PRE Renovável permitiu uma poupança anual de 4,1 MM€ em 2021
Apesar da incorporação renovável elevada, o preço médio anual da electricidade no mercado grossista subiu 230% face a 2020, fruto da tendência de crescimento do preço de licenças de emissão de CO₂ e da subida do preço do gás natural, que atingiu valores seis vezes superiores aos registados em 2020
CONSTRUIR
‘Els Club Vilamoura’ será o primeiro clube de golfe Ernie Els na Europa
Piquet Realty reforça presença no Algarve com novo escritório
Novo crédito à habitação cresce 34,7% em Setembro
NOS Smart Home comemora 1º aniversário com 1704 casas inteligentes no mercado
TEDi reforça presença em Portugal com abertura de nova loja no Alfândega Park
Câmara de Sintra investe mais de 2M€ em novos edifícios modulares para escolas
Simon e Finsa criam sistema modular de painéis Ziclick
Guilherme Grossman é o novo CEO da Consultan
AM48 recupera edifício abandonado há 20 anos em Aveiro
SES Energia e Autódromo Internacional do Algarve concretizam CEE
As renováveis estão a permitir poupanças anuais na factura de electricidade até 300 euros, no caso dos consumidores domésticos, e até 30.000 euros, no caso dos consumidores não-domésticos.
Esta é uma das principais conclusões de um estudo da consultora Deloitte, realizado para a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, sobre o “Impacto da electricidade de origem renovável no preço suportado pelo consumidor em 2021”.
A análise revela que, em 2021, sem a Produção em Regime Especial (PRE) Renovável, a electricidade teria custado mais 88 euros por megawatt hora (MWh) no mercado grossista.
Em 2021, ano em que o preço da electricidade registou uma subida acentuada de 230% face a 2020 no mercado grossista ibérico de electricidade (MIBEL), a produção de electricidade de origem renovável permitiu uma poupança anual superior a 4,1 mil milhões de euros na compra de electricidade.
Desde 2016 a PRE renovável está a possibilitar poupanças acumuladas, que eram já da ordem dos 10,2 mil milhões de euros no final do ano passado. Porém, esse ganho intensificou-se precisamente em 2021, com o valor anual de poupança mais elevado da última década.
O impacto positivo para o Sistema Eléctrico Nacional e para os consumidores de electricidade, ou seja, a diferença entre a poupança obtida com a Produção em Regime Especial Renovável e o sobrecusto que lhe está associado através das FiT (feed-in-tarifs), atingiu os 2,6 mil milhões de euros em 2021. O sobreganho acumulado nos últimos 10 anos corresponde a 5,9 mil milhões de euros.
Este estudo da Deloitte teve como objectivo determinar o impacto que a produção de electricidade com base em fontes de energia renovável teve no preço suportado pelo consumidor em 2021.
As renováveis têm, de um modo geral, um custo marginal zero ou muito próximo do mesmo, o que contribui para a inserção de ofertas de eletricidade a um custo inferior no mercado, reduzindo assim o preço em mercado diário grossista da eletricidade para uma determinada hora.
Apesar da incorporação de eletricidade produzida a partir de fontes renováveis, o preço da eletricidade no mercado grossista registou máximos históricos em 2021, já que o preço médio anual subiu 230% face a 2020.
Este fenómeno deve-se a dois factores: por um lado, e em grande parte, à tendência de crescimento do preço do gás natural – que atingiu valores seis vezes superiores ao registado em 2020. Por outro lado, em menor parte, mas de forma significativa, aos preços das licenças de emissão de CO₂.
O MIBEL, mercado eléctrico em que Portugal e Espanha estão inseridos, assenta num modelo marginalista, o que significa que o preço da electricidade é definido pela oferta de preço mais elevada necessária para satisfazer a procura. O aumento do preço do gás tem sido um factor com a grande contribuição para o aumento significativo dos preços da electricidade produzida a partir desta fonte, levando outras tecnologias a obter a mesma remuneração.
O estudo prevê que a PRE renovável continue a contribuir com um benefício económico para o sistema, uma vez que o preço médio anual de energia eléctrica previsto para 2022 supera as tarifas garantida média atribuída à PRE.
Este estudo actualiza uma análise da Deloitte sobre o “Impacto da electricidade de origem renovável”, mais vasta, que tinha sido realizada em 2020, também por iniciativa da APREN.