Imobiliário

Mercado imobiliário português acelera mas fecha 1º semestre com diminuição de 8% face 2022

Investimento imobiliário em Portugal regista abrandamento de 8% no primeiro semestre, revela análise da Savills. Os segmentos de Turismo e Retalho são aqueles que registam os melhores desempenhos. O 2º trimestre registou um aumento de 77% no volume total de investimento

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Mercado imobiliário português acelera mas fecha 1º semestre com diminuição de 8% face 2022

Investimento imobiliário em Portugal regista abrandamento de 8% no primeiro semestre, revela análise da Savills. Os segmentos de Turismo e Retalho são aqueles que registam os melhores desempenhos. O 2º trimestre registou um aumento de 77% no volume total de investimento

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O mercado de investimento imobiliário comercial português fechou a primeira metade do ano com um volume de investimento total de 765 milhões de euros, observando uma descida de 8% comparativamente ao mesmo período do ano 2022. No total foram fechadas 37 transacções, número em linha com as transacções fechadas no período homólogo do ano 2022.

O segmento de Hospitality somou um total de 273 milhões de euros, exercendo um peso de 39% no volume total de investimento seguido pelo segmento de Retalho, que ocupa o segundo lugar na tabela, com um montante total de investimento na ordem dos 263 milhões de euros e um peso de 38% no volume total de investimento.

Face ao primeiro trimestre do ano, no 2º trimestre verificou-se um aumento de 77% no volume total de investimento. Ainda assim, é importante notar que 50% dos 489 milhões de euros transaccionados no decorrer do 2º trimestre de 2023, são referentes à venda do portfolio dos hotéis Dom Pedro no valor de 250 milhões de euros à gestora de activos britânica Arrow Global.

“Os fundamentais de mercado que regeram os primeiros 6 meses do ano, deverão permanecer até ao final de 2023, com o quadro das taxas de juro em alta a continuar a exercer maior pressão sobre as expectativas de retorno dos investidores, gerando maior demora nos processos de decisão. Não obstante, o mercado continua a registar elevada liquidez para investir no sector imobiliário.

Os activos de escritórios e industriais e logísticos permanecem como classes de interesse para os investidores, no entanto, a falta de produto core e as expectativas dos vendedores limita o fecho de transacções nestes mercados. Por outro lado, os activos value-add e de development, estes últimos vocacionados para o desenvolvimento de projectos residenciais, alternativos (Operational Capital Markets) e de hotelaria, permanecem bastante apetecíveis para os investidores”, aponta Paulo Silva, head of country, Savills Portugal.

Escritórios segmento de Lisboa
No 1º semestre de 2023 o mercado de Escritórios de Lisboa registou um take-up de aproximadamente 38.321 m2, verificando-se uma descida acentuada de 77% comparativamente ao 1º semestre de 2022. Esta quebra demonstra ser mais significativa devido à base comparativa com o ano 2022, onde se atingiram resultados históricos, altamente impulsionados pelo fecho de operações de pré-arrendamento e owner-occupier de grandes dimensões e sem precedentes.

No total do 1º semestre foram fechados 73 negócios, uma descida de 30% relativamente ao mesmo período de 2022. Esta quebra de actividade deve-se também a uma estratégia mais cautelosa adoptada pelos inquilinos perante um quadro económico de maior incerteza.

Adicionalmente, o mercado continua a registar um volume insuficiente de novos projectos, limitando a escolha dos tenants. A totalidade dos projectos a concluir até ao final de 2023, que perfazem um total de 55.000 m2, será para ocupação própria.

Entre 2024 e 2025, estão já previstos aproximadamente 200.000 m2 de novos espaços, com mais de 60.000 m2 já destinados a ocupação própria.

“Apesar da queda acentuada registada pelo segmento de Escritórios, o final do segundo trimestre de 2023 vem demonstrar a sua resiliência face às condições de mercado desafiantes. Existe, de facto, uma escassez de espaços de escritórios de qualidade disponíveis que, associada a uma forte procura por parte das empresas que dão prioridade aos critérios de ESG e de Sustentabilidade, acaba por exercer uma maior pressão neste mercado. No entanto, são já vários os projectos em pipeline que, devido à sua elevada qualidade e características, visam satisfazer as actuais necessidades das empresas, sendo que acreditamos que esta segunda metade do ano registará um take-up superior ao que se verificou no primeiro semestre”, refere Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices, Savills Portugal.

Escritórios mercado Porto
Na primeira metade do ano, o mercado de escritórios do Porto somou um volume de absorção total de 25.184 m2. Embora o volume de absorção tenha sido 17% inferior ao registado no mesmo período do ano transacto, foi 9% superior ao volume médio de absorção dos últimos quatro anos. Este resultado foi alcançado pelo fecho de 32 operações, incluindo 7 operações com mais de 1.000 m2.

Até ao final de 2023, é esperada a conclusão de aproximadamente 35.700 m2 de novos espaços de escritórios com a Zona Out of Town a receber cerca de 19.000 m2. No primeiro semestre de 2023 foram concluídos 5 projectos num total ligeiramente superior a 25.000 m2.

“No final dos primeiros seis meses do ano, é de salientar que o mercado de escritórios do Porto continua a demonstrar uma estabilidade notável. A construção de novos projectos de escritórios tem contribuído para atrair um leque diversificado de empresas de diferentes sectores e nacionalidades. Esta tendência é particularmente notória nas áreas próximas do Porto, como por exemplo Matosinhos. Todos estes factores fazem do Porto um destino cada vez mais atractivo para as empresas que procuram estabelecer uma presença num mercado dinâmico e com visão de futuro”, afirma Graça Cunha, offices associate da divisão do Porto da Savills Portugal.

Indústria & Logística
No final do 1º semestre de 2023, o mercado Industrial & Logístico nacional observou um volume de absorção total aproximadamente 308.000 m2, o que representa um aumento muito expressivo de 93% face ao período homólogo de 2022.

Na região da Grande Lisboa, o 1º semestre encerrou com um volume de absorção sensivelmente acima dos 131.000 m2, com a performance do primeiro trimestre a ser determinante para os resultados alcançados. Os eixos logísticos de Alverca-Loures e Azambuja – Vila Franca de Xira registaram os maiores volumes de absorção com 66.264 m2 e 31.025 m2, respectivamente. No total foram fechadas 21 operações, sendo que 57% das mesmas foram direccionadas para a ocupação de activos logísticos e as restantes destinadas a ocupação de armazéns.

Entre os projectos que merecem maior destaque estão o Parque Logístico de Benavente com 90.000 m2, o Montepino Castanheira do Ribatejo com 100.000 m2 e o VGP Sintra, que disponibilizará 24.000 m2 de modernas instalações logísticas. Adicionalmente, em 2025, é expectável a conclusão do Panattoni Park Loures, com 90.000 m2.

No primeiro semestre do ano o mercado do Porto & Norte apresentou resultados muito promissores, com um volume total de absorção de 110.000 m². Para os anos de 2023 e 2024, o mercado de indústria & logística na região do Grande Porto apresenta um pipeline de aproximadamente 130.000 m², particularmente concentrado nas áreas de mercado da Trofa – Famalicão, Valongo e Maia. É de salientar que mais de 40% deste novo stock já se encontra pré-arrendado, o que reforça a forte procura do mercado e a confiança das empresas na região.

Um dos projectos proeminentes que contribui para o crescimento do mercado é o Panattoni Park Valongo, que vem acrescentar 75.000 m2 ao stock.

“Apesar do clima económico incerto, o segmento Industrial & Logístico tem verificado um crescimento bastante expressivo em Portugal. A escassez de imóveis disponíveis e de espaços para construção, associadas a uma elevada procura, são os maiores desafios do sector actualmente. No entanto, estes factores potenciam também uma maior atenção a este segmento do imobiliário, com o aumento de projectos que oferecem padrões de qualidade mais elevados”, sublinha Pedro Figueiras, head of I&L da Savills Portugal.

Retalho
As vendas a retalho em Portugal cresceram 3,1%, em termos homólogos, em Maio de 2023, o que representa uma subida de 0,6 p.p. face a Abril de 2023 (2,5%), tendo-se registado o maior aumento anual dos últimos quatro meses. O segmento dos Produtos Alimentares registou um aumento de 2,8%, enquanto os Produtos Não Alimentares subiram 3,2%.

O comércio electrónico é um dos agentes responsáveis pelo crescimento do segmento, com uma previsão de receitas na ordem dos 4,72 mil milhões de euros em Portugal até ao final de 2023. Até 2027, este parâmetro deverá alcançar um volume de 7,36 mil milhões de euros. Paralelamente, até 2027, espera-se ainda que o número de utilizadores de comércio electrónico em Portugal ascenda a 5,82 milhões.

De acordo com um levantamento realizado pela Savills Portugal, registaram-se 119 aberturas de novas lojas no primeiro semestre do ano, sendo que a grande maioria (56%) pertence ao sector de Restauração, seguido do sector de Moda & Acessórios (25%).

“Após dois anos de fortes restrições, o retalho emergiu em 2023 num novo contexto. A vida mudou, a tipologia de cliente e as suas necessidades mudaram e o retalho tem vindo a adaptar-se de forma resiliente e surpreendente. Como sabemos, um dos principais factores de sucesso da actividade de retalho em Portugal é o turismo, que alavancou de forma inequívoca o crescimento da oferta de restauração, sobretudo nas cidades de Lisboa e Porto”, realça José Galvão, head of retail, Savills Portugal.

Residencial
Durante o primeiro semestre de 2023, o número de transacções de imóveis residenciais diminuiu 19% em comparação com o primeiro semestre de 2022, passando de 82.752 imóveis vendidos em Portugal Continental para 66.624 negócios fechados até agora.

No final do 1º semestre de 2023, a capital portuguesa foi responsável pela maior parte das transacções, contabilizando 4.387 habitações vendidas, uma diferença de 27% face ao 1º semestre de 2022 (5.963).

Miguel Lacerda, Lisbon residential director, refere: “Estes números não surpreendem, uma vez que o mercado ainda se encontra num período de maior cautela e ponderação por parte dos potenciais compradores. Além disso, os constantes aumentos das taxas de juro, as regras de financiamento bancário mais rigorosas, a acessibilidade da habitação e as alterações demográficas, têm sido factores que pesam bastante na decisão. No entanto, os mercados de gama alta e alta têm registado um bom desempenho e um crescimento constante.”

O Porto, por sua vez, registou 2.969 negócios e fechou o primeiro semestre do ano com uma quebra de 19% face ao período homólogo de 2022.

João Leite de Castro, commercial director, Savills Porto Division, afirma: “Os números registados no primeiro semestre do ano eram já expectáveis. No entanto, o mercado do Porto continua a demonstrar grande resiliência, sendo um dos destinos de eleição de pessoas e empresas oriundas de outras geografias que escolhem a cidade para morar e trabalhar. Fruto do grande desenvolvimento de que tem sido alvo o tecido urbano da cidade, as perspectivas para o mercado da região, são muito animadoras.”

No primeiro semestre, os preços médios de venda de imóveis novos na Grande Lisboa, Grande Porto e Algarve atingiram 5.847€/m2, 4.127€/m2 e 4.879€/m2, respectivamente.

Turismo

Até Junho de 2023, registaram-se mais de 34 milhões de dormidas em Portugal, o que representa um crescimento de cerca de 11% e um recorde no número de dormidas acumuladas no primeiro semestre do ano face a igual período de 2019 (30,8 M). Os estrangeiros representam 71% do total de estadias até agora, enquanto o turismo doméstico reflecte os outros 29%.

Durante o primeiro semestre do ano, Portugal recebeu um total de 13,6 milhões de hóspedes. No que diz respeito à evolução dos turistas no país, registou-se um aumento de 10% no número acumulado de viajantes na comparação entre os números do 1º semestre de 2023 e do primeiro semestre de 2019 (12,2 M).

Na primeira metade do ano abriram 59 novas unidades hoteleiras, num total de 2.800 quartos, sendo que 80% destes novos alojamentos estão localizados na Região da Grande Lisboa, Alentejo, Porto e Região Norte.

“Devido à excelente performance e recuperação dos KPI´s do turismo nacional, o sector de Hospitality é cada vez mais um destino de investimento apetecível e os números demonstram isso mesmo. O sector continua a inovar e a atrair um leque cada vez mais diversificado e sofisticado de grupos hoteleiros e gestoras de activos internacionais que pretendem expandir e diversificar as suas carteiras de activos. Portugal está no radar destes investidores, que procuram produto de qualidade, sustentável e competitivo”, sublinha Luís Clara, associate, Capital Markets, Savills Portugal.

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Breathe Homes apresenta novo projecto ‘Red in Blue’

Localizado no Bairro Azul, junto ao El Corte Ingles, o ‘Red in Blue’ apresenta-se com a assinatura “La Vie en Red”. A comercialização está a cargo da JLL e da Dils, em co-exclusividade

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A JLL, em co-exclusividade com a Dils, está a comercializar o ‘Red in Blue’, um novo projecto residencial promovido pela Breathe Homes. Localizado no Bairro Azul, junto ao El Corte Ingles, o ‘Red in Blue’ apresenta-se com a assinatura “La Vie en Red” ilustrando um posicionamento de quem procura um estilo de vida “vibrante” no coração da cidade, “elevado conforto”, a par de um “sentido de comunidade”.

Com uma arquitectura contemporânea, o ‘Red in Blue Residences’ reflecte um novo conceito de habitação a duas cores projectado para proporcionar aos seus residentes “elevado nível de conforto, exclusividade e intimidade”, com o “ADN de um edifício que se ergue num Bairro”.

O edifício conta com sete apartamentos distribuídos por seis pisos, e com uma oferta a duas cores – os apartamentos Red, com tipologias T2, e os apartamentos Blue, orientados para T4 e desenvolvidos no último piso, com vista privilegiada na cidade.

Além do design e arquitectura, ‘Red in Blue’ é uma “resposta completa em matéria de qualidade de vida e bem-estar” pois oferece nas suas infraestruturas uma piscina interior, ginásio, parque privativo de cerca de 15 lugares, storage inteligente, alta tecnologia de acessos e serviço de porteiro. As cozinhas são ainda equipadas por eletrodomésticos Gaggenau, reconhecidos mundialmente pela sua qualidade excepcional, design sofisticado e tecnologia avançada.

A localização do empreendimento oferece ainda fácil acesso a serviços, comércio, espaços culturais e áreas verdes. A proximidade ao metro de São Sebastião e às principais vias de acesso da cidade assegura uma mobilidade prática e rápida.

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Dinâmica construtiva contrasta com a quebra no licenciamento

Segundo o INE, entre 2011 e 2023, a dinâmica construtiva potencial foi de 5,4%, medida pelo número de fogos licenciados face ao total de fogos existentes em 2011. O documento, que faz uma análise territorial da construção de edifícios em Portugal, salienta que, no mesmo período, o licenciamento de obras registou tendência decrescente

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De acordo com a análise “Pressão Construtiva 2011-2023”, publicada hoje pelo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a dinâmica construtiva potencial foi de 5,4%, medida pelo número de fogos licenciados face ao total de fogos existentes em 2011.

Numa análise por regiões NUTS II, apenas o Norte e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira superaram aquele valor, com 7,3%, 6,8% e 5,8%, respectivamente. “O maior dinamismo construtivo do Norte ficou patente nos valores mais elevados do país, registados no Cávado (9,7%), Ave (8,9%), Área Metropolitana do Porto (7,4%) e nas regiões do Tâmega e Sousa e do Alto Minho (ambas com 7,2%)”, refere o INE. Segundo a mesma análise, “o instituto estatístico, no Cávado e na Área Metropolitana do Porto o crescimento da construção coincidiu com o aumento da população residente entre 2011 e 2023 (+4,8% e +2,5%, respectivamente)”.

O documento, que faz uma análise territorial da construção de edifícios em Portugal entre 2011 e 2023, salienta que, no mesmo período, o licenciamento de obras registou uma ligeira tendência decrescente no número de edifícios e pisos, com taxas médias de crescimento anual de -0,6% e -0,5%. “O total de edifícios e pisos licenciados foi de 216,2 mil e 419,8, pela mesma ordem. Para esta diminuição contribuíram a maioria das regiões”, com excepção de Setúbal, grande Lisboa e Região Autónoma da Madeira onde o licenciamento de edifícios e de pisos registaram taxas médias de crescimento anual positivas.

Quanto aos valores médios relativos ao licenciamento, registou-se uma ligeira diminuição da construção em altura, de 1,8 pisos por edifício em 2011 para 1,7 pisos por edifício em 2023. Já nos fogos licenciados, destacaram-se as tipologias T3 ou superior, com uma média de 4,1 divisões por fogo licenciado em 2023, inferior à média de 4,6 divisões por fogo licenciado registada em 2011.

A construção nova foi o tipo de obra predominantemente licenciada em Portugal na maioria dos anos entre 2011 e 2023.  A excepção vai para o período entre 2012 e 2014, onde as obras de reabilitação do edificado (alterações, ampliações e reconstruções) superaram o licenciamento para construção nova. No total, as obras de reabilitação registaram uma trajectória de crescimento entre 2011 e 2012, ano em que atingiram o valor mais elevado do período analisado, com 60,2 licenças por cada 100 construções novas. Em 2023, este indicador situava-se nos 30,3, refere o INE.

Analisando a pressão construtiva o Instituto de Estatística refere que esta “evidenciou fortes assimetrias regionais”, registando maior intensidade nas zonas litorais e metropolitanas.  Os valores mais elevados no eixo da área construída observaram-se na Área Metropolitana do Porto e na Grande Lisboa, enquanto o Algarve, a Península de Setúbal e o Cávado se destacaram por conjugarem a pressão construtiva quer na área construída, quer na altura. Enquanto na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto o crescimento concentrou-se sobretudo na pressão em área.

Já no eixo da altura, o INE destaca ainda algumas regiões fora dos grandes centros urbanos, como o Alentejo Litoral, Baixo Alentejo, Terras de Trás-os-Montes e Médio Tejo, com dinâmicas localizadas de verticalização. Em sentido inverso, o Alto Minho, a Grande Lisboa e a Beira Baixa registaram os valores mais negativos neste indicador.

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Jungheinrich define estratégia de crescimento até 2030

O novo marco estratégico para o próximo período de cinco anos, a ‘Estratégia 2030+’, propõe-se a alcançar 10 MM€ e um EBIT ROS (retorno de vendas) de 10% numa base orgânica

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A fornecedora de soluções de intralogística e automação, Jungheinrich, apresentou o seu novo marco estratégico para o próximo período de cinco anos.  A ‘Estratégia 2030+’ propõe-se a alcançar 10 mil milhões de euros e um EBIT ROS (retorno de vendas) de 10% numa base orgânica até 2030.

Desta forma, a empresa pretende “desenvolver” as suas raízes profundas e grande potencial para se transformar num parceiro global ainda mais forte para os seus clientes, fornecendo soluções de movimentação de cargas de valor excepcional.

Com base no seu negócio principal na Europa, as áreas chave de actuação da Jungheinrich incluirão uma maior expansão global, com foco na América do Norte e na Região da Ásia-Pacífico (APAC), um crescimento significativo e inovação no negócio de automatização de armazéns, tal como extensão do portfólio de produtos para veículos industriais de tecnologia Mid-Tech.

A empresa prevê que os principais impulsionadores do mercado se mantenham favoráveis, mesmo em contextos de volatilidade geopolítica. É esperado que a procura por soluções de movimentação de cargas continue a aumentar, particularmente na área de automatização de armazéns, cuja estimativa é de um crescimento médio de 8% nos próximos cinco anos.

Segundo Lars Brzoska, presidente do Conselho de Administração da Jungheinrich, a equipa da Jungheinrich está focada em “capacitar os nossos clientes, para que possam manter os compromissos assumidos”.

“Num contexto de mercado competitivo, queremos e devemos crescer mais rapidamente, tal como ser mais rentáveis. Com o crescimento geral expectável do mercado e a execução diligente das nossas iniciativas estratégicas, estamos confiantes de que seremos capazes de atingir os nossos objectivos”, ressalva.

Também segundo Volker Hues, director financeiro da Jungheinrich AG, a Estratégia 2030+ representa um “avanço importante” para garantir um futuro de sucesso. “Alcançámos um perfil financeiro sólido e uma flexibilidade que nos permite apoiar as nossas iniciativas de crescimento. Neste contexto, as aquisições irão desempenhar um papel fulcral na nossa estratégia a médio prazo, especialmente para impulsionar a nossa expansão global e os nossos negócios de automatização”.

A Jungheinrich irá concentrar-se em expandir ainda mais a sua presença na América do Norte e na APAC. Na América do Norte, planeia aumentar a penetração no mercado de empilhadores industriais e expandir o negócio de automatização e equipamentos de armazém, apoiando-se, por exemplo, na forte plataforma de Storage Solutions. Já na APAC, pretende crescer ainda mais nos mercados existentes e entrar em novos mercados seleccionados.

Além disso, a Jungheinrich planeia uma expansão dos canais de vendas através de revendedores e plataformas online, bem como o estabelecimento de um centro regional e centros de serviços empresariais para a APAC.

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Câmara de Setúbal vai investir 1,5M€ em dois projectos para Azeitão

A Câmara de Setúbal vai avançar com dois investimentos qualificadores do território azeitonense num montante superior a 1,5 milhões de euros

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A Câmara de Setúbal vai avançar com dois investimentos qualificadores do território azeitonense num montante superior a 1,5 milhões de euros, com a aprovação de um procedimento de contratação e de um projeto de execução.

Uma das deliberações diz respeito ao projeto de execução para conceção-construção do Auditório de Azeitão, já com empreitada adjudicada à empresa Colicapela 2 – Construções Lda., pelo valor de 898 mil e 733,88 euros, mais IVA, com um prazo de obra definido em 210 dias.

O Auditório de Azeitão procura dar resposta às necessidades crescentes da comunidade, ao disponibilizar-se como um espaço cultural versátil e moderno, passível de enquadrar uma variedade de eventos culturais, como apresentações musicais, teatrais, conferências e projeções de filmes.

A outra proposta é a abertura de um procedimento de contratação pública, por lotes, para uma empreitada de qualificação urbanística na envolvente do Auditório de Azeitão e do futuro Mercado de Brejos de Azeitão, o qual já está em obra, o preço-base global de 498 mil e 955 euros, mais IVA, com prazos de execução de, respetivamente, 120 e 60 dias.

A intervenção na envolvente dos dois equipamentos inclui limpeza, demolições e modelação de terrenos, a execução de áreas ajardinadas com rega, a construção de passeios e a criação de redes de drenagem pluvial, a par da instalação de mobiliário urbano, pinturas e sinalização rodoviária e colocação de iluminação e infraestruturas elétricas.

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Novo pólo escolar em Sintra representa investimento de 16M€

A construção do Novo Pólo Escolar da Serra das Minas será construída num terreno de 25 mil m². Com capacidade para 38 turmas, o novo estabelecimento de ensino poderá acolher cerca de 1000 alunos em regime normal

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A Câmara Municipal de Sintra assinou o contrato para a concepção e construção do Pólo Escolar da Serra das Minas, em Rio de Mouro, num investimento de 16,3 milhões euros. Este projecto faz parte do reordenamento da rede escolar proposto pela Carta Educativa de Sintra de 2.ª geração, que visa criar um parque escolar atractivo e adequado às necessidades da população.

Durante a cerimónia, Basílio Horta, referiu que o “executivo continua a cumprir o seu dever ao criar condições de dignidade no ensino. Este investimento é mais um passo na melhoria das infraestruturas escolares, contribuindo para um ambiente educativo de maior qualidade no concelho”.

A construção do Novo Pólo Escolar da Serra das Minas será baseada num modelo que define a escola como um espaço de incentivo à aprendizagem, respeitando as condicionantes de intervenção em edifícios de diferentes épocas e tipologias. A nova escola será construída num terreno de 25 mil m², adjacente à escola secundária de Mem Martins, e contará com infraestruturas para os três ciclos do ensino básico. A distribuição dos espaços será ajustada à evolução da população escolar, preparada para oito turmas para o 1.º ciclo e 30 turmas para os 2.º e 3.º ciclos. Com capacidade para 38 turmas, o novo estabelecimento de ensino poderá acolher cerca de 1000 alunos em regime normal. O edifício será composto por oito salas de aula para o 1.º ciclo, 22 salas para os 2.º e 3.º ciclos, quatro salas de tecnologias de informação e comunicação/artes visuais, um núcleo de ciências com cinco laboratórios, auditório, biblioteca, sala de convívio, cozinha, bar e papelaria.

Em termos de espaços desportivos, a escola contará com dois campos de jogo exteriores, pavilhão gimnodesportivo, ginásio, sala técnica para professores, balneários para alunos e professores, zona de arrumos, área comum e instalações sanitárias para o público.

A construção do Pólo Escolar da Serra das Minas, tem um prazo de execução de 540 dias. Este investimento vem juntar-se à construção do Pólo Escolar Ferreira Dias, em Agualva, cuja empreitada foi adjudicada pela autarquia de Sintra em Dezembro de 2024, num investimento superior a 27 milhões de euros. Desde 2018, o Plano de Investimentos nas Escolas de Sintra permitiu requalificar mais de 120 estabelecimentos de ensino, beneficiando mais de 30 mil alunos, num investimento superior a 57 milhões de euros.

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Savills coloca sociedade de advogados MMLaw no Atrium Saldanha

Segundo a MMLaw, a mudança para a nova fracção, localizada no 8º piso deste activo, acompanha o “crescimento” da equipa e da actividade da sociedade

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A sociedade de advogados MMLaw acaba de reforçar a sua presença em Lisboa com a abertura da nova sede no edifício Atrium Saldanha. A operação de arrendamento foi conduzida pela equipa de escritórios da Savills Portugal, que prestou assessoria à MMLaw em todo o processo de identificação e negociação do novo espaço.

A mudança para a nova fracção, localizada no 8º piso deste activo, acompanha o “crescimento” da equipa e da actividade da sociedade, reflectindo a aposta em espaços mais amplos, modernos e alinhados com a sua visão de futuro.

Especializada em áreas como blockchain, Web3, fintech e energia, a MMLaw destaca-se por uma abordagem “inovadora” e por um “profundo” conhecimento jurídico em matérias como fiscalidade, direito societário e fusões e aquisições.

Com uma equipa internacional e uma rede global, presta apoio jurídico contínuo a clientes em toda a União Europeia e noutras geografias, consolidando a sua posição enquanto parceiro estratégico em sectores altamente regulados e tecnológicos.

O Atrium Saldanha é um dos edifícios de escritórios mais emblemáticos da cidade de Lisboa, da autoria do arquitecto espanhol Ricardo Bofill e por se encontrar no coração do eixo empresarial da cidade, torna-se atractivo para empresas inovadoras e em crescimento.

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Prémios AGEFE distinguem boas práticas das empresas de material eléctrico

O Prémio Fornecedor do Ano, promovido pela Secção de Distribuidores Grossistas da AGEFE, voltou a distinguir as empresas que mais se destacaram em 2024 no sector de material eléctrico em Portugal. Pela primeira vez os prémios AGEFF incluiu a Mobilidade Eléctrica como categoria a concurso

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Todos os anos estes prémios têm como grande objectivo fomentar a geração de valor na cadeia de distribuição, potenciando uma articulação cada vez mais qualificada entre a distribuição e os seus fornecedores.

Este reconhecimento valoriza a excelência, o desempenho, a inovação e a qualidade da relação de serviço e desempenho do sector que abrange as empresas de material eléctrico, sublinhando também o papel estratégico que as empresas desempenham na evolução do sector de material eléctrico a operar em território nacional.

Nesta edição, os galardões foram atribuídos em sete categorias, com a introdução de uma nova distinção, mobilidade eléctrica, reflectindo a diversidade e a especialização dos segmentos que compõem a indústria de material eléctrico em Portugal. Os vencedores foram seleccionados com base em critérios exigentes, incluindo qualidade dos produtos, eficiência logística, suporte técnico e compromisso com a inovação. Assim, na categoria ‘Automação, Controlo e Instrumentalização’ foi distinguida a Finder; na categoria ‘Cabos’ o vencedor foi a General Cable Celcat; a Legrand venceu na categoria ‘Comunicação, Redes e Segurança’; na categoria ‘Distribuição de Energia’ o prémio foi atribuído à Hager; a Ledvance venceu na categoria ‘Iluminação’; na categoria ‘Material de Instalação’ a Obo Bettermann foi o Fornecedor do Ano. A nova categoria ‘Mobilidade Eléctrica’ premiou a Wallbox.

“Vivemos tempos exigentes. A instabilidade geopolítica, as pressões económicas sobre a Europa, as exigências da transição energética, a transformação que está a ocorrer nomeadamente no mercado da distribuição obrigam-nos a repensar modelos e reforçar competências e, essencialmente, a criar valor com base na colaboração mútua”, sublinhou José Coutinho, presidente do Conselho de Secção de Distribuidores Grossistas, AGEFE.

Através desta iniciativa, a AGEFE – Associação Portuguesa da Indústria Electrodigital – reafirma o seu compromisso em promover práticas de excelência no sector, fomentar relações sólidas entre os diversos agentes na área do material eléctrico e incentivar a inovação como motor de desenvolvimento. A edição deste ano voltou a evidenciar a importância da colaboração entre todos os intervenientes da cadeia de valor, reforçando a dinâmica positiva e sustentável do sector de material eléctrico em Portugal.

Neste encontro do sector de “Material Eléctrico 2025” reuniram-se 65 empresas, associadas e não associadas, entre as quais 24 distribuidoras grossistas e 37 importadoras e fabricantes de material eléctrico, contando com a participação de mais de 160 profissionais do sector, tendo sido a maior participação de sempre.
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Arquitectura

Guimarães vai pensar cidade e habitação

“Housing Symposium Guimarães 2025” decorre entre 29 e 31 de Maio. Especialistas internacionais e nacionais reúnem-se no Centro Cultural Vila Flor para pensar novas formas de habitar e viver na cidade

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Novas formas de pensar a habitação e garantir respostas arquitectónicas adequadas às necessidades de cada época. Este é um dos motes do evento “Housing Symposium Guimarães 2025”, que vai reunir alguns dos principais nomes da arquitectura contemporânea, entre os dias 29 e 31 de Maio, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
Este fórum de reflexão, promovido pela Fundação Ideal Spaces, Câmara Municipal de Guimarães, Grupo Zegnea e Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho, vai abordar três temáticas diferentes ao longo dos três dias do simpósio, com moderação do alemão Ulrich Gehmann, fundador da “Ideal Spaces”, e da arquitecta Mariana Rodrigues, do Grupo Zegnea.

«As cidades e as sociedades encontram-se num processo permanente de mudança. Discutir, pensar e reflectir sobre ‘Housing’ é falar sobre identidade, pertença e as dinâmicas que moldam a sociedade, a cultura e a forma como vivemos. Este simpósio surge de uma inquietação sobre este tema, que será sempre central na arquitectura», considera Hugo Ribeiro Lobo, CEO do Grupo Zegnea.

A abertura do certame, na quinta-feira, é dedicada ao conhecimento e entendimento da “Cidade” enquanto organismo vivo, a sua adaptabilidade social, pluralidade cultural, políticas públicas e a sua condição humana, que a torne diversificada e inclusiva.

No primeiro dia, o americano Jason Montgomery, arquitecto e professor na Universidade Católica dos EUA, abre o painel “Cidade: A Natureza Humana”, seguindo-se as intervenções de António Fontes, da Cerejeira Fontes Arquitectos, e de Paulo Castelo Branco, da Mo(o)ve Arquitectos.

O dia inaugural termina com o painel “Cidade: Passado, Presente, Amanhã”, com o uso da palavra a cargo de Ricardo Rodrigues, director da Divisão do Centro Histórico da Câmara Municipal de Guimarães, Maria Manuel Oliveira, professora da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e de Magali Peyrefitte, professora da Universidade de Brunel, em Londres, Inglaterra.

Habitação como prioridade
O tema da “Habitação” vai dominar o segundo dia do simpósio. “Porquê… Como… Quem… Planeia?” vão merecer a atenção do indiano Loveneet Thaku, da professora da Escola de Geografia, Ambiente e Ciência da Universidade de Birmingham, Sophie Hadfield-Hill (14h50) e do arquitecto Pedro Sousa, director do Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Guimarães.

O dia de sexta-feira encerrará com a temática habitacional “Onde… Como… Quem… Vive?”, com o arquitecto Hugo Ribeiro Lobo, CEO do Grupo Zegnea, seguindo-se uma intervenção do arquitecto André Fontes, professor da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e da Escola de Arquitectura de Bergen (Noruega). O painel fica concluído com a arquitecta Sara Brysh, doutorada em habitação colectiva e co-fundadora da Etsha Studio.

O último dia de simpósio será momento destinado a compreender as novas tipologias habitacionais, os novos estímulos e as relações entre o Homem e o espaço que o rodeia.

Jason Montgomery abre o painel “Espaço: Como Pensamento Criativo”. Segue-se uma intervenção do arquitecto Ivo Oliveira, professor da Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho, finda a qual intervém Adelina Pinto, diretora do Departamento de Habitação do Território de Guimarães.

O sexto e derradeiro painel “Espaço: Como Pensamento Construído” terá como oradores Luís Reis, arquitecto do Grupo DST, e de Jorge Branco, professor da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. A Porcelanosa fecha a primeira edição do “Housing Symposium Guimarães 2025”.

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Imobiliário

Kronos Homes investe 150 M€ em primeiro projecto mixed-use

Assinado pelo atelier Broadway Maylan, o Mima é composto por quatro edifícios distintos e complementares que integram residencial, hotelaria e apartamentos turísticos

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A Kronos Homes apresenta o seu novo investimento urbanístico em Lisboa, num dos últimos terrenos para construção disponível no Parque das Nações. Este empreendimento representa um marco significativo para a promotora ao ser o primeiro projecto mixed-use desenvolvido pela marca em Portugal, integrando residencial, hotelaria e apartamentos turísticos. Com um investimento global de 150 milhões de euros, dos quais 25 milhões são destinados à componente hoteleira, o Mima afirma-se como uma proposta “ambiciosa e estratégica” para a capital.

Assinado pelo atelier Broadway Maylan, o Mima é composto por quatro edifícios distintos e complementares, desenhados para proporcionar uma experiência “integrada, funcional e sofisticada”, ao estilo das principais capitais europeias.

O edifício residencial, Mima Residences, já em fase de comercialização, conta com 51 apartamentos de tipologias T1 a T4 e valores a partir dos 600 mil euros. O edifício conta, ainda, com piscina, ginásio, jardim e recepção com segurança, e foi desenhado para tirar partido da luz natural e das vistas privilegiadas sobre o rio Tejo.

A componente turística do projecto é assegurada por dois edifícios autónomos, o Mima Living, que disponibilizam um total de 180 apartamentos com serviços integrados nas tipologias T1 e T2, com áreas entre os 45m² e os 70m². Estas unidades serão vendidas totalmente mobiladas e equipadas, com acesso a piscina, ginásio, zonas ajardinadas e serviços de gestão turística.

O empreendimento contará, ainda, com uma unidade hoteleira de quatro estrelas, operada sob a insígnia Tempo by Hilton, uma das mais recentes marcas internacionais do grupo Hilton, concebida para viajantes modernos que valorizam bem-estar e estilo de vida equilibrado. O hotel, que será um dos três primeiros da marca a abrir portas na Europa, ao lado de localizações como Belfast e Reiquiavique, terá 142 quartos e integrará também um espaço de fitness, bem como uma área de restauração e bar.

Esta aposta estratégica reflecte a “evolução do posicionamento” da Kronos Homes no mercado português, onde a promotora tem vindo a “consolidar um portefólio de empreendimentos de elevada qualidade arquitectónica e impacto urbano”.

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Construção

Baralhar e dar de novo

A AD de Luís Montenegro foi a vencedora da noite eleitoral. Reforçou a sua presença no Parlamento e a distância face ao seu adversário histórico (PS). Mas o resultado foi dos mais baixos de sempre e, sem maioria absoluta, terá de negociar com PS e Chega para conseguir governar. Em mãos terá, no entanto, um conjunto de obras que estavam já delineadas e que abrandaram o desenvolvimento à conta da incerteza em torno do novo Executivo. Ultrapassado o impasse, há um conjunto relevante de trabalhos em condições de avançarem

Ricardo Batista

Encerradas as urnas e contados os votos, poder-se-á dizer que as Eleições Legislativas do passado dia 18 de Maio serviram, sobretudo, para reforçar a posição da Aliança Democrática como partido de Governo. A coligação liderada por Luís Montenegro reuniu 32,10% do total de votos, reforçando assim a sua presença no Parlamento ao passar de 77 (nas Legislativas de 2024) para 86 deputados. Ignorando, para já, as leituras do desenho parlamentar, que tem, a partir de agora, os partidos de Direita com uma significativa maioria dos deputados, há hoje condições para que PSD e CDS-PP possam continuar a implementar o programa sufragado no ano passado, nomeadamente medidas suspensas momentaneamente à conta da incerteza governativa.
A Aliança Democrática propõe-se execu¬tar 59 mil casas públicas a preços acessíveis e disponibilizar financiamento para mais projectos municipais, num universo global não quantificado. O programa eleitoral da AD tem a particularidade de reassumir algumas das linhas que o Governo vinha assumindo, não sendo por isso de estranhar que, em muitas das alíneas que constam no documento, o tempo verbal usado seja o pretérito perfeito e não o futuro. Falamos, nomeadamente, da “flexibilização das limitações de ocupação dos solos, densidades urbanísticas (incluin¬do construção em altura) e exigências e requisitos construtivos, bem como a possi¬bilidade de aumento dos perímetros urbanos, garantindo uma utilização do território de forma sustentável e socialmente coesa e harmoniosa para garantir acesso à ha¬bitação” ou mesmo na área da coesão do território, onde a AD recorda que “assinámos contratos para construção de 124 novos centros de saúde e requalificá¬mos 347 unidades já existentes, com investimentos de 272,8M€ e de 274,9M€, respe¬ctivamente” ou as “26 escolas no Norte e Algarve através do PRR”.

Ambicioso plano rodoviário
De recordar que estava em ‘banho-Maria’ o plano anunciado em Março para o desenvolvimento da rede ferroviária e rodoviária, com o objectivo de impulsionar a “coesão territorial” e melhorar a mobilidade do país. O Conselho de Ministros aprovou as prioridades estratégicas para a ferrovia, com foco em garantir a interligação eficiente entre as principais áreas urbanas e reforçar as ligações transfronteiriças, incluindo Espanha. A Infraestruturas de Portugal (IP) foi mandatada para realizar os estudos necessários e viabilizar um conjunto de investimentos, nomeadamente a avaliação das opções para uma ligação directa da Linha do Oeste a Lisboa ou o reforço das ligações transfronteiriças a Espanha, incluindo a ligação de Alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, a ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e a ligação de Alta Velocidade entre Faro/Huelva. “É determinante para Portugal recuperar o atraso na ferrovia. Definir prioridades e apostar na modernização ferroviária é um processo complexo que se arrasta há anos e que temos de ter a coragem de prosseguir se queremos honrar os compromissos internacionais”, explicou, na altura o ministro das Infraestruturas Pinto Luz. A Resolução do Conselho de Ministros aprovada confirma também as prioridades de desenvolvimento da rede ferroviária de Alta Velocidade actualmente em curso (Porto-Lisboa, Porto-Vigo e Lisboa-Madrid) bem como da rede ferroviária convencional. No plano rodoviário, destacar um conjunto de novas vias como prioritárias, como a ligação transfronteiriça IC31 entre Castelo Branco e Monfortinho; o IC35 que liga Sever do Vouga à A25; o IC6 entre Tábua e Folhodosa; a conclusão do corredor da A13/IC3 que incluí os troços entre Vila Nova da Barquinha (A23) e Almeirim e entre Coimbra e o IP3; a ligação do IP2 em Trancoso à A24 na zona de Lamego com a execução do IC26; o IC9 entre Abrantes e Ponte Sor; o troço do IC11 em Lourinhã; IC13 ligando Montijo, Coruche, Mora, Ponte Sor e Alter do Chão; IP2 em perfil de autoestrada entre Portalegre e Estremoz. Do mesmo modo, está prevista a concretização em perfil de autoestrada de todo o troço do IP3 entre Souselas e Viseu, que inclui a duplicação do troço entre Santa Comba Dão e Viseu cuja obra está já prevista ser iniciada entretanto.

Aeroporto e ferrovia
Consolidada parece estar a questão do decisor que, aparentemente, estará agora mais à vontade para lidar com os processos da alta-velocidade e novo aeroporto Luís de Camões. a abertura do Congresso Rodoferroviário Português, em Lisboa, Miguel Pinto Luz defendeu que quando se desenha infraestruturas é necessário “ter visão nas políticas públicas de saúde, justiça, sociais”, por forma a não serem “meros veículos para mais desequilíbrio territorial e injustiça”. O ministro assegurou que o Governo teve uma preocupação com a justiça territorial, tendo tido esta visão em conta nos investimentos feitos durante a legislatura. Esta abordagem verifica-se, por exemplo, no investimento na Área Metropolitana e Lisboa, disse o ministro, nomeadamente com o Aeroporto Luís Vaz de Camões que tem agora “a sua localização absolutamente definida e cristalizada”, possibilitando “definir território”. É o que está a ser feito com o parque Cidades Tejo, no reforço da A12, A13, com o metro Sul do Tejo e a terceira travessia do Tejo, enumerou Pinto Luz, reiterando que isto está a acontecer “concomitantemente com uma visão infra-estrutural que se tem de dar às pessoas que se deslocarem a este território para viver”. Para o ministro, não podem ser criados “guetos onde há grandes infra-estruturas” que depois podem não ter impactos se não existir uma visão geral. Já na Alta Velocidade, notou, o mesmo está a ser feito, nomeadamente na educação, com a articulação com institutos e universidades e com uma “aposta nos centros logísticos no território para a alta velocidade não cair de pára-quedas num território não infra-estruturado”. Em 14 de Maio de 2024, o Governo aprovou a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro em Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI). Uma nova ponte entre Chelas e o Barreiro, e um túnel entre Algés e a Trafaria poderão aproximar ainda mais as duas margens da área metropolitana de Lisboa. Entre as duas infraestruturas, apenas uma tem um horizonte mais definido: a ponte, conhecida como Terceira Travessia do Tejo, que avançará com a construção do novo Aeroporto de Lisboa. Já o túnel permanece, para já, como uma intenção do Governo, bem como uma reivindicação antiga dos municípios de Almada e Oeiras, especialmente Almada. A oeste da Ponte 25 de Abril, está a ser proposto um túnel imerso entre Trafaria, em Almada, e Algés, em Oeiras. Não se trata de uma ideia nova, mas de uma reivindicação antiga das autarquias de Almada e de Oeiras, em particular da primeira – a Presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, tem vindo a defender em várias intervenções públicas essa infraestrutura, até como forma de levar o MTS, o metro ligeiro de superfície que percorre os concelhos de Almada e do Seixal, até à Margem Norte, a partir da Trafaria. A Câmara de Almada estima um custo de 1,1 mil milhões de euros para a construção do túnel, com um prazo previsto de sete anos. O projecto é apoiado também por Isaltino Morais, Presidente da Câmara de Oeiras, que considera a infraestrutura vital para o desenvolvimento económico e tecnológico da área metropolitana de Lisboa.

Saúde e ‘mega’ área metropolitana
Na saúde, na pasta das “prioridades”, além do Hospital de Todos os Santos, em Lisboa, e cujas obras estão já em marcha, está a construção do Hospital Central do Algarve, Hospital do Oeste, Hospital Barcelos-Esposen¬de, Hospital do Seixal, e garantir o terminus e a abertura do novo Hospital de Évora e de Sintra.
Em Março, já na antecâmara das Legislativas, o Executivo apresentou aos presidentes dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e ao presidente da Câmara de Benavente o projecto Parque Cidades do Tejo, “que pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”. Em causa está um projecto que contempla 4500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas, o equivalente a 55 vezes a Parque Expo, onde se prevê a construção de mais de 25 mil habitações. O ‘novo’ Governo tem então em mãos um plano onde “nos quatro eixos – Arco Ribeirinho Sul, Ocean Campus, Aeroporto Humberto Delgado e Cidade Aeroportuária – se requalificam territórios, onde se fomentam cidades em rede e onde se promove a economia circular, a habitação, o emprego e o aumento dos transportes públicos através do reforço das infraestruturas. Dá-se uso, vida e futuro a terrenos públicos nas margens do Tejo que há muitos anos estão totalmente desaproveitados”, indica a nota emitida pelo ministério das Infraestruturas e Habitação. Segundo o ministério liderado por Miguel Pinto Luz, o Parque Cidades Tejo contempla espaços habitacionais, de lazer, de investigação e de cultura, como a Ópera Tejo, um Centro de Congressos Internacional e a Cidade Aeroportuária.

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