Ocupação de escritórios segue moderada até ao final do ano
Alinhado com a tendência internacional, o mercado português continua a evidenciar um desempenho de retracção, com quebras anuais de 69% em Lisboa e de 8% no Porto a apenas dois meses do fim de 2023, mostra o Office Flashpoint da JLL
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No arranque do 4º trimestre, a contenção continua a ser a palavra de ordem no mercado de escritórios português, com a ocupação acumulada até Outubro a somar 79.300 m² em Lisboa e 45.290 m² no Porto. Estes resultados reflectem desacelerações homólogas de -69% na capital e de -8% na Invicta, um comportamento que é expectável no actual contexto macroeconómico internacional e que surge alinhado com a tendência observada globalmente, conclui a JLL no seu mais recente Office Flashpoint.
“Num quadro de desafios macroeconómicos acrescidos, temos sentido a tendência europeia de retracção da actividade no mercado de escritórios quer em Lisboa quer no Porto. Contudo, não podemos deixar de notar que o impacto tem estado muito circunscrito à perda de volume de absorção, reflectindo-se numa significativa queda nos m2 arrendados, mas menos acentuado no número de negócios quando comparado com o ano anterior. Em contrapartida, os indicadores de valorização, ou seja, os preços e as rendas, têm-se mantido estáveis e, em alguns casos, até crescido ligeiramente, com ajustes apenas em segmentos e localizações mais secundárias, o que é um forte sinal da solidez do mercado e de que esta desaceleração é, essencialmente, um fenómeno conjuntural”, explica Sofia Tavares, head of office leasing da JLL.
Em Outubro foram colocados 7.300 m² no mercado lisboeta, menos 24% do que em Setembro, mas 21% mais que no mesmo mês de 2022. Ao todo foram concluídos 12 negócios, das quais apenas três envolvendo áreas superiores a 1.000 m², o que resultou numa área média por operação de 609 m². O Corredor Oeste (zona 6) foi o eixo mais activo do mês, concentrando 42% da ocupação, ao passo que o sector de Serviços a Empresas foi o mais dinâmico do lado da procura, liderando 34% da absorção. A JLL actuou em três das operações concluídas neste período, tendo sido a consultora responsável por aquela que foi a maior operação do mês: a instalação dos escritórios da Closer numa área de 1.427 m² no edifício WTC b1 (zona 6).
Olhando para o acumulado do ano, os 79.300 m² ocupados em Lisboa até Outubro ficam 69% abaixo dos 253.900 m² transaccionados no período homólogo. As quebras anuais são acentuadas também quer em número de operações, que totalizam 124 em 2023 (-28%), quer na área média de 639 m² por negócio (-57%). A Zona 3 – Nova Zona de Escritórios foi o eixo mais activo neste período, concentrando 25% da ocupação mensal, seguida pela Zona 5 – Parque das Nações, com 21% e da Zona 2 – CBD, com 19%. Olhando à origem da procura, o sector das TMT’s & Utilities foi o que mais se destacou, ocupando 31% da área transaccionada. Com uma quota de mercado de 31%, a JLL foi responsável pela ocupação de 24.600 m² até Outubro, tendo concluído 34 operações.
No Porto, a actividade ocupacional quase que quadruplicou (+266%) face a Setembro, fechando o mês em 4.680 m², ficando 12% acima do registado em Outubro de 2022. Ao todo, em Outubro foram concluídas nove operações com uma área média de 520 m², e com um negócio acima de 1.000 m²: a instalação da Globalmédia no edifício Monte dos Burgos (1.298 m²). Geograficamente, a zona 2- CBD Baixa foi a mais activa do mês, concentrando 37% da ocupação, enquanto o sector das TMT’s & Utilities liderou a procura, ocupando 33% da área transaccionada.
Em termos acumulados, a ocupação até Outubro soma 45.290 m², ficando apenas 8% abaixo dos 49.400 m² registados no período homólogo, ao passo que o número de negócios concluídos (57) manteve-se. Já a área média por operação reduziu em 8%, para os actuais 795 m². Do lado da procura, a Zona 1- CBD Boavista tem sido a preferida, captando 34% da absorção acumulada, ao passo que as TMT’s & Utilities têm sido o sector mais activo, liderando 28% da ocupação. Responsável pelo fecho de dez operações neste período, a JLL detém uma quota de mercado de 23%, tendo já assegurado a colocação de 10.400 m² no mercado de escritórios do Grande Porto em 2023. Entretanto, a consultora tem estado também bastante activa noutras zonas da região norte, nomeadamente na cidade de Braga, onde ainda este mês de Outubro concretizou a instalação da Critical Techworks numa área de 1.956 m² no Pólo de Negócios de Braga.