Mota-Engil com “o melhor resultado registado nos últimos seis anos”
Um aumento impulsionado pelo crescimento da actividade em 19%, naquele que é o melhor primeiro semestre de sempre. A carteira de encomendas atingiu o volume recorde de 9,2 MM€, à qual acresce ainda os novos contratos assinados no 3.º trimestre de 2,2 MM€

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O Grupo Mota-Engil anunciou hoje os seus resultados referentes ao primeiro semestre de 2022, “um período marcado por um crescimento muito significativo da sua actividade comercial e operacional, conjugado com um controlo criterioso na gestão financeira que permitiu, ainda que com o impulso da actividade, melhorar os rácios de balanço e melhoria da sustentabilidade financeira”.
De acordo com o comunicado, nos primeiros seis meses do ano o grupo atingiu um crescimento de 19% no seu volume de negócios, alcançando 1.354 milhões de euros, e de 14% no seu EBITDA (para 207 milhões de euros), atingindo em ambos os indicadores valores recordes do Grupo Mota-Engil num primeiro semestre, o que contribuiu decisivamente para alcançar um resultado líquido atribuível ao Grupo de 12 milhões de euros, o que é considerado “o melhor resultado registado nos últimos seis anos”.
Destaque, também, para a carteira de encomendas com um novo recorde, que atingiu em Junho um valor de 9,2 mil milhões de euros. Contudo, e reportando o desempenho comercial à data, o Grupo Mota-Engil refere que já no terceiro trimestre celebrou contratos em Angola, México e Brasil no valor de 2,2 mil milhões de euros, registando-se entre os novos contratos projectos de dimensão média superior e concentrados nos mercados core do Grupo, onde a Mota-Engil estabeleceu que continuará a ser a maior aposta comercial e de investimento nos próximos cinco anos, de acordo com o Novo Plano Estratégico, designado de “Building´26” com vigência entre 2022 e 2026.
Relativamente ao desempenho por área de negócio, merece destaque o crescimento de 28% no negócio de Engenharia e Construção, impactado de forma muito relevante pelo crescimento de 54% em África, com Angola e Costa do Marfim em destaque, onde a facturação duplicou neste período face ao homólogo.
Na América Latina, o Grupo Mota-Engil aumentou o seu volume de negócios em 36%, com preponderância do mercado mexicano, o maior da região, a alcançar um crescimento da actividade em 41%, assim como o Peru que atingiu um crescimento de 55%, sendo ainda de destacar o nível recorde de carteira registado em Junho na América Latina, superior a 3 mil milhões de euros, e que potenciará o crescimento nos próximos anos.
Na Europa, merece ainda destaque o crescimento da actividade em Portugal com +18%, depois do crescimento de 11% em 2021, apresentando o Grupo na região, de forma consolidada, uma ligeira diminuição da actividade, justificada por uma maior selectividade na apresentação de propostas comerciais na Polónia em função da elevada volatilidade na região, assim como pelo efeito da venda realizada em Janeiro das operações no Reino Unido e Irlanda, que dessa forma não contribuíram neste período para a performance operacional da divisão europeia.
No que respeita ao negócio do Ambiente, de destacar o crescimento de 9% no Volume de Negócios, atingindo 220 milhões de euros, suportado essencialmente no crescimento da actividade internacional, que representou, a Junho, 29% do total, em função do crescimento em África, alcançando esta área de negócio um crescimento no EBITDA de 19% e com margem de 32%.
A Mota-Engil Capital, que inclui os activos fora do core de E&C e Ambiente como os multisserviços e imobiliário, apresentou uma diminuição do Volume de Negócios e EBITDA, influenciado pela venda de alguns activos no primeiro semestre tal como previsto no Plano Estratégico.
Desempenho Financeiro
Ao nível da gestão financeira, o Grupo Mota-Engil manteve os seus compromissos de investimento em linha com o projectado no início do ano com um CAPEX de 108 milhões de euros, 55% relacionados com investimento de crescimento e em contratos de médio e longo prazo.
A destacar ainda a tendência de crescimento da rendibilidade operacional conjugada com uma gestão criteriosa de investimentos, o que permitiu reduzir a dívida líquida para 1.117 milhões de euros, melhorando o rácio de Dívida Líquida / Ebitda para 2,6x.
Ainda na vertente financeira, destaque para o aumento de 34% no capital próprio, o que reforça a sustentabilidade do balanço, assim como as condições para a concretização plena do plano estratégico (Building´26), em vigor entre 2022 e 2026.