destacou Pedro Ribeiro, Country Manager da Danosa. “Os desafios foram muitos e realmente fazer uma Passive House, no nosso caso com um projecto que é o primeiro não residencial a atingir a certificação, envolve um trabalho de muita proximidade e entreajuda entre todas as equipas”, afirmou.

    O hidrogénio foi um tema também muito falado, ao posicionar-se como uma opção viável para bombas de calor, permitir o armazenamento de energia no longo prazo e assim colmatar as necessidades de aquecimento e arrefecimento dos edifícios.

    A 12ª Conferência Passivhaus Portugal encerrou com uma das apresentações mais esperadas do evento. Lloyd Alter ligou os pontos ao falar do caminho da suficiência, ou seja, prescindir do que não é assim tão essencial numa casa para privilegiarmos o conforto e a saúde, e deixou uma mensagem final: “Há uma coisa que é abundantemente clara: estão disponíveis as tecnologias e normas necessárias para realmente levar a uma mudança nas questões climáticas, e o único real obstáculo são as políticas e os interesses associados aos combustíveis fósseis”.

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