Edição digital
Assine já
    PUB

    Pedro Novo, presidente do Conselho Directivo Regional de LVT – OA e membro da comissão executiva do CIHEL

    Arquitectura

    Arquitectos são os “verdadeiros especialistas em matéria de habitação”

    No 5º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono (CIHEL) foram apresentadas as melhores práticas de habitação nas cidades dos países lusófonos, como forma de contribuir para a “formação de massa critica e de soluções”. Ao CONSTRUIR, Pedro Novo, presidente do Conselho Directivo Regional LVT – OA e membro da comissão executiva do CIHEL, destacou a importância do papel dos arquitectos neste processo

    Cidália Lopes

    Pedro Novo, presidente do Conselho Directivo Regional de LVT – OA e membro da comissão executiva do CIHEL

    Arquitectura

    Arquitectos são os “verdadeiros especialistas em matéria de habitação”

    No 5º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono (CIHEL) foram apresentadas as melhores práticas de habitação nas cidades dos países lusófonos, como forma de contribuir para a “formação de massa critica e de soluções”. Ao CONSTRUIR, Pedro Novo, presidente do Conselho Directivo Regional LVT – OA e membro da comissão executiva do CIHEL, destacou a importância do papel dos arquitectos neste processo

    Cidália Lopes
    Sobre o autor
    Cidália Lopes
    Artigos relacionados
    Novo Parque Eólico de Aranhas irá fornecer energia para 24 mil habitações
    Construção
    Savills e CBRE comercializam edifício Malhoa 12 em Lisboa
    Imobiliário
    João Freitas Fernandes assume liderança da Villas MAP Group
    Empresas
    Investimento em nova promoção residencial acelera 26% em 2024
    Imobiliário
    elou
    Mafra lança concurso de 7,5M€ para reabilitar habitações municipais
    Construção
    Warpcom com volume de negócios de 52,9M€
    Empresas
    Município de Tavira avança para construção de Centro de Saúde
    Construção
    Grupo Greenvolt garante tarifa de longo prazo para projecto agrovoltaico em França
    Empresas
    Alberto Couto Alves assegura construção de novo Hotel Radisson em Gaia
    Construção
    Grupo VGP investe em quarto projecto em Portugal
    Imobiliário

    5º CIHEL

    Sob o mote “Fazer Habitação”, este congresso foi uma organização conjunta da Ordem dos Arquitectos, Ordem dos Engenheiros, a Câmara Municipal de Lisboa e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

    O encontro contou, ainda, com diversas visitas técnicas, nomeadamente ao Bairro Cooperativo do Vale Formoso de Cima, em Marvila, onde se encontram já disponíveis para arrendamento 155 novas habitações e às obras de reabilitação da Vila Romão da Silva, em Campolide, que permitiu acrescentar três fogos ao parque habitacional já existente.

    Ao longo de três dias, especialistas do espaço lusófono, que incluem arquitectos, urbanistas, engenheiros, geólogos, sociólogos, abordaram a problemática da habitação e do fazer habitação, uma preocupação cimeira no debate político nacional e internacional, tendo sido apresentadas as razões para a situação actual e propostas as potenciais soluções para superar a escassez de fogos disponíveis, com todos os pressupostos de bem-estar aplicados aos espaços domésticos, à vizinhança e à cidade.

    Segundo a organização, o problema da habitação é “multifactorial” e não se vislumbra uma solução definitiva, no entanto, uma abordagem combinada de políticas públicas mais rigorosas e exigentes, modelos de habitar dinâmicos e alternativos e mudanças nos sistemas construtivos poderão ser as fundações para uma resposta abrangente e eficaz às actuais necessidades de habitação.

    Os arquitectos “são quem escreve, investiga, e aponta soluções; são quem desbrava o passado na tentativa de antecipar o futuro, pesquisa continuamente soluções para criar mais e melhores políticas de habitação, viaja para conhecer outros exemplos noutras realidades que possam ser úteis ao País”

    Através da troca de conhecimento com base nas melhores práticas nas cidades dos países lusófonos, a organização do CIHEL acredita estar a contribuir para a formação de massa critica e de soluções que possam ser adaptadas ou replicadas às diferentes realidades.

    Pedro Novo, falou sobre a importância da conferência e de como esta pode ser uma oportunidade para mostrar “novas visões e estudos para cada contexto”. Além disso é, ainda, uma demonstração de que os arquitectos pretendem ser “parceiros de diálogo” e que estão disponíveis para trabalhar com o Governo “não só no que diz respeito à prática do projecto”, mas também no desenvolvimento de “estratégias para produção de habitação”, refere.

    Políticas, novas formas de habitar, construção e promoção são os temas em destaque no CIHEL e são, também, os pontos críticos da habitação que em conjunto podem contribuir para definir soluções e, neste sentido, Pedro Novo olha para esta problemática de formamultifactorial” e, por isso, de “difícil resolução”.

    “Não há uma solução definitiva para a crise de habitação, no entanto, uma abordagem combinada de políticas públicas mais rigorosas e exigentes, modelos de habitar dinâmicos e alternativos e mudanças nos sistemas construtivos poderão ser pressupostos de base para uma resposta abrangente e eficaz às actuais necessidades de habitação”, acredita o arquitecto.

    “Construir estratégias”

    Na conferência, a Ordem dos Arquitectos destacou, ainda, a sua total “disponibilidade e interesse” em trabalhar com o Governo no sentido de “construir estratégias para mitigar e inverter o problema da habitação no País”.

    “São de facto os arquitectos os verdadeiros especialistas em matéria de habitação. E não me refiro exclusivamente à prática do projecto. Refiro-me sobretudo às estratégias para produção de habitação. São quem escreve, investiga, e aponta soluções; são quem desbrava o passado na tentativa de antecipar o futuro, pesquisa continuamente soluções para criar mais e melhores políticas de habitação, viaja para conhecer outros exemplos noutras realidades que possam ser úteis ao País, afirma Pedro Novo

    Veja-se a título de exemplo o próprio CIHEL, em que mais de 70% dos artigos científicos são de arquitectos investigadores. “Este é um tema muito caro aos arquitectos, que abraçam quotidianamente a causa, para garantir que os portugueses têm acesso em tempo útil e a preços ajustados, a uma habitação condigna”.

    “Abordagens integradas, adaptadas a cada contexto”

    Congressos como o CIHEL são cruciais na “percepção e entendimento” do fenómeno e dos seus problemas, permitindo a troca de conhecimento com base nas “melhores práticas das cidades e países lusófonos”. Aqui expõem-se novas visões e estudos para cada contexto específico, conduzindo à “formação de massa crítica e soluções” que possam ser adaptadas ou replicadas às diferentes realidades.

    “Talvez a direcção certa esteja na combinação de várias abordagens integradas, adaptadas a cada contexto e sobretudo alinhadas com os desafios e necessidades contemporâneas”, sugere.

    É, por isso, “imensurável” a importância de uma conferência como a CIHEL nos tempos actuais. Num contexto em que a crise habitacional se agrava ao nível global, afectando tanto países desenvolvidos, como em desenvolvimento, a CIHEL procura ser uma “plataforma essencial de debate e partilha” de conhecimento de âmbito internacional, promovendo a produção de conhecimento nos vários cantos do mundo.

    “Uma abordagem combinada de políticas públicas mais rigorosas e exigentes, modelos de habitar dinâmicos e alternativos e mudanças nos sistemas construtivos poderão ser as fundações para uma resposta abrangente e eficaz às actuais necessidades de habitação”

    “As colaborações e experiências que possam advir destes três dias de congresso serão um legado para muitos dos investigadores presentes. É essencial a promoção de colaborações entre os diversos especialistas, na aprendizagem com os exemplos estrangeiros, e na partilha de conhecimento produzido através da aplicação de novas tecnologias, práticas sustentáveis e modelos alternativos de habitar”, salienta.

    Os exemplos internacionais são vários, mas no que diz respeito às políticas de reabilitação e controlo de rendas, Pedro Novo destaca as iniciativas encetadas pelo ‘ajuntamento’ de Barcelona numa tentativa de equilibrar a crescente procura turística com as necessidades habitacionais dos habitantes locais.  Ou, por outro lado, a política de promoção de bairros sustentáveis na Dinamarca, em particular em Copenhaga, assim como a difusão de projectos co-housing que possibilitam a partilha de recursos através da vivência de espaços comuns, promovendo uma cultura de sustentabilidade em vida comunitária.

    O exemplo de Viena, na Áustria, enquanto referência internacional, onde o modelo implementado com enorme sucesso permite oferecer às populações habitação acessível de alta qualidade através da combinação de subsídios governamentais para a construção das habitações, com sistemas de gestão pública no controle das rendas.

    Recuperar o “espirito” do SAAL

    Também Portugal já teve bons exemplos relacionados com os movimentos para a habitação, sendo o SAAL um dos mais destacados. Foi um programa de apoio habitacional criado pós 25 de Abril, que promoveu a produção de habitação com a participação activa das comunidades locais em relação directa com os arquitectos.

    Apesar do curto período de duração, o SAAL ainda hoje é recordado como “exemplo de excelência” plantando um importante legado na arquitectura e no urbanismo português.

    Contudo, olhando para as actuais experiências de sucesso, haverá outros modelos que actualmente se “revestem do mesmo espírito”, ajustados a processos de co-criação habitacional. “Penso que será esse o caminho a seguir”, reforça.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
    Mais artigos
    Artigos relacionados
    Novo Parque Eólico de Aranhas irá fornecer energia para 24 mil habitações
    Construção
    Savills e CBRE comercializam edifício Malhoa 12 em Lisboa
    Imobiliário
    João Freitas Fernandes assume liderança da Villas MAP Group
    Empresas
    elou
    Investimento em nova promoção residencial acelera 26% em 2024
    Imobiliário
    Mafra lança concurso de 7,5M€ para reabilitar habitações municipais
    Construção
    Warpcom com volume de negócios de 52,9M€
    Empresas
    Município de Tavira avança para construção de Centro de Saúde
    Construção
    Grupo Greenvolt garante tarifa de longo prazo para projecto agrovoltaico em França
    Empresas
    Alberto Couto Alves assegura construção de novo Hotel Radisson em Gaia
    Construção
    Grupo VGP investe em quarto projecto em Portugal
    Imobiliário
    PUB
    Construção

    Novo Parque Eólico de Aranhas irá fornecer energia para 24 mil habitações

    Ao projecto da Endesa Portugal junta-se a Quadrante responsável pelo desenvolvimento do projecto de engenharia e design de especialidade eléctrica e construção civil do parque. O Parque Eólico de Aranhas será responsável por fornecer energia eléctrica a cerca de 24 mil habitações o que o torna um dos maiores parques eólicos do país

    O futuro Parque Eólico de Aranhas está localizado numa área com mais de 46 hectares entre os concelhos da Chamusca, Abrantes, Alpiarça e Constância, esta infraestrutura irá contar com a instalação de 44 aerogeradores responsáveis pelo fornecimento de energia eléctrica a cerca de 24 mil habitações, tornando-se assim um dos maiores parques eólicos do país.

    Desenvolvido no âmbito do projecto de reconversão da Central Termoelétrica do Pego, o novo parque eólico vai contar com uma potência instalada de 244,64 megawatts, que irá possibilitar a produção de cerca de 508 gigawatts por hora, com uma emissão total anual de CO2 de 83 mil toneladas – que contrasta com os 4,7 milhões de toneladas produzidas pela antiga Central Termoelétrica. A este empreendimento junta-se ainda a criação de uma subestação elevatória de 33/220 quilovolts (kV), que será ligada à subestação coletora de Concavada, através de uma linha de transmissão de muito alta tensão de 220kV, que terá cerca de 43 quilómetros de extensão.

    Neste contexto, a Quadrante junta-se à Endesa Portugal para ficar responsável pelo desenvolvimento do projecto de engenharia e design de especialidade eléctrica e construção civil do Parque, bem como da subestação e linha de transmissão, valas de cabos e equipamento eléctrico, plataformas, vias de acessos, terraplanagens e drenagens. Além disso, a consultora está também a liderar a identificação, negociação e ajuda na contratação de terrenos para o parque eólico e linha de evacuação, submissão do Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução do parque eólico e linha de evacuação, bem como dos licenciamentos de construção.

    Nuno Martins, Founding Partner da Quadrante, destaca a importância deste projecto no portefólio da empresa. “Para nós foi indiscutível estar neste projecto, tanto pela sua dimensão, como pela importância que este tem de recapacitar (e reforçar) a rede eléctrica nacional com uma resposta de produção energética proveniente de fontes renováveis. Estamos a falar de 1% do actual consumo de ecletricidade do país, que pode parecer pouco, mas que na realidade é um valor muito significativo, e que representa um crescimento da geração de energia renovável face à produção de energia fóssil.”

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Imobiliário

    Savills e CBRE comercializam edifício Malhoa 12 em Lisboa

    O family office AM ALPHA, adquiriu o edifício José Malhoa 12, em Outubro de 2020 e entregou agora a sua comercialização, em regime de co-exclusividade, às duas consultoras imobiliárias, Savills e CBRE

    As duas consultoras imobiliárias, Savills e CBRE, encontram-se a comercializar, em regime de co-exclusividade e em representação do family office AM ALPHA, o edifício José Malhoa 12, adquirido pelo grupo em Outubro de 2020.

    Localizado na Avenida José Malhoa, este edifício distingue-se pela sua estrutura adaptável e alinhada com os actuais padrões dos espaços corporativos, oferecendo o equilíbrio ideal entre funcionalidade e sofisticação. O edifício está a ser alvo de uma reabilitação integral que estará concluída até ao final de 2025.

    Com um design contemporâneo e selo BREEAM, o Malhoa 12 incorpora os princípios ESG. Este edifício destaca-se como a escolha ideal para empresas que valorizam a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa, refletindo a crescente atenção do mercado a estes critérios.

    O activo distingue-se por apresentar um terraço no piso 0 com mais de 400 m², um rooftop panorâmico que oferece vistas de 360º sobre Lisboa e a Serra de Monsanto e um piso térreo cuidadosamente projectado, onde se encontra uma ampla recepção, um coffee point e uma zona de lounge com acesso directo ao terraço. Para oferecer maior comodidade aos seus utilizadores, o Malhoa 12 conta ainda com balneários equipados com duches e cacifos.

    Adicionalmente, a sua localização privilegiada, a apenas 500 metros de Sete Rios garante uma excelente acessibilidade. Por outro lado, a proximidade ao Aeroporto Humberto Delgado e aos acessos rápidos às autoestradas A2, A5 e A8 tornam esta área ideal para empresas com necessidades de transporte rápido e acesso internacional.

    “O Malhoa 12 é muito mais do que um espaço de trabalho; é um reflexo de inovação, sustentabilidade e eficiência. A localização estratégica e as características excepcionais deste edifício fazem dele a escolha ideal para empresas que procuram alinhar-se com as tendências mais avançadas do mercado corporativo”, destaca Frederico Leitão de Sousa, head of offices da Savills

    Por sua vez António Almeida Ribeiro, director de offices investor leasing da CBRE Portugal, refere que a reabilitação em curso “oferece uma nova fachada e infraestruturas modernas que responderão às necessidades actuais dos ocupantes. Os utilizadores poderão usufruir de uma ampla zona de lounge com coffee point, balneários, e generosas áreas exteriores que incluem um rooftop com vista panorâmica para Monsanto. O Malhoa 12 será inquestionavelmente o edifício de escritórios de referência nesta zona consolidada em que está inserido”, sublinha.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Empresas

    João Freitas Fernandes assume liderança da Villas MAP Group

    A empresa que integra o universo do grupo MAP, nasceu após a restruturação do grupo construtor o ano passado. O novo director geral terá a missão de firmar a actividade da Villas MAP Group Company no dinâmico segmento de luxo

    João Freitas Fernandes é o novo director-geral da Villas, empresa do MAP Group especializada na construção de moradias e villas de luxo.

    Com uma vasta experiência no sector imobiliário e da construção, João Fernandes tem um percurso consolidado na gestão de grandes projectos residenciais e turísticos de elevado prestígio. Ao longo da sua carreira, destacou-se pela coordenação de empreendimentos de referência, pela gestão estratégica de activos imobiliários e pela sua visão integrada do mercado. A sua chegada à Villas reforça o compromisso da empresa em continuar a oferecer uma qualidade superior, inovação e excelência no desenvolvimento de projectos residenciais exclusivos. Sob a sua liderança, a Villas pretende conquistar uma posição de referência no sector, apostando na personalização, sustentabilidade e sofisticação das suas construções.

    “É com grande entusiasmo que assumo este desafio na Villas. O sector das moradias de luxo exige muita atenção ao detalhe, às novas tendências e um foco constante na experiência do cliente. Estou certo de que, com a equipa Villas e com todo o suporte do MAP Group, iremos elevar ainda mais os padrões de qualidade e exclusividade nos nossos projectos”, afirma João Freitas Fernandes.

    A Villas faz parte do MAP Group, um grupo que integra diversas empresas dedicadas à construção e gestão imobiliária, promovendo soluções diferenciadoras e de alto valor acrescentado no mercado.

    “A chegada do João Fernandes à liderança da Villas representa um passo estratégico para o crescimento da nossa operação no segmento de moradias de luxo. O seu conhecimento profundo do sector, a sua experiência na gestão de projectos de grande escala e a sua visão diferenciadora serão fundamentais para reforçar a posição da VILLAS como referência no mercado. Estamos certos de que, sob a sua liderança, continuaremos a elevar os padrões de rigor, sofisticação e personalização que definem o MAP Group”, justifica José Rui Meneses e Castro, co-CEO do MAP Group.

     

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    elou
    Imobiliário

    Investimento em nova promoção residencial acelera 26% em 2024

    Porto e Vila Nova de Gaia são os dois principais destinos do investimento em nova habitação no país, com pedidos para o licenciamento de 3.400 novas casas cada um, avança o Pipeline Imobiliário do Confidencial Imobiliário que sublinha ainda a maior dispersão geográfica do investimento e o crescimento do número de projectos com mais de 100 apartamentos

    O investimento na promoção de nova habitação voltou a acelerar em 2024, com um aumento de 26% no número de fogos em licenciamento, um reforço assinalável dos projectos de grande dimensão e uma crescente diversificação geográfica dos mercados de aposta, mostram os dados do Pipeline Imobiliário apurados pela Confidencial Imobiliário.

    Ao longo do ano passado, as autarquias de Portugal Continental registaram pedidos para o licenciamento de 21.900 projectos de habitação, que perfazem 65.550 novos fogos. Este número de fogos representa um aumento de 26% face aos 51.870 registados em 2023, ano em que se contabilizaram pedidos para o licenciamento de 21.400 novos projectos. Em número de projectos, o crescimento face a 2023 é de 7%.

    O ano foi também marcado pelo forte aumento dos projectos de grande escala, ou seja, os edifícios a partir de 100 apartamentos. Em 2024, contabilizaram-se pedidos para o licenciamento de 41 edifícios desta escala, duplicando face aos 21 registados em 2023. Este tipo de projectos abrangeu 5.890 fogos em 2024, igualmente duplicando face os 2.880 apartamentos contemplados em 2023. Tal significa que os edifícios residenciais de grande escala passaram a contribuir para 9% da carteira de novos fogos projectados no país em 2024, um peso que compara com os 6% que assumiam em 2023.

    Em 2024, o pipeline de grandes projectos residenciais inclui três edifícios com mais de 200 fogos (Vila Nova de Gaia, 294 apartamentos; Portimão, 218 fogos; e Setúbal, 217 fogos), sendo este caso de apenas um projecto em 2023. Outros 13 projetos dizem respeito a edifícios de 150 a 200 apartamentos, enquanto os edifícios de 100 até 150 apartamentos, contabilizam 25 projetos em 2024. Estes grandes projetos distribuem-se por 20 concelhos do país, com incidência nas Áreas Metropolitanas (AM) de Lisboa e Porto, mas também com uma crescente diversificação para outras geografias. No mapa deste tipo de projectos, em 2024, incluem-se Aveiro, Leiria, Vila Nova de Famalicão e Vizela, e no Algarve, Portimão, Faro e Vila Real de Santo António. Na Área Metropolitana de Lisboa contribui com 16 projectos, dos quais três na capital e outros tantos em Almada. Amadora, Barreiro, Loures, Oeiras, Setúbal e Sintra completam a lista regional, comprovando a dispersão geográfica do investimento também no seio das Áreas Metropolitanas. Na Área Metropolitana do Porto, há um leque menor de concelhos a competir por estes projectos, com uma vincada incidência de investimento nos dois principais mercados da região, nomeadamente Porto e Vila Nova de Gaia, com seis edifícios com mais de 100 apartamentos cada. No contexto desta região, incluem-se ainda Maia, Matosinhos e Vila do Conde.

    Outra prova da dinâmica acrescida da promoção residencial é o número de concelhos com carteiras de mais de 1.000 fogos. Em 2024, esse é o caso em 17 concelhos, liderados pelo Porto (3.410) e Vila Nova de Gaia (3.401). Lisboa soma 2.625 novos fogos em pipeline em 2024, com os restantes concelhos compreendidos neste grupo a ficar abaixo das 2.000 unidades. Na AM Lisboa, Sintra, Setúbal, Loures, Almada e Oeiras também têm pipelines superiores a 1.000 fogos, enquanto na AM Porto esse é o caso, além do Porto e Vila Nova de Gaia, de Matosinhos, Maia e Vila do Conde. Uma vez mais, em reflexo da diversificação geográfica, há um número crescente de outras cidades fora das regiões metropolitanas a integrar esta lista, nomeadamente Barcelos, Vila Nova de Famalicão, Leiria, Braga, Coimbra e Guimarães. De relembrar que, em anos anteriores, os pipelines superiores a 1.000 fogos concentravam-se, sobretudo, em Lisboa, Porto e Gaia, e poucos outros mercados da primeira coroa destas cidades.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Construção

    Mafra lança concurso de 7,5M€ para reabilitar habitações municipais

    A Câmara Municipal de Mafra vai lançar concurso público para a reabilitação de 99 habitações municipais visando melhorar as condições de habitabilidade e conforto térmico das mesmas. O valor estimado para a empreitada é de cerca de 7,5 milhões de euros

    O Município de Mafra vai reabilitar 99 habitações municipais, distribuídas pelas localidades de Mafra, Malveira, Enxara do Bispo e Santo Isidoro. Para a execução deste projecto o município aprovou a abertura de um concurso público. O valor estimado para a empreitada é de cerca de 7,5 milhões de euros.

    Este projecto será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e tem por objectivo apoiar agregados familiares que enfrentam dificuldades em aceder ou manter uma habitação condigna.

    O principal objectivo desta empreitada é melhorar as condições de habitabilidade e conforto térmico das habitações municipais, que são propriedade do município. A reabilitação visa proporcionar um ambiente mais seguro e confortável para os residentes, abordando questões como a eficiência energética, a salubridade e a acessibilidade das habitações.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Empresas

    Warpcom com volume de negócios de 52,9M€

    A empresa do Grupo Evolutio, mantém a aposta em soluções e serviços de cibersegurança, redes e infraestrutura, data center, cloud e digital experience, garantindo soluções diferenciadoras para os clientes

    A Warpcom, integrador tecnológico, que pertence ao universo do Grupo Evolutio, registou um volume de negócios de 52,9 milhões de euros, no ano fiscal de 2024. Este resultado representa um crescimento de 20,2% face a 2023, consolidando a posição da empresa no sector tecnológico nacional.

    “Os resultados de 2024 reflectem o nosso compromisso em antecipar as necessidades do mercado e oferecer soluções tecnológicas inovadoras. A confiança dos nossos clientes e parceiros é um sinal de que estamos no caminho certo, e continuaremos a investir em serviços diferenciadores que impulsionam o crescimento sustentável da empresa, sempre alinhados com as guidelines do grupo”, afirma Angel Mateos, CEO da Warpcom.

    Com uma equipa de cerca de 150 profissionais especializados, a Warpcom conta com escritórios em Lisboa (sede), Porto, Funchal e Madrid. A empresa mantém a aposta em soluções e serviços de cibersegurança, redes e infraestrutura, data center, cloud e digital experience. Em 2024, a Warpcom contratou 15 novos colaboradores. A empresa mantém uma equipa robusta e qualificada, apostando na retenção e no desenvolvimento interno de talentos.

    Actualmente, a Warpcom representa 14% do volume de negócios da holding Evolutio, tendo vindo a reforçar a sua importância estratégica dentro do grupo. A empresa consolidou a sua posição nos sectores da administração pública central e local, indústria, serviços, utilities e banca. A integração com o Grupo Evolutio possibilita à Warpcom alavancar sinergias e expandir o seu portefólio de serviços, beneficiando da experiência e da rede global do grupo.

    Durante o último ano, a Warpcom destacou-se em soluções SDN, ciber resiliência, cloud híbrida, plataformas de Contact Center e serviços geridos (MXDR), garantindo a transformação digital, a gestão e a segurança das infraestruturas dos seus clientes.

    Lançamento do programa Warp Trainee
    Dando continuidade à sua aposta no desenvolvimento de talentos, a Warpcom lança em Fevereiro a primeira edição do Warp Trainee, um programa que irá acolher cerca de dez jovens talentos para integrarem a empresa e desenvolverem competências em áreas estratégicas do sector tecnológico.

    “Com o Warp Trainee queremos investir no futuro e preparar a próxima geração de profissionais de tecnologia, proporcionando uma experiência enriquecedora, alinhada com as exigências do mercado e os valores da Warpcom”, reforça Angel Mateos.

    O Warp Trainee é uma iniciativa estratégica que se destaca como um programa fundamental para identificar e formar futuros colaboradores. Com uma combinação de formação técnica e comportamental, desafios práticos e projectos colaborativos, o programa oferece uma experiência rica e diversificada aos participantes, preparando-os para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e, particularmente, de um sector desafiante como o tecnológico.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Construção

    Município de Tavira avança para construção de Centro de Saúde

    A autarquia liderada por Ana Paula Martins explica, em comunicado, que se trata de uma unidade de consultas externas de alta resolução e diagnóstico ambulatório. Investimento ascende a 9,9M€

    CONSTRUIR

    A Câmara de Tavira acaba de lançar um procedimento concursal com vista à execução da empreitada de execução de edifícios de serviços de saúde naquela cidade algarvia, num investimento estimado em 9,9 milhões de euros.

    A autarquia liderada por Ana Paula Martins explica, em comunicado, que se trata de uma unidade de consultas externas de alta resolução e diagnóstico ambulatório e sede do ACES do Sotavento, num espaço que procura resolver carências de serviços no atual Centro de Saúde de Tavira.

    A unidade de saúde, além de responder às necessidades em termos de consultas externas de especialidades, exames e medicina dentária, vai também permitir cirurgias de ambulatório, TAC, raio X, análises laboratoriais e fisioterapia.

    No sentido de dotar toda esta zona com acessibilidades, será criada uma plataforma que incorporará as circulações viárias, pedonais e estacionamentos.

    A todos estes espaços juntam-se as dependências complementares como vestiários, salas de recobro, instalações sanitárias e material de limpeza. A par destas, estão previstas salas polivalentes/biblioteca/formação/reuniões.

    A aposta na construção de infraestruturas na área saúde é vital para garantir o acesso das populações a cuidados diários e essenciais, assim como na prevenção de doenças

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Empresas

    Grupo Greenvolt garante tarifa de longo prazo para projecto agrovoltaico em França

    Grupo Greenvolt assegura tarifa de 20 anos atribuída pela Comissão Reguladora de Energia de França para um projecto agrovoltaico de 26,8 MWp, que contará com cerca de 40.000 painéis bifaciais, capazes de gerar 40,67 GWh anuais, o equivalente ao consumo eléctrico de aproximadamente 10.000 famílias francesas

    CONSTRUIR

    O Grupo Greenvolt, através da Greenvolt Power, empresa especializada em projectos eólicos, solares fotovoltaicos de Utility-Scale e de armazenamento de energia, foi um dos vencedores das mais recentes licenças atribuídas pela Comissão Reguladora de Energia de França (CRE – Commission de Régulation de L’Énergie), tendo assegurado uma tarifa de 20 anos para um dos seus projectos mais inovadores em França, uma central agrovoltaica que compatibiliza a produção de energia solar com as melhores práticas agrícolas e agropecuárias.

    O projecto, desenvolvido em parceria com a NovaFrance Energy, especialista em bem-estar animal, terá uma capacidade instalada de 26,8 MWp, compatibilizando a produção de energia solar com a actividade agropecuária, especificamente a criação de 500 ovelhas de raça Romane. A central solar contará com 39 400 painéis fotovoltaicos bifaciais, instalados em estruturas metálicas reguláveis que seguem a trajectória do sol, maximizando assim a produção de energia que será de 40,67 GWh por ano, o equivalente ao consumo eléctrico de cerca de 10.000 famílias francesas.

    A exploração está situada numa área de 25,25 hectares em Montesquieu-Volvestre, a sul de Toulouse, na região francesa de Ocitânia e distingue-se pela capacidade de adaptar a produção de energia aos pastos extensivos de ovinos.

    “Este projecto, um dos últimos a ser licenciado pelas autoridades francesas, destaca-se pela sua total compatibilidade entre a produção de energia renovável, a preservação da biodiversidade e as actividades agrícolas e pecuárias. Assegurar uma tarifa de longo prazo para um dos maiores projectos a concurso é extremamente positivo, pois garante previsibilidade e estabilidade de receitas para este ativo”, adiantou o CEO do Grupo Greenvolt, João Manso Neto.

    O projecto integra um sistema inovador de pastagem rotativa, ajustável em função das variações sazonais, estando ainda equipado com um sistema de abastecimento de água.

    Esta gestão optimizada dos recursos contribui para o bem-estar animal, para a melhoria da qualidade e quantidade da produção de forragem, para a extensão do período de coberto vegetal e, por conseguinte, para a preservação da integridade das terras agrícolas, com as estruturas fotovoltaicas a proporcionar ainda sombra e protecção ao pastoreio.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Construção

    Alberto Couto Alves assegura construção de novo Hotel Radisson em Gaia

    A ACA Engenharia e Construção tem um prazo de 20 meses para concluir a obra, “garantindo os mais altos padrões de qualidade e eficiência”

    CONSTRUIR

    A Alberto Couto Alves vai ser responsável pelos trabalhos de construção de uma nova unidade hoteleira da cadeia Radisson em Vila Nova de Gaia.

    Em comunicado, a construtora adianta que o novo Three Star Hotel Radisson Red Gaia, que conta com projecto de arquitectura da equipa da Saraiva + Associados, terá 250 quartos, distribuídos por oito pisos acima do solo, ocupando uma área bruta de construção superior a 12.200 metros quadrado. As especialidades ficam a cargo da Enes – Consulting Engineering.

    A ACA Engenharia e Construção tem um prazo de 20 meses para concluir a obra, “garantindo os mais altos padrões de qualidade e eficiência”. Esta obra “destaca-se pela sua escala, inovação e impacto económico, sendo mais um exemplo da confiança que investidores internacionais depositam na ACA para materializar projetos estratégicos”, detalha a empresa famalicense.

    Esta empreitada vem, assim, reforçar “a capacidade de executar empreitadas de grande dimensão e complexidade, em prazos curtos, contribuindo para o desenvolvimento da infraestrutura turística da região do Porto”, completa na mesma nota.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Imobiliário

    Grupo VGP investe em quarto projecto em Portugal

    O quarto parque logístico e industrial do Grupo VGP em Portugal ficará localizado, em São Pedro de Penaferrim, em Sintra. O VGP Park Sintra terá uma área de implantação com 59.178 m2 e uma área locável de 30.040. O projecto está em fase de licenciamento

    CONSTRUIR

    De acordo com a informação disponibilizada no site do grupo, a nova plataforma ficará localizado em São Pedro de Penaferrim, Mem Martins, no concelho de Sintra, tem uma uma superfície total de construção de 30.040 m² dividida em duas unidades, sendo o seu fim adequado para logística e industrial tipo 3. No site o promotor realça a proximidade às auto-estradas A16 e A37, vias que servem de ligação à cidade de Lisboa, ao aeroporto, e ao porto marítimo, para além de uma boa conectividade com os transportes públicos à cidade de Sintra e envolventes, e uma grande oferta de mão-de-obra.

    O VGP Park Sintra é o quarto investimento do grupo VGP em Portugal, depois de Santa Maria da Feira em 2019, arrendado à Radio Popular, do VGP Park Loures, projecto 100% dedicado à logística de last mile, arrendado à DPD e DHL e do VGP Park Montijo que deverá estar concluído no segundo semestre deste ano e que já está totalmente arrendado.

    O novo parque oferece áreas que podem ir dos 5.500 m² (superfície mínima) até à totalidade do parque para soluções personalizadas às grandes operações. As instalações proporcionam condições adequadas, e de elevada qualidade, para os serviços de logística, armazenagem, actividade comercial e indústria ligeira.

    A VGP opera com cerca de 370 funcionários a tempo inteiro em 17 países europeus, directamente e através de várias joint ventures 50:50. Em Junho de 2024, o valor bruto dos activos da VGP, incluindo as joint ventures a 100%, ascendia a 7,4 mil milhões de euros e a empresa tinha um valor líquido dos activos de 2,3 mil milhões de euros.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2024 Construir. Todos os direitos reservados.