Número de fogos em licenciamento aumenta 17%
Promoção residencial recupera para níveis de 2020. Gaia é o principal destino de promoção, com 2.800 novos fogos em carteira, mas Lisboa e Porto registam quebras de 16% e 23%, respectivamente, face a 2021
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Em 2022 foram submetidos a licenciamento municipal em Portugal Continental um total de 19.500 novos projectos de habitação que somam 43.800 fogos. Esta oferta projectada reflecte um aumento de 20% em número de projectos e de 17% em número de fogos face a 2021, ano em que o novo pipeline residencial contabilizou 16.300 novos projectos residenciais num total de 37.450 fogos. Feitas as contas, daqui resultou, em 2022, numa carteira com mais 3.200 projectos e mais 6.350 fogos do que no ano anterior. Os dados foram apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do Pipeline Imobiliário.
“A aceleração da actividade de promoção residencial é uma boa noticia, pois, a escassez de oferta é uma das preocupações estruturais deste mercado e um dos factores a sustentar a trajectória de aumento de preços mesmo num contexto de expectável abrandamento da procura devido à deterioração do poder de compra das famílias. Além disso, é também prova de que os promotores estarão a ajustar as suas estratégias face ao aumento de custos de construção, sem que isso implique necessariamente cancelar projectos. Mas, por outro lado, não podemos esquecer-nos que este crescimento de 2022 acontece face a um 2021 com quebras fortes, e especialmente que este nível de lançamento de nova oferta fica muito aquém da capacidade de absorção da procura”, justifica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.
O pipeline de 2022 recupera para os níveis de 2020. Recorde-se que no primeiro ano de pandemia, apesar dos receios iniciais de uma travagem brusca no lançamento de novas promoções residenciais, a actividade manteve-se em linha com 2019, ano que tinha marcado um recorde de novos fogos em pipeline (47.150). Em 2020, o pipeline residencial registou a submissão de 46.350 novos fogos a licenciamento. Ou seja, algum eventual efeito da pandemia no ritmo de promoção residencial acabou por fazer sentir-se em 2021, com uma quebra de 19% na actividade e com um pipeline que ficou abaixo de 2018.
Gaia lidera investimento
O pipeline de 2022 distribui-se por 278 concelhos do país, pese embora apenas sete concelhos concentrarem uma fatia de 26% do stock nacional, todos com mais de 1.000 fogos em carteira.
A liderança cabe a Vila Nova de Gaia, que em 2022 registou 2.800 novos fogos em licenciamento, ou seja, mais 690 fogos que em Lisboa, onde se contabilizam 2.120 novas unidades em pipeline; e mais 1.150 que no Porto, onde a carteira de nova promoção residencial contabiliza 1.650 fogos. Além disso, enquanto a actividade apresenta uma quebra de 16% em Lisboa e de 23% no Porto, em Gaia acelerou 29%. Entre os concelhos com mais de 1.000 unidades em licenciamento voltam a incluir-se ainda Matosinhos e Braga, e a constar, pela primeira vez, Oeiras e Guimarães, todos com pipelines de 1.000 a 1.500 unidades.
De destacar ainda a dinâmica em quase duas dezenas de outras cidades com mais de 500 fogos em pipeline, quase todas reflectindo forte aceleração da actividade. Naturalmente vários mercados das Áreas Metropolitanas de Lisboa (Seixal, Loures, Cascais, Almada, Mafra, Setúbal, Palmela e Sintra) e do Porto (Maia e Vila do Conde) integram esta lista, mas também segundas cidades a Norte como Famalicão e Barcelos; a Centro, casos de Aveiro, Viseu e Leiria; bem como do Algarve, onde se destacaram Loulé e Portimão.