Mercado europeu de escritórios regista take-up 11% superior à média dos últimos 5 anos
O mercado de escritórios foi responsável pela transacção de 43 mil milhões de euros durante o primeiro semestre do ano. Já em Portugal, o ano de 2022 deverá marcar o novo recorde histórico acima dos 230.000 m2

CONSTRUIR
APLOG realiza terceira edição do ‘Imobiliário Logístico’
Presidentes de Câmara europeus apelam à União Europeia para soluções urgentes na habitação
Fundo Valor Prime compra edifício de escritórios em Matosinhos por 13M€
Cantanhede investe 3,3M€ em 24 habitações a custos acessíveis
Abrantes lança concurso de 6,5M€ para construção de nova escola superior
Setúbal: Alterações ao Regulamento de Edificação e Urbanização vão a discussão pública
Assimagra lança 2ª edição do prémio internacional “Stone by Portugal”UGAL”
O ‘Portugal 2030’ na Construção, a expansão do Metro Sul do Tejo, o Masterplan Arcaya e a estratégia da Corum na edição 525 do CONSTRUIR
Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa
Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
De acordo com a mais recente análise da consultora imobiliária internacional Savills, o volume de absorção registado no mercado europeu de escritórios no primeiro semestre de 2022 atingiu 4.3m m², um valor que se encontra 11% acima da média de cinco anos face ao período homólogo. Os serviços profissionais e empresariais permanecem o sector mais activo, com uma quota de 21% do total de absorção, em linha com o primeiro semestre de 2021. Seguem-se as áreas de tecnologia, informação e comunicação (20%) e a banca, seguros e finanças (20%), tendo ambos registado um aumento de 6% numa base anual.
A tecnologia de fabricação avançada, o sector farmacêutico e a indústria registaram uma queda na sua quota de absorção, que passou de 13% para 6%, um regresso aos níveis registados em 2020, após estas áreas de actividade terem experienciado uma subida notável em 2021.
Ao analisar a relação oferta/procura, a maioria dos mercados de escritórios europeus, liderados pela França e Alemanha, permanecem com taxas de disponibilidade insuficientes entre 2% e 5% para as zonas de Paris-CBD, Berlim, Colónia, Hamburgo, Bruxelas, Munique e Estocolmo.
Matthew Fitzgerald, Director, EMEA Cross Border Tenant Advisory Savills, refere que “tendo em conta o cenário económico actual poder-se-ia, facilmente, pintar um quadro negativo relativamente ao mercado europeu de escritórios. Contudo, existe ainda uma forte procura de espaço de alta qualidade em boas localizações, que correspondam à cultura da organização e aos objectivos de sustentabilidade”, sustenta.
Apesar do volume do investimento imobiliário europeu ter diminuído no segundo trimestre de 2022, o mercado de escritórios foi responsável pela transacção de 43 mil milhões de euros durante o primeiro semestre do ano, valor em linha com a média de cinco anos do período homólogo. A classe de activos continua a assumir a maior quota do investimento total, registando 31% em 2022 até à data.
Georgia Ferris, European Research Analyst Savills, afirma que “o número de transacções dos escritórios europeus abrandou em Julho, mês onde se registou o número mais baixo de negociações dos últimos anos, de acordo com os dados da RCA. Este factor é sustentado pelo facto de os investidores serem agora mais selectivos, colocando um maior enfoque na qualidade do produto, com os edifícios de escritórios de classe A a serem maior preferência.”
Já em Portugal, o ano de 2022 deverá marcar o novo recorde histórico acima dos 230.000 m2. ”Durante o primeiro semestre de 2022, o mercado de Escritórios de Lisboa registou um volume de absorção acumulado de 168.339 m2, que corresponde a um aumento de 53% em relação ao mesmo período de 2019, período pré-pandemia, ainda que este resultado tenha sido impulsionado por operações de pré-arrendamento. Lisboa tem sido um dos destinos de eleição de empresas de tecnologia, reunindo todas as condições para o seu estabelecimento e expansão das suas operações, afirma Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills Portugal.