Preço global da habitação abranda, mas Lisboa continua a subir
Lisboa apresenta uma melhoria acima da média, registando a segunda maior diferença do primeiro trimestre para o segundo trimestre, apenas atrás de Estocolmo, que está no topo do pódio em termos de crescimento

CONSTRUIR
Lionesa Business Hub celebra o Dia Mundial da Arte com galeria a céu aberto no campus
SunEnergy conclui projecto de autoconsumo com painéis solares em Idanha-a-Nova
Quelfes integra Rede Espaço Energia
Castelo Branco acolhe Observatório sobre futuro da habitação no interior de Portugal
Herdade em Mourão vai a leilão por 2,8 M€
VIC Properties homenageia legado fabril de Marvila em novo edifício
As diferentes “Formas (s)” da RAR Imobiliária
Metropolitano de Lisboa lança novo concurso para a construção da Linha Violeta
Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde
Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro
O crescimento global dos preços no mercado imobiliário nas 44 cidades analisadas pela imobiliária Knight Frank, da qual a portuguesa Quintela e Penalva é parceira desde 2021, abrandou dos 4,1% registados no primeiro trimestre de 2024 para 2,6% no segundo trimestre de 2024. A taxa de crescimento regista valores muito abaixo da média de longo prazo de 5,3%, reflectindo a necessidade de ter taxas mais baixas, antes de estas poderem voltar a disparar.
Em sentido contrário, Lisboa apresenta uma melhoria acima da média, registando a segunda maior diferença do primeiro trimestre para o segundo trimestre, apenas atrás de Estocolmo, que está no topo do pódio em termos de crescimento.
Já se olharmos para o crescimento dos preços nos últimos três meses, as casas em Lisboa têm uma subida de preço maior do que Madrid, Mónaco, Miami ou Zurique. E apenas sobem menos do que Tóquio, Manilla, Seul ou São Francisco.
Estes dados constam do Prime Global Cities Index, o mais recente relatório de análise de mercados imobiliários da Knight Frank, que identifica ainda um abrandamento da taxa de crescimento dos preços, a aumentarem apenas 2,6% nos últimos 12 meses que antecedem o final de Junho de 2024.
Segundo o Prime Global Cities Index, os mercados imobiliários mundiais registaram um declínio acentuado do crescimento no final de 2022 e no início de 2023, com a subida das taxas de juro a aumentar os custos das hipotecas. Com o crescimento dos lucros a superar os preços da habitação e com a oferta de stock para venda na maioria dos mercados de primeira linha a ficar aquém da procura, os preços começaram a subir novamente a partir de meados de 2023.
O abrandamento do crescimento neste trimestre sugere a necessidade de existir um maior fluxo de taxas de juro mais baixas para que os preços possam, consequentemente, voltar a subir.
Na perspectiva de Francisco Quintela, CEO da Quintela + Penalva, parceiro em Portugal da Knight Frank, “este crescimento dos preços na cidade de Lisboa mostra que o mercado nacional continua a ser atractivo para investimentos estrageiros, e que a nossa estabilidade económica dá sinais positivos sobre o mercado.”
“O abrandamento do crescimento dos preços neste trimestre nos mercados prime reflecte o facto de que, sem mais estímulos provenientes de cortes nas taxas, o aumento dos preços de mercado a que assistimos nos últimos trimestres está a perder força. A maior influência no crescimento futuro dos preços está nas mãos dos bancos centrais e na sua confiança em reduzir ainda mais as taxas nos próximos 12 meses”, afirma, ainda, Liam Bailey, director global de research da Knight Frank.
E acrescenta: “Já Lisboa continua a mostrar ser muito atractiva para os investidores. A estabilidade económica e social também dá garantias internacionais, enquanto a qualidade do produto também atrai cada vez mais investidores internacionais”.