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De acordo com uma análise da Informa D&B o impacto do conflito na economia nacional e nos principais sectores de actividade já começa a ser visável, apesar das relações comerciais de Portugal com a Ucrânia, Rússia e Bielorrússia terem uma importância limitada.
“As pressões surgem sem intervalo logo após dois anos de pandemia em muitas empresas foram afectadas na operação e na tesouraria. Economia portuguesa afectada sobretudo devido ao impacto na maior pressão sobre os preços da energia e em algumas matérias-primas. Estas serão, num primeiro momento as principais causas dos impactos na economia portuguesa e que deverão penalizar não apenas as exportadoras, importadoras e sectores que pertencem às mesmas cadeias de valor, mas poderá ser transversal a todo o tecido empresarial”, sublinha o documento.
A tendência de alta dos preços dos combustíveis afecta sobretudo o sector dos transportes, bem como as indústrias com processos de produção intensivos na energia, como a siderurgia, química, metalurgia, gases industriais, azulejos, produtos minerais não metálicos e papel.
Em Portugal cerca de 200 empresas importam bens da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, num total de 1373 milhões de euros, o que representa cerca de 1,7% das compras de Portugal ao exterior. Entre os três países mais de 75% do valor importado é relativo à Rússia. Cerca de 60% destas empresas operam nas indústrias, em termos de representatividade destacam-se as empresas de comércio de combustíveis, as indústrias de fabricação de artigos de madeira e cortiça. A Rússia e a Ucrânia estão entre os maiores produtores de cereais, pelo que a redução da sua oferta irá penalizar diversos sectores alimentares.
No que toca às exportações para estes mercados, estas representaram em 2021 0,4% das vendas ao exterior, cerca de 226 milhões de euros, e envolveram 201 empresas nacionais. As exportações estão mais concentradas do ponto de vista sectorial, com as indústrias a representarem mais de três quartos do total, com destaque para as indústrias de fabricação de artigos de cortiça, bebidas e a indústria do calçado.
Do ponto de vista comercial, o tecido empresarial português tem uma reduzida exposição directa a qualquer um dos três países, quer um número de empresas quer nos montantes envolvidos. “Ainda assim”, alerta a análise, “as empresas directamente afectadas terão de mostrar capacidade para absorver este impacto” pela necessidade de terem que substituir as cadeias de fornecimento e abastecimento.
De acordo com a análise que a D&B desenvolveu as empresas com relações comerciais com estes 3 países têm um nível de resiliência financeira acima da média do tecido empresaria. Este indicador, que avalia a capacidade das empresas para enfrentar um choque excepcional e não previsto com impacto no seu processo produtivo e comercial mostra que, entre este conjunto de empresas, 70% tem um nível de resiliência financeira elevado ou médio alto.