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As receitas totais do Grupo Ramada o ano transacto ascenderam a 145 milhões de euros, apresentando um crescimento de 40,3% face às receitas totais registadas em igual período de 2020. Por seu lado os custos cifraram-se em 123 milhões de euros, mais 36% face ao ano anterior.
Grande parte do lucro do grupo adveio do segmento indústria, 11 milhões de euros, que registou em 2021 um crescimento de 278,7% face ao resultado líquido do ano anterior.
A instabilidade dos mercados nos últimos anos foi notória e as suas consequências uma incógnita que estavam dependentes, quer da evolução da pandemia como quer da capacidade de resposta à crise sanitária e económica.
“A actividade de Aços registou um volume de negócios significativamente superior ao do ano anterior, sendo relevante o contributo do sector da Metalomecânica, que se destacou com índices de crescimento acentuados ao longo de todo o ano. Por sua vez o sector dos Moldes entrou em 2021 com dificuldades e continuou assim ao longo do primeiro semestre. Ainda se vislumbravam algumas melhorias, mas o atraso verificado no lançamento de novos projectos para automóveis eléctricos, tiveram um efeito nefasto na indústria de moldes portuguesa, muito dependente do sector automóvel. No terceiro trimestre este sector surpreendeu com um aumento consistente da procura de orçamentação”, refere o grupo.
A tendência de crescimento dos Moldes manteve-se até ao final do ano. Um comportamento “em concordância com as movimentações da indústria automóvel que parece ter finalmente iniciado uma transformação rumo à electrificação. Além do incremento do número de projectos, estes estão a ficar pela Europa, em detrimento da produção na China, causando uma procura ainda mais elevada”.
A subida de preços e a gestão de stocks foram um dos pilares de actuação do grupo em 2021, obrigando a uma atenção constante das movimentações do mercado. “Ao nível dos stocks foi necessária uma gestão cautelosa face à subida abrupta da sucata e do minério de ferro na primeira metade do ano, bem como ao fecho das quotas de importação de países terceiros da União Europeia”.
Vários factores, onde se incluem os elevados custos de transportes marítimos e a falta de contentores, levaram o grupo a procurar outros mercados fornecedores em opção à China, como a Turquia, a Rússia e a Ucrânia.
A indústria de aços europeia está muito dependente dos SLABS produzidos na Rússia e Ucrânia, havendo uma grande probabilidade desses fornecimentos não acontecerem no ano de 2022. Situação que o Grupo afirma estar a “monitorizar”.
m 2021 as vendas da actividade de Aços para o mercado externo representaram 9,0% do volume de negócios, registando um crescimento de 40,6% comparativamente com o ano de 2020. ”O crescimento foi notório ao longo do ano com destaque para Espanha onde se tem conseguido consolidar o mercado, mas também para outros mercados que aos poucos começam a ganhar relevância, como o Brasil, Alemanha e França”.
A actividade de Trefilaria, que opera sobretudo no mercado externo, também registou um crescimento acentuado de vendas face ao ano anterior, em resultado de aumentos significativos de preços e do volume de produção. As exportações deste sector registaram um crescimento de 85,8% face a 2020. Os principais destinos das exportações foram Espanha, Estados Unidos e França.
Os custos de energia e a opção solar
Face à subida dos preços de energia eléctrica e do gás natural o grupo apostou em 2021 na investir numa Central Fotovoltaica de Autoconsumo (Ramada Solar) estando o arranque da produção do primeiro Megawatt previsto para o primeiro semestre de 2022. Um investimento que se segue à instalação de instalação de uma Central Fotovoltaica de Autoconsumo com a potência instalada de 3 MWh, composta por 6.800 painéis fotovoltaicos instalados na cobertura de algumas das suas naves industriais da Socitrel (trefilaria). A Central Fotovoltaica iniciou a exploração de 1MW em Maio de 2021 e dos restantes 2MW em Março de 2022, tendo uma produção anual prevista de cerca de 3,6 GWh, o que equivale ao abastecimento, em média, de 1.500 habitações durante um ano, e permitirá a redução da factura energética da Socitrel em cerca de 20%, bem como a redução da emissão de 2.350 tons de CO2 por ano.
Imobiliário
Na área de imobiliário, a Ramada obteve receitas totais de 7,6 milhões de euros, apresentando um crescimento de 2,3% face a 2020. Cerca de 90% do total das receitas provêem das rendas obtidas com o arrendamento de longo prazo de terrenos florestais.