Actividade de Abril, Maio e Junho acentua resultados da ERA Portugal
A ERA Portugal acaba de divulgar os resultados da operação referentes ao 2º trimestre de 2024. Os principais indicadores evidenciam um crescimento muito significativo do negócio, ainda assim a rede imobiliária alerta para os sinais evidentes de falta de oferta
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A facturação referente aos meses de Abril, Maio e Junho deste ano ronda os 25 milhões de euros, o que representa o melhor trimestre de sempre da ERA em Portugal a nível deste indicador. Maio foi mesmo o melhor mês nos 26 anos de história da ERA em Portugal, tendo a rede registado uma facturação de aproximadamente 9 milhões de euros. Junho não ficou aquém, com 8,6 milhões de euros facturados. Um resultado que contraria a habitual quebra de negócio verificada no início do Verão.
Assim, no primeiro semestre de 2024 a ERA facturou cerca de 46 milhões de euros (+9% face ao último semestre do ano passado e +10% em relação ao período homólogo). “No início do ano, ao perspectivar o que seria 2024, antecipei um crescimento a dois dígitos. Talvez por virmos de um contexto menos favorável, muitos acharam pouco realista ou, pelo menos, demasiado ambicioso da minha parte, mas, como se constata por estes números, as previsões estavam correctas. Apesar de ainda estarmos apenas no final do 1º semestre, os recordes atingidos deixam antever um crescimento significativo para este ano”, considera Rui Torgal, CEO da ERA Portugal.
A tendência a nível de negócios reportados é estável face, por exemplo, a 2022, sendo que a diferença para o resultado deste ano deve-se, sobretudo, a um aumento relevante do ticket médio. Neste 2º trimestre, o preço médio rondou os 185 mil euros (+8,2% vs. trimestre anterior e +7,7% vs período homólogo).
Os negócios reportados na rede ERA atingiram os 5736 no 1º semestre (+ 5,2% vs. o período homólogo). Em particular no 2º trimestre, o total de negócios reportados foi 2983 (+8,4% em relação aos primeiros três meses do ano e +7,5% face ao mesmo período em 2023).
No que respeita ao valor dos negócios reportados, o total do 2º trimestre rondou os 485 milhões de euros (+17,8% vs. período homólogo).
O mercado regista uma queda nas angariações e no número de clientes vendedores, o que agrava a pouca oferta disponível em Portugal. O número de angariações do primeiro semestre subiu +15% face ao período anterior, mas decresceu -9% face ao período homólogo. O 2º trimestre foi particularmente desafiante do lado da oferta, com uma descida de -3% na comparação com o trimestre anterior e -4% face ao período homólogo. Quase todos os meses ficaram abaixo do período homólogo, com excepção de Abril de 2024.
“Como podemos ver por estes dados, a oferta é menor a cada trimestre que passa e, tal como tenho vindo a dizer, este é um cenário alarmante para os portugueses. Por muito que as medidas apresentadas pelo novo Governo sejam, em geral, uma boa noticia para o sector, o elevado tempo de implementação das mesmas irá conduzir a uma constante redução do stock que, consequentemente, fará aumentar o preço médio dos imóveis. É cada vez mais urgente criarem-se soluções rápidas para esta crise, que acaba por ter um impacto directo e cada vez mais nefasto em toda a economia do país”, afirma Rui Torgal, CEO da ERA Portugal.
Portugueses acentuam o domínio enquanto compradores
O ranking de países de origem dos clientes compradores em Portugal manteve-se estável no 1º semestre, com Índia e Ucrânia a intrometerem-se no Top10. Contudo, 78% dos compradores da ERA no 1º semestre deste ano são portugueses. Este dado acentua o domínio dos cidadãos nacionais face ao período homólogo em 2023, no qual representavam 73% do total.