Consórcio liderado pela Mota-Engil deve assinar em breve o contrato de concessão para o corredor ferroviário de Lobito
A construtora prevê-se que o Corredor de Lobito possa tornar-se o terceiro corredor mais importante na SADC até 2050

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A escolha do consórcio da Mota-Engil já tinha sido noticiada por alguns jornais em Portugal mas só esta semana a empresa confirmou às redacções. Na nota enviada a construtora confirma adjudicação da concessão de serviços ferroviários e apoio logístico para o corredor de Lobito, uma rota fundamental para a ligação das minas na República Democrática do Congo (RDC) ao porto de Lobito em Angola e aos mercados internacionais. A concessão de 30 anos, com a possibilidade de uma extensão de 20 anos, foi adjudicada ao consórcio que inclui, para além da Mota-Engil Engenharia e Construção África, a Trafigura, “uma líder mundial na indústria global de commodities”, e a Vecturis, “uma operadora ferroviária independente”.
Com a dinâmica crescente no transporte de minerais e outros materiais nos próximos anos e a maior competitividade do sistema ferroviário, prevê-se que o Corredor de Lobito possa tornar-se o 3.º corredor mais importante na SADC até 2050.
O consórcio será responsável pela exploração, gestão e manutenção da infraestrutura rodoviária para transporte de mercadorias, minerais, líquidos e gases para o corredor que liga o porto de Lobito a Luau, no leste de Angola, próximo da fronteira com a RDC. Como parte do contrato de concessão, o consórcio comprometeu-se a investir um capital considerável na melhoria da infraestrutura ferroviária para melhorar a capacidade e segurança do corredor, bem como investir significativamente em material circulante para operações de transporte de mercadorias.
O cobre, cobalto e outros materiais são actualmente exportados da RDC pelo leste, via Dar es Salaam na Tanzânia, via Beira em Moçambique, ou pelo Sul, via Durban na África do Sul, uma viagem que demora várias semanas ou mais. Uma vez que os volumes de exportação da RDC aumentaram devido à procura dos minerais necessários para a transição energética, as estradas tornaram-se mais congestionadas e os atrasos na fronteira tornaram-se mais prolongados. Este novo corredor de exportação utiliza infraestruturas ferroviárias nacionais existentes, retira camiões das estradas e oferece redução de custos e tempo consideráveis para as empresas mineiras da fileira do Cobre exportarem para os mercados internacionais.
A Trafigura e a Mota-Engil detêm, cada uma, 49,5% do consórcio, sendo os restantes 1% detidos pela Vecturis. O contrato de concessão deverá ser assinado nas próximas semanas.