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Braga terá, em 2023, um ‘Laboratório Vivo’ que, assente numa nova geração de baterias, visa promover a descarbonização, um dos maiores e actuais desafios das comunidades. O novo espaço, que se irá instalar no centro da cidade de Braga, foi divulgado numa sessão intercalar de apresentação de resultados do projecto Baterias 2030. A iniciativa, que decorreu no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves.
O ‘Laboratório Vivo’, que deverá estar implementado no segundo semestre do próximo ano, ficará localizado no Edifício Gnration e áreas adjacentes, no centro da cidade minhota, e conjugará perto de 30 novas tecnologias, disruptivas, que estão a ser desenvolvidas no âmbito do Baterias 2030. Estas tecnologias visam contribuir para a criação de um novo modelo de produção, armazenamento e gestão da energia, tendo por base fontes ecológicas e renováveis.
O ‘Laboratório Vivo’ terá assim, entre outros elementos, baterias 2nd life e de escoamento, uma central fotovoltaica, pavimento termoeléctrico, luminárias com produção eólica, electrolisador e carregador para mobilidade eléctrica. Assente numa microrede hipocarbónica, esta comunidade energética irá promover “a substituição do consumo de combustíveis fósseis” e “a redução de CO2 no espaço urbano”, referem os responsáveis do novo espaço.
Pretende-se que este seja um “exemplo para o futuro” e que demonstre a necessária transição de um modelo de produção centralizada, transporte e distribuição, para um modelo de produção junto aos locais de consumo, evidencia o consórcio.
Presente na apresentação intercalar dos resultados do Baterias 2030, o Secretário de Estado Adjunto e da Economia sublinhou a sua importância e impacto face à actual conjuntura. “A guerra veio desfazer dúvidas, estamos num quadro complexo sobre a mudança da matriz energética”, referiu João Neves. O responsável destacou, ainda, a cooperação que deve existir entre as comunidades científica, tecnológica e empresarial e referiu que a competitividade da economia portuguesa deverá passar por este tipo de projectos. É preciso que o “ambiente económico valorize a inovação”, sublinhou o representante do Governo.
O ‘Laboratório Vivo’ será, assim, o culminar do projecto mobilizador Baterias 2030 que integra mais de 20 entidades do sistema científico, tecnológico e empresarial. Liderado pela empresa dstsolar, com coordenação científica do INL, o projecto procura responder aos desafios relacionados com a descarbonização e a disseminação de comunidades energéticas sustentáveis, em linha com as iniciativas do Governo português e a neutralidade carbónica 2050.
Nesse âmbito, tem por objectivo o desenvolvimento de tecnologias aplicadas às baterias, tendo como foco um modelo energético baseado na produção renovável, que, por ser intermitente, torna necessário o armazenamento intermédio. Visa, ainda, a transferência para o ambiente urbano.
Este projecto é a primeira iniciativa de larga-escala que integra entidades do sistema científico e tecnológico com a indústria de baterias nacionais em consórcio, constituindo um marco no desenvolvimento de novas tecnologias disruptivas nesta área. O projecto está na génese e dinamização do primeiro cluster industrial na área de baterias, em Portugal.