As principais empresas-mãe das marcas hoteleiras (Fonte: Savills Research e Savills Global Residential Development Consultancy)
Branded residences: “Mercado global deverá crescer, assim como a procura”
Em Portugal, este mercado sempre esteve muito presente na região do Algarve e, por isso, muito associado a produtos de lazer, em contexto balnear e de resort, com uma componente de investimento/retorno, mas o perfil tem vindo a mudar, com um comprador que valoriza, cada vez mais, o lifestyle
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O número de projectos de branded residences aumentou mais de 160% na última década, com novas marcas, novas localizações e uma mudança nas comodidades destinadas a impulsionar ainda mais o sector. Com mais de 690 projectos concluídos em todo o mundo, espera-se que mais 600 sejam entregues até 2030, afirma a Savills no seu mais recente Branded Residences Report.
“As branded residences diversificaram-se, deixando de ser exclusivamente orientadas para a hotelaria de luxo e passando a oferecer produtos em todas as escalas de cadeias hoteleiras. Assistimos igualmente a uma entrada de marcas não hoteleiras de uma vasta gama de sectores, incluindo os espaços de moda, design e automóvel. As novas marcas que irão entrar no sector incluem a Dolce & Gabbana, a De Grisogono, a Mama Shelter e a Rare Finds”, afirma Rico Picenoni, head of Savills Global Residential Development Consultancy.
A partir de um cenário dominado pelos hotéis, a Savills estima que as marcas não hoteleiras representarão 20% da oferta total até 2030, oque significa um aumento de cerca de 40% em relação aos níveis actuais.
Quanto aos líderes de mercado, a Marriott International continua em primeiro lugar, posição que ocupa desde 2002, seguida da Accor e da Four Seasons. Em termos de marcas de hotelaria propriamente ditas, a Four Seasons, a The Ritz-Carlton e a St. Regis lideram o mercado (as duas últimas integrando o portfólio de marcas da Marriott International).
Em termos de marcas não hoteleiras, a YOO continua a ocupar o primeiro lugar, mas marcas como a Pininfarina (Mahindra), a Elie Saab e a Versace (Capri Holdings) deverão subir na classificação nos próximos anos.
Prevê-se que o Cairo, por exemplo, registe o maior crescimento, passando de um projecto operacional para 17 até ao final de 2030. Ho Chi Minh City, Nha Trang, Guanacaste e San Miguel de Allende completam os cinco primeiros lugares, cada uma com um crescimento previsto de mais de 400% até 2030.
Em Portugal, este mercado sempre esteve muito presente na região do Algarve e, por isso, muito associado a produtos de lazer, em contexto balnear e de resort, com uma importante componente de investimento/ retorno.
Contudo, “nos últimos anos, este segmento tem vindo a expandir-se para outras regiões do País, conquistando mercados mais urbanos como Lisboa e Cascais, ou mais rurais, como a região do Douro ou do Alqueva”, indica Luís Clara, capital markets associate da Savills Portugal.
Também o perfil do utilizador tem vindo a mudar. Enquanto assessoria de diversos projectos na sua concepção e posterior implementação, a Savills tem vindo a assistir um crescente interesse neste tipo de produto por parte de diferentes players. Segundo Paula Sequeira, consultancy and valuation director da Savills Portugal, “encontra-se um perfil de comprador cada vez menos focado na componente de investimento/retorno, valorizando a utilização enquanto produto lifestyle“.