Corredor do Lobito em marcha
Com a presença de três chefes de Estado – de Angola, João Lourenço, da RDC, Félix Tshisekedi, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema -, foi ontem assinado o contrato de transferência da concessão dos serviços ferroviários e logísticos com a Lobito Atlantic Railway , participado pela Mota Engil África, pela suíça Trafigura e pela belga Vecturis

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O início da concessão ferroviária do corredor do Lobito, uma infraestrutura estratégica para os três países africanos, Angola, República Democrática do Congo (RDC) e Zâmbia, foi assinalado com uma cerimónia que juntou no Lobito, os representantes máximos dos três países. A concessão foi ganha pelo consórcio formado pela Mota Engil África, pela suíça Trafigura e pela belga Vecturis, e irá gerir a infraestrutura ferroviária durante os próximos 30 anos. Está previsto um investimento de 455 milhões de USD, e que compreendem a aquisição de 1555 vagões e 35 locomotivas, aos quais acrescem outros 100 milhões de USD, financiados pela RDC, havendo potencial para a realização de investimentos adicionais no futuro, à medida que for explorada a oportunidade de estender o Corredor na Zâmbia.
“O dia de hoje, [4 de Julho] representa um virar de página no que diz respeito à economia desta nossa região”, sublinhou o Presidente angolano João Lourenço. “O corredor do Lobito que liga Angola à República Democrática do Congo, e cuja concessão que hoje aqui entregamos prevê a sua extensão a Zâmbia, vai seguramente dinamizar as exportações intra-africanas que para já apenas representam 14% do total efectuado para o resto do mundo”, frisou.
O contrato foi assinado pelo ministro dos Transportes de Angola, Ricardo de Abreu, enquanto pelo consórcio Lobito Atlantic Railway assinaram os representantes da Trafigura, Julian Roland, da Mota Engil, Carlos Mota Santos, e da Vecturis, Eric Welfare.
O Corredor Ferroviário do Lobito estende-se, em Angola, por quase 1.300 km passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico, e continua depois por 400 km na República Democrática do Congo até Kolwezi, o coração do “Copperbelt”, na Zâmbia, estando igualmente ligado à extensa rede ferroviária administrada pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo (SNCC).