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O Ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou que a economia portuguesa cresceu, entre 2019 e 2023, 5,1%, superando assim a média da zona Euro, que se situou nos 3,2%. Está ainda prevista, até 2027, uma estabilização da economia, segundo os indicadores do PIB, da inflação, da taxa de investimento e da taxa e desemprego.
O Governou apresentou hoje o Programa de Estabilidade 2023-2027 que será agora submetido à Comissão Europeia, juntamente com o Programa Nacional de Reformas (PNR) 2023, ambos os documentos recentemente aprovados em Conselho de Ministros.
Em conferência de imprensa Fernando Medina afirmou que revisão em alta do crescimento da economia deste ano para 1,8% (ligeiramente acima dos 1,3% previstos em Outubro) se deve principalmente à exportações, tratando-se estas um motor de crescimento “absolutamente benigno”. O Programa de Estabilidade prevê que as exportações cresçam 4,3% em 2023, em vez dos 3,7% antecipados no Orçamento do Estado para 2023. Já as importações vão crescer 3,7% em vez de 4,0% esperados em Outubro.
Referindo-se a este facto como uma “conquista importante”, o ministro afirmou que esta trajectória vai fazer com que de, 2019 a 2023, o PIB português supere “a média de crescimento da área do euro” e de alguns dos países com os quais Portugal se compara.
Inflação a diminuir de forma gradual e consistente
Para além da previsão de crescimento da economia portuguesa este ano, Fernando Medina referiu que o Governo reviu também em alta, para este ano, a taxa de inflação para 5,1% (acima dos 4% previstos em Outubro)
Assim, já a partir de abril, a mesma o deverá registar uma descida significativa, antecipando que, no segundo semestre, haverá meses com inflação inferior a 5,1%.
O Ministro adiantou que este ”fenómeno de descida da inflação tem a ver com o que está acontecer nos mercados da energia” e também na componente industrial. Fernando Medina avisa, contudo, que inflação mais baixa não significa descida de preços, mas aumentos mais lentos, ainda que possa ocorrer, em alguns bens, uma “diminuição efectiva de preços”.
Relativamente ao emprego, Fernando Medina disse que, em Abril de 2023, o mesmo atingiu um novo máximo histórico de 4,924 milhões de pessoas e esse tem sido “um dos grandes factores de resiliência da população portuguesa”. “O nosso mercado de trabalho, neste momento, está a criar oportunidades de emprego a mais para as pessoas que estão a procurar esse mercado de trabalho e por isso nós temos um aumento da população empregada”, explicou. “Mas não as está a criar na mesma dimensão do que aqueles que estão a entrar no mercado, daí este aumento também da taxa de desemprego”, continuou Fernando.
Para 2024, o Governo estima que o desemprego desça para 6,4%, em 2025, para 6,2%; em 2026, para 6%; e, em 2027, para 5,8%.
Quanto ao défice orçamental, o responsável da pasta das Finanças referiu que o mesmo se deverá situar em 0,4% este ano, abaixo dos 0,9% inscritos no Orçamento do Estado. Trata-se do mesmo valor do que o registado em 2022, o que compara com a projecção de 0,9% inscrita no OE2023, submetida em Outubro.
O PE prevê ainda que o défice continue a reduzir-se ao longo do horizonte de projecção, caindo no próximo ano para 0,2% e, em 2025, para 0,1%. Segundo as previsões, o ponto de equilíbrio chega em 2026, seguido de um excedente orçamental de 0,1%, em 2027.