Concurso de concepção-construção para a Linha Vermelha já arrancou
A comemoração dos 75 anos do Metropolitano de Lisboa foi pano de fundo para o lançamento do concurso público de concepção-construção da expansão da Linha Vermelha do Metro até Alcântara. A empreitada terá um custo de 405M€, com financiamento via PRR
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O Governo lançou hoje, 27 de Janeiro, o Procedimento de Contratação Pública com Publicidade Internacional de Empreitada de Concepção e Construção da Extensão da linha Vermelha a Alcântara.
Este é um novo passo rumo à concretização deste projecto inserido no Plano de Expansão e Modernização, depois do projecto ter recebido a Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Com uma extensão total de cerca de quatro quilómetros, o prolongamento da Linha Vermelha São Sebastião/Alcântara iniciar-se-á a partir da zona já construída, localizada após a estação São Sebastião, através de um troço em túnel construído junto ao Palácio da Justiça. Ao longo do traçado de túnel de via dupla prevê-se a construção de três novas estações subterrâneas – Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique e Infante Santo – e uma estação à superfície – Alcântara.
A conclusão deste prolongamento está prevista para o ano 2026, estando enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência 2021-2026, com um financiamento no montante de cerca de 405 milhões de euros.
“Enquanto projecto estruturante para a Área Metropolitana de Lisboa, o Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa tem como objectivo contribuir para a melhoria da mobilidade na cidade, fomentando a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promovendo a redução dos tempos de deslocação, a descarbonização e a mobilidade sustentável”, justifica a empresa pública.
O lançamento do concurso da empreitada teve como “palco” a sessão comemorativa dos 75 anos do Metropolitano de Lisboa, no Terreiro do Paço, que contou com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, do presidente da Câmara, Carlos Moedas, e do ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro.
António Costa alertou para a necessidade de se cumprir o calendário do Plano de Recuperação e Resiliência. “No âmbito e no calendário do PRR, esta obra ou está concluída até às 24 horas do dia 31 de Dezembro de 2026, ou então teremos um sério problema para pagar esta obra. Como não queremos problemas, só temos uma coisa a fazer: Cumprir este calendário”, reforçou.
A aposta na mobilidade
Na cerimónia, o ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, disse que o Governo está “a robustecer a oferta de transportes colectivos”. “Estamos a executar ou temos comprometidos investimentos, até 2030, de cerca de 4,3 mil milhões de euros, que incluem o prolongamento das linhas de metro em Lisboa e no Porto, o financiamento de autocarros de elevada performance ambiental, a compra de embarcações eléctricas para a travessia do Tejo, a aquisição de composições e de sistemas de sinalização e segurança para os metros, a construção de ciclovias e apoios à compra de viaturas eléctricas”, enumerou Duarte Coelho.
De acordo com o Ministro, no ano passado, o metropolitano transportou 136 milhões de passageiros, valor 63% superior ao de 2021, mas ainda 26% aquém dos valores de 2019, quando a operação dos transportes colectivos não havia sofrido o impacto da pandemia. “Só com investimento que capacite e aumente a oferta podemos promover uma maior utilização do transporte coletivo”, referiu.
Nesse sentido, as obras da linha circular, cuja conclusão está prevista para 2024, “avançam a bom passo, com um investimento global de 331 milhões de euros”, disse, acrescentando que o prolongamento da rede, que contará com duas novas estações, é cofinanciado pelo Fundo Ambiental, pelo Fundo de Coesão e pelo Orçamento do Estado.
Segundo estimativas do Metro, no primeiro ano após entrada em exploração, a linha circular vai permitir mais 47,8 milhões de novos clientes para o Metro de Lisboa e mais de 30,8 milhões de passageiros para a rede de transportes. Por outro lado, evitará a emissão de 5 mil toneladas de dióxido de carbono.
“Mas, hoje, assinalamos o início de um novo projecto. A linha Vermelha, cujo concurso lançamos aqui, terá quatro novas estações e uma extensão de quatro quilómetros. Prevê-se que capte, num ano, mais 25 milhões de passageiros, que evite 1,9 milhões de viagens de automóvel e a emissão de 24 mil toneladas de dióxido de carbono”, destacou o Ministro.
Igualmente financiado pelo PRR e decisivo para a mobilidade na área metropolitana, “o concurso para o metro de superfície em Odivelas e Loures deverá também ser lançado este ano, estando já a decorrer a consulta pública ambiental do projecto”, referiu Duarte Cordeiro. Estima-se que, num ano, a operação da linha Violeta permita o transporte de cerca de 10 milhões de passageiros e evite a emissão de mais de 4 mil toneladas de dióxido de carbono.