Transacções nas Ilhas sobem 14,5% no primeiro semestre
Segundo a Remax, os clientes nacionais têm o maior peso nos mercados insulares, no entanto continua a registar-se um incremento da internacionalização que se tem vindo a assistir nos últimos anos, com maior peso na Madeira, que tem um mercado mais internacionalizado do que os Açores
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Nos primeiros seis meses do ano, a Remax Portugal, registou um volume de preços de 88,1 milhões de euros nas Ilhas, 46,6 milhões de euros nos Açores e 41,5 milhões de euros na Madeira, resultante de 867 transacções imobiliárias.
Números que traduzem um crescimento do volume de preços de 26,8% e um aumento de 14,5% no número de transacções face a igual período do ano passado, mais evidente na Região Autónoma dos Açores e que foi superior à média nacional.
Segundo os dados da mediadora é possível verificar que qualquer que seja a região autónoma, os clientes nacionais intervêm na maioria das transacções. No entanto, nos Açores, os clientes nacionais representaram cerca de 87% das transacções, um dos valores mais altos a nível nacional cuja média rondou os 75% nestes primeiros seis meses do ano. Já na Madeira, os clientes nacionais representaram quase 69%, ainda assim um reforço face ao período a igual período de 2023.
Não obstante, o reforço do peso dos clientes nacionais nos mercados insulares, continuou a registar-se um incremento da internacionalização que temos vindo a assistir nos últimos anos, com maior peso na Madeira, que tem um mercado relativamente mais internacionalizado do que os Açores, sendo isso notório no número de nacionalidades que transaccionaram imóveis nas duas regiões, 30 na Madeira e 15 nos Açores.
Entre os investidores estrangeiros, na região autónoma dos Açores e Madeira foram os norte-americanos aqueles que mais negociaram em imobiliário com as transacções a representarem 4,7%, a que se seguiram canadianos (2,0%), franceses (1,3%) e alemães (1,2%).
Tal como em anos anteriores, nos Açores transaccionam-se sobretudo moradias, sendo que nestes primeiros seis meses do ano a tendência manteve-se. Assim, de Janeiro a Junho, a rede transaccionou nas Ilhas mais de 60% de moradias (63%), em contraste com um número inferior de apartamentos (14%), este último tipo de imóvel até menor que a comercialização de terrenos (16%).
Relembre-se que os apartamentos são, de longe, o imóvel mais transaccionado no mercado imobiliário em Portugal. Neste primeiro semestre de 2024 representaram 54% das transacções a nível nacional e as moradias cerca de 24%.
Por sua vez, na Madeira, a importância de cada tipo de imóvel é mais similar à registada no continente, com os apartamentos a ocuparem o 1º lugar (41%) entre as preferências dos clientes, as moradias e terrenos, em segundo e terceiro lugar, respectivamente com 30% e 11%.